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16 de Junho de 2024
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    Força-tarefa Greenfield: novos fatos justificam prisão preventiva de Geddel

    Medidas cautelares incluem busca e apreensão e foram cumpridas na manhã desta sexta-feira (8), em Salvador

    O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi preso de forma preventiva na manhã desta sexta-feira (8), em cumprimento a ordem judicial concedida no âmbito da força-tarefa Greenfield. Também foi detido Gustavo Pedreira Couto Ferraz, apontado como uma pessoa próxima a Geddel e cujas digitais foram identificadas na superfície dos sacos plásticos que envolviam as cédulas de dinheiro apreendidas na Operação Tesouro Perdido. A operação foi deflagrada na última terça-feira (5) e, na oportunidade, foram apreendidos R$ 42,6 milhões e US$ 2,6 milhões em caixas e malas que estavam em um apartamento que, de acordo com as investigações preliminares, havia sido emprestado a Geddel. Além das prisões, nesta sexta-feira, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao político, um deles é a residência da mãe do ex-ministro.

    O pedido para a execução das medidas cautelares foi apresentado à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) na quarta-feira (6) e tem como propósitos preservar a ordem pública e impedir a destruição de provas, bem como a prática de novos crimes. Investigado desde o ano passado na Operação Cui Bono, que apura desvios de recursos em vice-presidências da Caixa Econômica Federal (CEF), Geddel estava em prisão domiciliar desde o mês de julho, após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Entre 2011 e 2013 o político baiano ocupou a Vice-presidência de Pessoa Jurídica da CEF.

    A autorização para as prisões e demais medidas foi emitida pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara, em Brasília. O objetivo dos investigadores é recolher novas provas da prática de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na petição enviada à Justiça, o MPF cita provas de que o político era o responsável pelo dinheiro apreendido há três dias. Exames periciais confirmaram as digitais do político nas cédulas encontradas. Além disso, duas testemunhas - uma delas o dono do imóvel - confirmaram à polícia que Geddel usava o apartamento emprestado, a pretexto de guardar pertences do pai que morreu no ano passado.

    Outro ponto mencionado na petição é o fato de que a descoberta do dinheiro na Operação Tesouro Perdido reforça informações dadas em depoimento pelo doleiro Lúcio Funaro e pelo empresário Joesley Batista. Os dois afirmaram que, assim como Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, Geddel Vieira solicitava vantagens indevidas de empresas que buscavam empréstimos junto à CEF. Disseram ainda que a propina era paga por meio das empresas de Lúcio Funaro, inclusive, em espécie. O próprio Funaro relatou pagamentos da ordem de R$ 20 milhões.

    Prisão preventiva - Ao defender a necessidade de que Geddel fique preso de forma preventiva, e não mais em regime domiciliar, o MPF reitera que se trata de um “criminoso habitual”, que continua praticando crimes, já que lavagem (ocultação) de dinheiro é delito permanente, e que, em casa, mesmo detido, ele poderia – como efetivamente o fez – manter contatos com outros envolvidos nos crimes. Frisa ainda que, o primeiro pedido – analisado no início de julho pela Justiça Federal – teve como fundamento a constatação de que ele tentava obstruir as investigações. Na época, o objetivo de Geddel era evitar que o doleiro Lúcio Funaro firmasse acordo de colaboração com o MPF. Pelo fato, o ex-ministro já foi denunciado em ação penal, em tramitação na 10ª Vara Federal, em Brasília.

    Clique para ter acesso ao pedido de prisão.

    Assessoria de ComunicaçãoProcuradoria da República no Distrito Federal (61) 3313 - 5460/5459prdf-ascom@mpf.mp.br

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/forca-tarefa-greenfield-novos-fatos-justificam-prisao-preventiva-de-geddel/498823989

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