Heitor Férrer critica Governo do Ceará por aumento de homicídios

O deputado Heitor Férrer (PDT) criticou o Governo do Ceará, na sessão plenária desta quinta-feira (15/12), pelo aumento do número de homicídios no Estado. De acordo com o Mapa da Violência 2012 divulgado ontem, nos últimos 10 anos dobrou o número de homicídios no Ceará. Para o pedetista, isso demonstra que os investimentos feitos na área de segurança não estão se mostrando eficientes.

Segundo Heitor Férrer, a pesquisa mostra que as mortes violentas no Ceará cresceram mais que a média nacional. “Com todos os investimentos feitos, o crime de homicídio aumentou”, lamentou o parlamentar. “O papel dos representantes populares é cobrar de quem detém a chave do cofre políticas públicas eficientes”, disse, justificando as críticas dirigidas ao governo de Cid Gomes.

De acordo com o estudo do Instituto Sangari, em Fortaleza o índice de 2010 foi de 45,9 assassinatos a cada 100 mil habitantes. “Vivemos uma epidemia de crimes de homicídio”, alertou Heitor. E acrescentou: “Não quero imputar toda culpa ao governador. Mas, lamentavelmente, de 2007 para ca esses crimes têm aumentado de forma avassaladora, justamente durante o atual Governo, que mais tem investido em segurança. Olha a contradição”, ponderou.

Heitor Ferrer reconheceu que existe “investimento pesado”. Contudo, na análise dele, isso tem se mostrado “ineficiente”. “Ele usa remédio caro, mas o paciente continua doente. É o governo das fotografias. Constrói corpos sem almas”, disse ele.

LICITAÇÃO

Heitor Férrer também reforçou uma denúncia trazida à Assembleia Legislativa pelos deputados do PV Augustinho Moreira e Roberto Mesquita. Segundo os parlamentares, houve suposta irregularidade em um certame licitatório do Governo do Ceará para obra de ampliação do Complexo Portuário do Pecém.

De acordo com o pedetista, o processo de licitação foi vencido pela empreiteira CR Almeida. Contudo, a empresa Marquise recorreu à Justiça e conseguiu uma liminar e desclassificou a empresa vencedora, que havia oferecido o menor preço pela execução da obra.

“As licitações devam ser feitas no sentido e direção da melhor proposta para o ente público. Estou vendo que no Ceará esse item está à margem. A proposta mais vantajosa está à margem dos propósitos da lei, certamente para favorecer quem quer o lucro”, declarou o pedetista.

DA/AT

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