Hélio Bicudo protocola pedido de impeachment de Dilma
O advogado paulista e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), Hélio Bicudo, de 93 anos, enviou nesta teça-feira, 1º, à Câmara dos Deputados, um documento que pede a abertuta do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
O documento também foi subscrito pela Advogada e Professora de Direito Penal da USP Janaína Paschoal e levado até Brasília pela filha do jurista, Maria Lúcia Bicudo. Destinado ao presidente da casa, o deputado Eduardo Cunha, o texto diz que o Brasil está "mergulhado em profunda crise" e que a atual situação econômica é, na verdade, uma crise moral.
"O Tribunal Superior Eleitoral, em longo e minucioso processo, tem apurado inúmeras fraudes, verdadeiros estelionatos, encetados para garantir a reeleição da Presidente da República, tendo o ministro Gilmar Mendes aduzido que, se soubesse, anteriormente, do que sabe na atualidade, não estariam aprovadas as contas de campanha", afirma.
O jurista cita o mensalão, a operação Lava Jato, a compra da Refinaria em Pasadena pela Petrobrás e interliga todos esses fato à presidenta Dilma. Bicudo cita também o ex-presidente Lula e outros dirigentes do partido. "Os contornos de crime de responsabilidade ficam mais salientes, quando se verifica que Lula é muito mais do que um ex- Presidente, mas alguém que, segundo a própria denunciada, lhe é indissociável e NUNCA SAIU DO PODER".
Esse é o 17º pedido apresentado à Câmara dos Deputados que pede o impeachment de Dilma. Por enquanto, nenhum texto foi colocado em votação, mas aguarda aprovação de Eduardo Cunha para seguir para o plenário da casa. Se houver algum problema no requerimento de Bicudo, Cunha concederá um prazo de dez dias para que ele faça as adequações.
O jurista na políticaHélio Pereira Bicudo é formado em direito pela Universidade de São Paulo e foi procurador de justiça. Na política foi deputado estadual e vice-prefeito da cidade de São Paulo durante a gestão Marta, que na época pertencia ao PT. Ficou famoso ao denúnciar os crimes do Esquadrão da Morte na capital paulista.
Em 2000 foi empossado como presidente da Comissão Internamericana de Direitos Humanos. Teve papel de destaque na luta contra violações de direitos humanos durante o período da ditadura no Brasil e fez parte da Comissão de Justiça e Paz e da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos.
Ele foi filiado ao PT de 1980 até 2005 e está sem partido desde então. Em 2010 anunciou apoio a Marina Silva e no segundo turno a José Serra. Agora, Bicudo pede o fim do partido no comando do executivo do país.
Confíra na íntegra
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