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30 de Abril de 2024
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    Fome e abandono marcam a vida de cães e gatos na Venezuela

    Os venezuelanos com dificuldades para alimentar suas famílias, sem contar seus animais domésticos, durante a profunda crise econômica do país, estão cada vez mais abandonando cães magros nas ruas, parques públicos e em abrigos improvisados, por não mais terem condições de cuidar deles.

    Em um abrigo dilapidado nas colinas fora da capital Caracas, centenas de cães magros latem e passam pela cerca de arame para procurar por alimento nas ruas e mata próxima.

    “A crise atingiu duramente”, disse Maria Arteaga, 53 anos, que começou a cuidar dos cães abandonados em sua própria casa antes de fundar o abrigo em Los Teques, a capital do Estado de Miranda.

    “As pessoas estão abandonando seus cães porque não têm como comprar comida e por estarem deixando o país.”

    Em intervalos de poucas horas, os carros encostam e as pessoas entregam seus cães, incluindo alguns com pedigree. Os voluntários chegam diariamente para doar e distribuir comida aos animais.

    Apesar de Arteaga não contar com um registro formal, ela viu um aumento na chegada de cães nos últimos meses, com nove poodles deixados nas últimas duas semanas.

    Sofrendo em meio ao terceiro ano de recessão, os venezuelanos estão enfrentando escassez de comida e medicamentos, além de estarem vendo seus salários serem desintegrados pela inflação de três dígitos.

    Um saco de ração para cachorro de 20 quilos, por exemplo, custa cerca de US$ 50 (cerca de R$ 160) pela taxa de câmbio do mercado negro, quase o dobro de seu preço nos Estados Unidos e fora do alcance para muitos venezuelanos, onde o salário mínimo é de US$ 23 (cerca de R$ 73) por mês.

    Assim, abrigos como o de Arteaga estão proliferando, ao mesmo tempo em que mais cães são abandonados nas ruas. Os pet shops estão tendo dificuldade de abastecer suas prateleiras com alimentos e medicamentos.

    A situação aflitiva dos animais ocorre apesar dos esforços no passado pelo governo socialista de proteger os direitos dos animais. Em 2013, por exemplo, o presidente Nicolas Maduro montou a Missão Nevado, que leva o nome do cachorro do herói da independência, Simon Bolivar, para resgate e proteção de animais abandonados.

    Mas agora até mesmo a polícia está racionando alimento para poder alimentar seus cães farejadores.

    Em uma manhã recente, a engenheira de sistemas Maria Rodriguez, 33 anos, disse que se deparou com um cachorro de rua em Los Teques, e seu filho de 12 anos implorou a ela que o pegasse para fazer companhia ao border collie da família.

    “Infelizmente, nossa renda não é suficiente para comermos, então como poderíamos alimentar dois ou três cães?” disse Rodriguez, após deixar o animal no abrigo de Arteaga.

    Fonte: Notícias Uol

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