Filósofo Luiz Felipe Pondé ridiculariza e desrespeita defensores dos animais
Por Robson Fernando de Souza (da Redação)
Polemista conhecido por opiniões reacionárias, Luiz Felipe Pondé, conservador autointitulado filósofo, resolveu ridicularizar os defensores e a defesa dos Direitos Animais com um texto que vem revoltando muita gente. Intitulado "A ética das baratas" e publicado na madrugada de hoje, o artigo é um compêndio de apelos ao ridículo e provocações maliciosas que visam não debater a causa com seriedade e honestidade, mas sim meramente fazer polêmica e irritar, ou seja, trollar.
Munido de um repulsivo espírito carnista, ele chama o veg (etari) anismo de "seita verde" e "pequena mania adolescente", usa uma falácia naturalista para justificar o desrespeito aos Direitos Animais e a seus defensores, carimba duas falácias reductio ad absurdum mistas com apelos ao ridículo e encerra seu texto fazendo a velha piadinha das alfaces com sentimentos. Nada que acrescente aos debates sobre o tema, sendo a única tentativa de argumentar a mencionada falácia naturalista.
Pondé é conhecido por ridicularizar causas emancipatórias, como o feminismo, os próprios Direitos Animais e diversas outras bandeiras de esquerda. Ele inclusive já falou mal dos DA no seu fatídico livro "Guia politicamente incorreto da filosofia". Não demonstra intenção de debater ou ao menos discordar e justificar sua discordância, mas sim de polemizar, provocar, enfurecer quem tem o mínimo de empatia, respeito e compaixão pelos mais vulneráveis. Porém, apesar de troll, ele relativamente não é inofensivo, pois é respeitado por muitos direitistas e ainda forma opiniões, mesmo de forma tão desrespeitosa, alimentando o reacionarismo de muitos conservadores que se identificam com as "ideias" dele.
A quem está pendendo a acreditar em Pondé, é recomendada a leitura do artigo de Luciano Carlos Cunha, colunista da ANDA, intitulado "Por que temos o dever de dar igual consideração aos animais não-humanos", que nos leva à conclusão do quanto textos carnistas e reacionários como o do "filósofo" são profundamente antiéticos.
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Minha mensagem de despedida:
Um vive escondido e constrito, sempre atento para apontar uma falha no discurso do outro e encerrar o assunto. Evita o autoconhecimento pois se envergonha da presunção. Acredita naquilo que vê. Considera-se um homem prático; outro se mostra o tempo todo, ora furioso ora galhofeiro, e se ofende quando o que lhe é próprio é aviltado, pois aprecia o autoconhecimento, mas costuma demonstrar falta de critério. Desconfia daquilo que vê. Considera-se um pensador; Um terceiro observa com atenção e, ao falar, espera contribuir para que o outro se dê conta de seu erro por si próprio. Considera-se um ser humano; um está parado, outro em movimento, e o terceiro já chegou. //
Ao rever minha criação, me deparei com um cadáver com cara de homem, focinho de cão e escama de peixe. //
Um homem sério me disse que o belo, por não ter utilidade, é coisa de ingênuos, que o útil é chato e que o coelho só enxerga a cenoura. //
Baratinado em meus espasmos, passei décadas inventando respostas para o que há séculos o homem já havia descoberto. //
Um homem que só acredita no que vê me disse, um dia, espantado: parece que há algo estranho acontecendo, mas nunca é real o suficiente. //
Ao expressar um pensamento me julgaram presunçoso. Ao expressar um sentimento, pensaram que eu me ufanava. De tudo o que eu dizia reputavam-se o destinatário. Afastei-me por um momento, acendi um cigarro e me sentei na companhia de um cachorro. //
Um dia alguém, fingindo dar conselho e com a feição contrariada, quis que eu me sentisse culpado por meu próprio destino. //
A palavra luminosa do poeta foi se anuviando na sombra de seus intérpretes. //
As feições apavorantes de corpos consumidos no fogo que se eterniza não cessam de gritar o quão barata e mentirosa tem sido a existência. Estão todos enlouquecidos com o ruído. //
Ontem meu pensamento emudecia. Hoje quando eu penso sai faísca. Quando eu estiver maduro, meu pensamento sairá como um jato de vento fresco. //
Aquele que souber se atribuir a liberdade saberá se está sendo enganado. //
Sentado vi a onda maior aproximar-se, empastar e escurecer a areia, encher meu calção de pedregulhos e trazer uma lesma tateante dentro de uma concha. De súbito lembrei-me do que eu fui. continuar lendo