Gênero e sexualidade é tema de curso de capacitação
Os defensores e servidores da Defensoria Pública do Distrito Federal participaram na manhã desta terça-feira (4), de um curso de especialização sobre gênero e sexualidade. A capacitação visa humanizar e facilitar o acesso à Justiça para a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) do Distrito Federal.
Na ocasião, as coordenadoras do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da diversidade, Ana Carolina Silvério e Maria Alice Saad, definiram e esclareceram conceitos que permeiam estes debates, com o objetivo de promover o entendimento das mais variadas vivências que podem surgir no momento do atendimento à população.
As palestrantes abordaram as diferenças entre as definições de sexo – designação biológica; gênero – conceito subjetivo relacionado à construção do indivíduo na sociedade; orientação afetivo sexual – que define as relações amorosas e; identidade de gênero – maneira como o indivíduo se reconhece.
O coordenador do Núcleo de Santa Maria, Túlio Max Freire, ressaltou que este tipo de atendimento aproxima a instituição da população, criando uma identificação entre o cidadão hipossuficiente e o órgão. “Acredito que após a capacitação será possível, cada vez mais, que a população enxergue na Defensoria um local de cuidado e acolhimento”, ponderou Freire.
O defensor do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, Daniel Oliveira, destacou a importância do debate sobre gênero e sexualidade, principalmente para desmistificar os preconceitos que, muitas vezes, são intrínsecos à sociedade. “Principalmente nós, que atuamos com Direitos Humanos, devemos aprender a lidar com estas situações, sobretudo para não culpabilizar quem já é vítima de preconceito no dia a dia”, disse Oliveira.
A atividade faz parte de uma parceria firmada, nesta segunda-feira (3), entre a Defensoria Pública e o Centro de Referência de Direitos Humanos do Distrito Federal (CRDH-DF). O curso simboliza a primeira etapa do projeto que realizará ainda debates, rodas de conversas e seminários sobre direitos da população LGBT do DF. Além disso, o Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria fará um mutirão de ajuizamento de ações para mudanças de nomes civis, no dia 17 de maio.
Natália Picarelli
da Assessoria de Comunicação
1 Comentário
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Curso? Para entender a "construção do gênero social"? Não basta orientar os ilustres membros da DP, que deve-se atender bem TODOS os cidadãos? Tem que discriminar? Chamar de "hipossuficiente", ou seja criar e perpetuar uma inferioridade inexistente? Haverá também treinamentos idênticos para os negros, índios, (venusianos, se houver) ? Talvez guichês de atendimento específicos?
É a praga do politicamente correto atacando de novo. Com o tacape dos direitos humanos na mão. continuar lendo