Homem é condenado por homicídio na porta do Fórum Lafayette
Foi condenado a seis anos de prisão o ajudante de bombeiro hidráulico D.M.M., acusado de matar R.H.Z.G. na porta do Fórum Lafayette em novembro do ano passado. A sessão começou às 9h30 da manhã de hoje e durou pouco mais de três horas, já que as testemunhas de acusação e de defesa foram dispensadas antes de serem ouvidas, no 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. O júri foi presidido pelo juiz Alexandre Bandeira, tendo a acusação ficado a cargo do promotor de justiça Francisco de Assis Santigo. A defesa foi realizada pelos defensores públicos Aender Braga e Marcelo de Oliveira.
No interrogatório, o réu confessou o crime mais uma vez, já que, em juízo e no dia da sua prisão, tinha assumido a autoria dos tiros que matou R. Segundo o inquérito, no dia do crime a vítima saiu de uma audiência no Fórum Lafayette e entrou num táxi com sua mãe e mais duas pessoas. O réu se aproximou do táxi e disparou cinco tiros em direção a R., que saiu do carro, atravessou a rua, mas caiu no canteiro central da avenida Augusto de Lima. O réu foi preso em flagrante.
No Tribunal do Júri, D. confessou a autoria do crime sob a alegação de que R. havia ameaçado de morte sua mãe, irmãos e a ele próprio e tinha envolvimento com o crime e o tráfico de drogas. Ele reafirmou que não é usuário de drogas e que não integrava nenhuma gangue.
O promotor Francisco Santiago pediu a condenação do réu por homicídio simples, com pena que varia de seis a 20 anos, retirando a acusação de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe (vingança) e recurso que dificultava a defesa da vítima (surpresa).
O defensor público Aender Braga sustentou a argumentação da promotoria e destacou que o acusado tinha boa conduta, era réu primário e não tinha antecedentes criminais. Ele confirmou que a vítima era traficante de drogas e poderia ter participado de outros cinco homicídios. O defensor disse ainda que as qualificadoras não se sustentavam, já que o crime não aconteceu por vingança e não há surpresa que dificulta a defesa para quem lida com o mundo das drogas. Segundo ele, a vítima sabia que poderia sofrer um ataque a qualquer momento.
O réu foi condenado e vai continuar preso. A defesa argumentou que não vai recorrer da decisão do júri popular.
Veja a movimentação do processo 3940031-23.2013.8.13.0024.
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