Fim do 1° bimestre: como estamos?
Direito educacional.
As pessoas estão muito ansiosas. Estão perdendo o controle das suas emoções. Acabo de ver uma notícia publicada pela emissora de televisão "SBT", de um casal que invadiu uma escola pública e agrediu a diretora por causa de uma briga que envolvia o seu filho e um outro colega da mesma sala. Os alunos estavam matriculados no 7º ano.
Parece que os próprios pais esqueceram de como é estar no 7º ano, e ao invés de promover o diálogo e procurar a mediação do conflito juntamente com a direção escolar, resolvem fazer "justiça" com as próprias mãos.
Durante a faculdade, já tinha ouvido esse termo.
Fazer justiça com as próprias mãos.
As pessoas começam a resolver os seus conflitos com as próprias mãos, pois desacreditam na função jurisdicional do Estado.
Mas o que levam as pessoas a ficar tão intolerantes? Existe uma forma de cultivar a tolerância em prol de uma convivência social equilibrada?
Não consigo esquecer uma conversa que tive com um aluno do período noturno, no qual a época tinha a seguinte posição: "para que ficar dentro da sala de aula, participando e se envolvendo com a aula, se vou ganhar um salário mínimo quando me formar?" Lembrando que o salário mínimo está em torno de R$1200,00 atualmente.
Essa posição me deixou muito reflexiva. Não soube o que responder para aquele jovem.
Imagine os adolescentes, que voltaram às aulas presenciais, depois de dois anos de pandemia, num contexto social de desemprego e/ou subempregos.
Imagina um adolescente ter visto os centros comerciais da sua cidade fechados, a movimentação urbana parar, por conta da pandemia. Imagina quanta angústia e sensação de "fim de mundo" gerou nesse jovem.
Como reconstruir a capacidade de imaginar e projetar condutas que contribuirão para um estilo de vida equilibrado no estudante?
Essas são as questões que a escola pública terá que lidar para reinterpretar os sentimentos gerados durante a pandemia do COVID-19.
Queria ter dito para esse jovem que as razões para continuar os estudos é a necessidade constante de aprimoramento pessoal. É aquela capacidade de sair da rotina quando se percebe que aquela situação não lhe traz mais aproveitamento.
O poder criativo humano é algo maravilhoso, pois nos faz querer buscar por situações que produz um encantamento pessoal.
É isso que dá sentido à vida, experimentar as situações. Estar em um eterno movimento de busca da nossa melhor versão, e aprender a se apaixonar por esse processo de busca.
Referências:
Casal invade escola em Minas Gerais. 13\04\2022. https://youtu.be/_qmwBW70PWw
Justiça com as próprias mãos e os seus efeitos na sociedade. https://youtu.be/OxpORBk_KGk
Escolhas da vida. https://youtu.be/dN7uqQZTJmM
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