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Nova biografia do pintor holandês não aceita versões anteriores de sua morte nem do episódio da automutilação
Autores da biografia do pintor Jackson Pollock, maior nome do expressionismo abstrato, inédita no Brasil e ponto de partida do filme Pollock (2000), os advogados americanos Steven Naifeh e Gregory White Smith, premiados com o Pulitzer, resolveram remexer nas cartas da família e dos amigos do pintor holandês Vincent Van Gogh (1853-1890). O resultado dessa pesquisa de dez anos é a volumosa biografia Van Gogh, investigação detetivesca da dupla também nos arquivos dos parentes do artista para derrubar mitos fortalecidos por biografias anteriores - e, naturalmente, por várias versões cinematográficas de sua vida, da mais popular, dirigida por Vincente Minnelli em 1956, à mais ambiciosa, realizada por Maurice Pialat em 1991 (leia texto na pág. D9). Sobre a biografia, Steven Naifeh concedeu uma entrevista ao Caderno 2.
A hipótese dos biógrafos sobre a morte de Van Gogh descarta definitivamente a versão oficial de suicídio. Para eles, o pintor morreu de um tiro disparado por um dos dois irmãos adolescentes da família Secrétan, conhecidos do pintor. Arruaceiro, imprudente e também inclinado a beber, René, que andava sempre acompanhado de sua pistola calibre 38, vivia pregando peças no pintor, a ponto de o deixar furioso. Outro mito desfeito pelo biógrafo diz respeito à orelha decepada do artista. Ele não a cortou para dar de ...
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