Governo ignora protestos e libera R$ 400 milhões para estádio do "Lula"
Em meio aos protestos contra, entre outras calamidades, o derrame de verbas públicas na construção de estádios para a Copa do Mundo, o BNDES resolveu nessa terça-feira tomar o rumo de contramão da vontade popular. O banco decidiu liberar R$400 milhões para a conclusão das obras do Itaquerão, que agora tem previsão de chegar ao final no início de janeiro de 2014.
O financiamento chegou a um impasse quando o Banco do Brasil, que seria o responsável pelo repasse, rejeitou as garantias propostas para o empréstimo. A Caixa Econômica então entrou no circuito e, estranhamente, acatou as mesmas garantias recusadas pelo Banco do Brasil.
Faltava a aprovação da direção do BNDES para ratificar o financiamento, o que ocorreu nessa terça-feira, exatamente no momento em que a população ocupa as ruas do país contra os gastos com a Copa do Mundo, apesar de a própria Fifa já ter sinalizado com a alternativa de realizar a abertura da Copa, até então marcada para o Itaquerão, em Brasília. O estádio já recebera aporte de R$420 milhões da Prefeitura de São Paulo, através de títulos repassados ao clube e à Odebrecht, encarregada de levantar o estádio corinthiano.
Assim como ocorre com o Maracanã e se deu com o Mineirão, a propriedade do estádio será repassada a uma entidade privada. Se no caso dos estádios carioca e mineiro os beneficiários foram consórcios privados, em São Paulo a inovação privilegia um clube, o Corinthians, que também recebe patrocínio milionário da Caixa, injustificado à luz dos negócios, uma vez que o clube, assim como o Flamengo no Rio, também agraciado com o socorro da autarquia federal, tinha sérias dificuldades para obter no mercado privado um patrocínio master.
Fonte: Portal i9
2 Comentários
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Estamos diante de mais uma prova de que, os recursos gastos com essa "copa", é integralmente público, e os bancos, quando administrado pelos governos, não passam de órgãos de manipulação. continuar lendo
O futebol é uma atividade que gera muito lucro e é uma dos poucos ramos de negócio que tem a possibilidade de apresentar resultados positivos a curto e médio prazo, e ainda é a principal forma de diversão de muitos e muitos brasileiros, como se diz no popular "o futebol, está no sangue da nossa gente". Acontece que do jeito como estão estruturados os clubes, todo dinheiro que "entra evapora" e não é sequer usado para manter em dias suas obrigações junto a Previdência Social. Também muitas agremiações esportivas arrastam imensas dívidas trabalhistas. Se fosse uma empresa em havendo deficit seria decretada concordata e não havendo recuperação sua falência e na melhor das hipótese, o clube perderia a condição de agremiação de de futebol profissional, só podendo desenvolver atividades amadoras. Portanto, esta faltando vontade para o Governo impor aos clubes de futebol as mesmas regras que são impostas ás outras atividades do ramo empresarial e a partir de então não vejo porque o próprio Estado não financiar, dentro das regras de mercado financeiro, um negócio viável, rentável e que gera muitas vagas de trabalho direta e indiretamente. continuar lendo