Geraldo Pereira diz que é preciso discutir a ocupação dos espaços urbanos

A cheia do rio Acre que já desabrigou mais de mil pessoas só em Rio Branco revela um grave problema do estado, que é a quantidade de pessoas que vivem em locais inadequados. Na sessão desta quarta, 13, na Assembleia Legislativa o tema foi colocado em pauta e debatido por diversos parlamentares.

Líder do Partido dos Trabalhadores na Casa, o deputado Geraldo Pereira acredita que a culpa do problema seja do desenvolvimento tumultuado das cidades acreanas a quem ele atribui a culpa a todos os administradores que no passado não se preocuparam em direcionar as pessoas para locais mais adequados.

“O crescimento desordenado ocorreu por negligência de todos os administradores. Porque as pessoas foram forçando a construção das casas para ficarem mais perto do centro da cidade acabando assim ocupando regiões alagadiças gerando esse problema que vemos quase todos os anos”.

Pereira lembrou que nos últimos anos o Governo do Estado vem tentado solucionar o problema com a construção de casas populares em locais afastados das zonas de enchente. Além disso plano diretor criado pela Prefeitura de Rio Branco para a capital em 2006 vem corrigindo diversas falhas como essa, tanto que se tornou referência para o país, conforme anunciado pelo Instituto Uniemp.

Todavia, o parlamentar ressalta que a simples remoção das famílias das áreas alagadas não resolverá o problema. “No governo de Joaquim Macedo foram retiradas pessoas das áreas alagadas e levadas para o recém criado Conjunto Esperança, porém logo elas voltaram pras áreas alagadas”.

Uma solução proposta por Geraldo Pereira é se promover uma ampla discussão sobre a ocupação dos espaços públicos. “As medidas estão sendo tomadas, o PAC está construindo as casas que serão ocupadas atendendo requisitos que reforcem a idéia de que as pessoas não podem se desfazer dessas moradias seguras para voltar às áreas alagadas como dar preferência para mulheres chefes de família e idosos. Porém temos ainda que rediscutir as ocupações dos espaços públicos e criar essa consciência de para onde o município de Rio Branco deve crescer seguindo as especificações do Plano Diretor.