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16 de Junho de 2024
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    George Orwell, 1984, e o Brasil de hoje.

    Publicado por Perfil Removido
    há 2 anos

    George Orwell é uma leitura obrigatória de todo estudante de Direito, entre a obra mais memorável do autor está 1984.

    Confesso que minha leitura da época de Universidade não foi tão atenta quanto a leitura recente, mas lembro do livro como um despertar de consciência.

    Quem cursou Universidade de 2008 para cá sabe bem do que estou falando, como o discurso universitário é carregado com uma hipocrisia de que deve ser respeitado a pluralidade de pensamento, enquanto na prática é esmagadora a influência de pequenos grupos que arrotam discursos e mais discursos teórico-revolucionários, e se sentem dono da razão e das soluções para o mundo.

    1984, foi um livro que me ajudou a sair dessa "caixinha" de discursos floridos e desconexos com a realidade. Um livro que me fez entender a manipulação de massa, o poder do discurso e a importância das palavras presente neles. Como a imprensa pode influenciar a verdade ou nem sempre dizê-la; que aquele professor exaltado e convincente, nem sempre detém toda a razão. Enfim, um livro de primeiro ano, que faz todo sentido ser leitura obrigatória da grade.

    Orwell, trás uma sociedade fictícia em que, em meados de 1910, havia uma grande expectativa de que o capitalismo evoluísse de uma forma tão dinâmica que as pessoas não mais teriam que se sujeitar a esforços físico para o trabalho, pois as máquinas assumiriam essa função. A tecnologia e as riquezas seriam um fator de igualdade e ociosidade da sociedade futura, sendo que a tendência era os países mais desenvolvidos absorverem os menos desenvolvidos e com isso atigirem um equilíbrio social e econômico.

    Todavia, esse plano não foi alcançado, pois havia uma necessidade de descartar o lixo causado pelo consumo, superpopulação, além de interesses políticos gananciosos. Nesta sociedade, como é hoje, o Controle Social não dependia da abundância, mas sim da escassez, e o "Partido" sabia como usar esse poder sobre a sociedade. Havia uma necessidade de justificar a destruição das riquezas naturais e a desigualdade. Nada melhor do que a Guerra e um inimigo implacável para que as pessoas se concentrassem na urgência e no perigo, se sujeitando a viver indignamente e sem questionar a quantidade de materiais lançados aos oceanos, escassez de recursos mineirais, ou mesmo a destruição causada pela exploração - pois tudo se justificava na Guerra e em um inimigo invisível.

    O livro é realmente incrível e algumas coisas são visíveis nas sociedade modernas. Basicamente, o autor, trás que o mundo se dividiu em três grandes nações: Eurásia, Lestásia e Oceania. As quais vivem em uma suposta guerra entre si, embora o livro deixar transparecer que a guerra seja apenas um pretexto, e que o "Partido" vive alternando o inimigo e aliados, sem que a população se importe contra quem está lutando.

    O livro fala do discurso de poder. Como a imprensa é usada pelo governo para produzir e distorcer a verdade, e, como essa repetição de notícias falsas criam um verdade sólida e apaga o passado da mente das pessoas. Perceptível, quando o autor narra as constantes estatísticas que passam na "teletela" o tempo todo. Bem como, a forma e os órgãos que são responsáveis por criar esses dados aleatórios.

    É marcante o uso das palavras e da linguagem nesse processo, como o totalitarismo utiliza o vocabulário de "Novafala" para criar sua identidade e reforçar o domínio sobre a massa.

    Além do idioma, o "Partido" cria um discurso de urgência e escassez o tempo todo, isso é transmitido pela "teletela" (um dispositivo que espiona e transmite notícias e atividades do partido para o cidadão, uma forma inteligente de criar uma impressão de que estão sempre observando e que sabem de toda conduta desviante, principalmente pelo recrutamento desde pequeno mas escolas de crianças doutrinadas a identificar e delatar traições ou o "pluripensamento".

    Outro fator, é a criação de um suposto inimigo, Emanuel Goldstein, o qual as pessoas pensam ser o responsável pelas erros e sabotagens do Partido - o fascista e cruel Goldstein, inimigo do Grande Irmão e de toda a Oceania.

    Esse inimigo é incentivado a ser odiado e temido sem qualquer prova de sua existência, sua foto está nos jornais, faixas, camisetas, entre outros - como o inimigo público.

    Para as pessoas que não seguem as regras do partido, acabam sendo consideradas traidoras e influenciadas por este inimigo - condenada a retratação e a morte física e documental, apagando qualquer registro de sua existência.

    O "Partido", controla a produção e distribuição de alimentos e insumos, mantendo apenas o suficiente, embora nem sempre compreenda as necessidades das pessoas e essa escassez beira a falta absoluta.

    Aos membros do partido é concedido pequenas extravagâncias, as quais são formas de controle desta classe, que se sentem felizes por essas excentricidades, e portanto, privilegiadas e defensoras ferrenhas do Partido.

    As instituições do Estado são controladas e responsáveis por adotar um discurso e reforçar as palavras do líder.

    O preocupante é que o Brasil tem vivido um sistema parecido, entre a Direita e a Esquerda, é possível observar uma guerra de palavras, entre o "Presidenta", "todis" e a proibição do uso de tais palavras. O "escola sem partido" versus a influência ideológica da esquerda dentro das universidades e no sistema de educação.

    As fakenews e o partidarismo do jornalismo nacional. O descrédito das instituições democráticas e de controle social, visivelmente no ataque ideológico à atuação das forças policiais de um lado versus o ataque às instituições Judiciárias de outro.

    O povo não sabe ao certo o que é verdade ou que é mentira, há sempre alguém com um discurso salvador e de urgência. Uma repetição e organização de palavras nas notícias que influenciam ao invés de informar.

    A união polarizada de grupos em torno de um inimigo em comum e de seu salvador. A corrupção das instituições públicas em prol desse partidarismo. A concessões de privilégios e uniões de perpetuação do poder.

    O povo sempre alarmado com alguma problema urgente. Nunca uma doença foi tão usada para interesses particulares de uma minoria que meche as marionetes por trás dos palcos.

    É nítido a ideia de escassez no discurso, as bandeiras levantadas em prol de defender causas que outraora não tinha essa importância toda, ou ocupava um espaço modesto.

    As eleições vem aí, polarizadas, o mundo aguardará com receio e na prática o Brasil deve repetir mais do mesmo, é inegável a paixão pelo populismo, o povo assiste as eleições como se fosse um reality show, enquanto o congresso nacional é composto por aqueles, nos quais o número da votação, o eleitorado achou no chão ali na última hora, logo esquecido pelo eleitor, mas quem detém o poder de fato do país.

    A corrupção tornou-se crônica, é quase impossível construir algo neste país, sem que alguém ganhe por fora, ainda tem o agravante da máfia do crime organizado, o quão entendeu que melhor do que lutar contra as forças policiais é financiar na fonte quem detém o poder alocar as polícias e controlar sua atuação.

    O povo em sua maioria vive como os proletas, regrados a uma música melosa e sem sentido, esportes, bebida e programas de TV tendenciosos.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/george-orwell-1984-e-o-brasil-de-hoje/1353230770

    2 Comentários

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    Boaz Perez
    2 anos atrás

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