Gastos públicos devem ter alta em 2012
Apesar de o governo ter indicado que vai controlar com mão firme o aumento de gastos, economistas projetam nova aceleração das despesas em 2012. A principal pressão virá do aumento do salário mínimo em cerca de 14%, que elevará gastos com Previdência, benefícios assistenciais e seguro-desemprego, informa reportagem de Mariana Schreiber publicada na Folha desta segunda-feira.
Há ainda a expectativa de que haja um "descongelamento" dos investimentos do governo, represados neste ano. Além disso, observam economistas, 2012 é ano de eleições municipais, o que é um estímulo para o aumento de despesas.
O economista Mansueto Almeida, do Ipea (Instituto de Política Econômica Aplicada), considera que a expansão de gastos será inflacionária, o que deve obrigar o Banco Central a manter os juros elevados por mais tempo. No caso de agravamento da crise externa, acrescenta, não haverá espaço para cortes muito amplos na taxa Selic, como vêm defendendo governo e economistas.
Além do aumento dos gastos, as desonerações tributárias já anunciadas também terão impacto que, segundo Almeida, será "muito forte".
Estimativas do governo indicam que o pacote de estímulo industrial e a ampliação do Supersimples (sistema diferenciado de tributação para pequenas empresas) provocarão renúncia fiscal de cerca de R$ 30 bilhões.
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