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17 de Junho de 2024
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    Governo aumenta mais o IOF

    Freada no dólar.Mantega anuncia alta do imposto sobre investimentos estrangeiros de 4% para 6%
    Ministro defende ação global para evitar queda da moeda americana


    São Paulo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem duas novas medidas com o objetivo de atenuar a pressão cambial sobre o real. Uma delas é o aumento de 4% para 6% da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre investimentos externos em renda fixa e a outra medida é a elevação do IOF para o recolhimento de margem na BM&FBovespa dos atuais 0,38% para 6%.

    "O que queremos é diminuir o apetite dos aplicadores estrangeiros de curto prazo. Aqueles que vêm aplicar de dois a três anos pagarão o IOF, mas não devem parar de investir no Brasil", afirmou o ministro. Mantega disse que o es-toque do volume de margem na BM&Bovespa é de US$ 20 bilhões e que esse montante pode lastrear US$ 200 bilhões. "Veja a taxa de alavancagem!", destacou o ministro, ao justificar a razão de estar elevando para 6% a alíquota do IOF sobre o recolhimento de margens.

    Ele disse acreditar que essas medidas surtirão efeito, contudo não descartou a possibilidade de novas medidas caso seja necessário. Mantega destacou que é importante aguardar os resultados das medidas anunciadas esta noite e explicou que o governo pretende dosar as medidas até porque não há interesse em prejudicar os investimentos estrangeiros diretos. "Queremos atenuar o excesso de variações. O que vai acontecer com o câmbio não sei dizer porque não faço projeções cambiais", disse.

    O ministro disse que há um apetite muito grande da parte dos investidores estrangeiros e que só no mês passado entraram no país US$ 16 bilhões, e adiantou que na última semana houve um forte ingresso de capital estrangeiro, mas sem citar números. O ministro adiantou ainda que nas conversas na semana passada, em Washington, percebeu que há um número significativo de grandes fundos estrangeiros querendo desembarcar no Brasil. "Para fazermos o moderador de apetite estamos avisando que quem vier investir no Brasil vai ganhar menos e que deve olhar também para outros países", comentou, dando como exemplo a Austrália.

    Mantega voltou a enfatizar a necessidade de uma ação coordenada para combater a guerra cambial no mundo. "Eu desnudei esse tema. Tirei o véu da guerra cambial, agora estamos fazendo uma ação coordenada de vários países porque se cada um tomar uma medida individual, os EUA continuarão emitindo e a China desvalorizando a sua moeda e fica todo mundo na mesma situação", afirma.

    No dia. Após o rompimento do piso informal de R$ 1,70, o mercado de câmbio doméstico tem respeitado o limite de R$ 1,65, o preço mínimo a que cotação da moeda norte-americana chegou a atingir no país. Ontem, o dólar foi cotado por R$ 1,666, mantendo a taxa de fechamento da semana passada.

    Medidas

    O que o governo já fez
    - Ampliou o IOF sobre investimentos estrangeiros em renda fixa de 2% para 4% e, agora, de 4% para 6%
    - Ampliou o prazo para reservas cambiais
    - Intensificou a compra de dólar no mercado pelo Tesouro Nacional para tentar diminuir a oferta
    Quem ganha com dólar baixo:
    - Setor de turismo fica aquecido
    - Comércio vende mais importados, que ficam mais baratos
    - Empresas que têm dívidas em dólar
    Quem perde
    - Exportadores
    - Produtos nacionais enfrentam mais concorrência

    Déficit

    Importação dispara e afeta balança comercial

    BRASÍLIA. A balança comercial brasileira registrou déficit (importações maiores do que as exportações) de US$ 265 milhões na terceira semana de outubro, segundo informou ontem o Ministério do Desenvolvimento. O último saldo negativo da balança havia sido registrado na quinta semana de setembro, quando a diferença entre as compras e as vendas externas somou US$ 117 milhões.

    O déficit se deveu à queda de 26,7% dos embarques em relação às duas primeiras semanas deste mês. As maiores reduções ocorreram com minério de ferro, petróleo, soja em grão, carnes de frango, suína e bovina, açúcar refinado, automóveis, aviões, gasolina, óleos combustíveis, ouro em forma semimanufatu-rada, couros e peles, ferroligas, semimanufaturados de ferro e aço e alumínio em bruto.

    As exportações na primeira semana de outubro foram de US$ 3,018 bilhões, com média diária de US$ 754,5 milhões. Já as importações chegaram a US$ 3,283 bilhões, com média de US$ 820,8 milhões. Nas três primeiras semanas deste mês, a balança contabilizou um superávit de US$ 1,412 bilhão. No a-cumulado do ano o superávit é de US$ 14,189 bilhões.

    Fonte: O Tempo
    (Incluída em 19/10/2010 às 14:28)

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/governo-aumenta-mais-o-iof/2424781

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