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17 de Junho de 2024
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    #HomofobiaNÃO: Defensoria atua em prol da população LGBT

    Atualmente, Brasil é líder em ranking de países das Américas que mais matam LGBT’s no mundo

    Neste Dia Internacional contra a Homofobia (17/05), a Defensoria Pública do Distrito Federal lembra a importância da conscientização da sociedade acerca do tema. Desde 1990, quando a Assembleia da Organização Mundial de Saúde (OMS) adotou a 10ª Revisão da Lista da Classificação Internacional de Doenças (CID), a data é lembrada pela retirada do termo “homossexualismo” do grupo de distúrbios mentais, além de excluir o sufixo “ismo” da palavra, uma vez que este é designado para doenças.

    A subdefensora pública-geral do DF, Karla Núbia, explica que a instituição atua na promoção dos direitos da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), a fim de fazer valer o que determina a Constituição Federal: todos são iguais perante a lei. “Nós atuamos para a promoção dos Direitos Humanos, onde vão estar inseridas campanhas educativas, palestras, seminários, programas e, ações voltadas para o segmento e para a sociedade. Se queremos mudar, precisamos educar”, destacou Núbia.

    Quem é afetado pela homofobia concorda que a educação é uma das chaves na luta contra o preconceito. Na adolescência, Diogo Tavares foi vítima de bullying na escola e sofria com as ofensas dos colegas. “Educação é a chave. Tem gente que não é preconceituosa, é ignorante quanto ao tema. Quando eu entrei na faculdade cheguei em um ambiente onde me senti totalmente acolhido, a vontade para falar da minha sexualidade com outras pessoas por serem esclarecidas”, ponderou Diogo.

    Mas nem tudo foi fácil na vida adulta. Diogo voltou a enxergar a homofobia quando, ao andar na rua, com uma colega também homossexual, foram agredidos por um jovem que atirou frutas nos dois. “É muito importante que tenhamos uma data para lutar contra a homofobia. Estamos em 2017 e ainda tem campo de concentração gay na Chechênia, tem ataque a boate nos Estados Unidos e aqui no Brasil, ainda matam as pessoas”, salientou o rapaz.

    E Tavares está certo. De acordo com o mais recente relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), o Brasil está em primeiro lugar no ranking de países que mais matam LGBT’s nas Américas. Foram 340 mortes em 2016, ano considerado o mais violento para transexuais, transgêneros e homossexuais desde 1970.

    De acordo com a subdefensora pública-geral, a população LGBT é extremamente vulnerável. “Quando se fala de LGBT logo vem à mente a questão do preconceito, da discriminação, da violência física e psicológica. A prova disso é que, hoje, infelizmente, o Brasil lidera esse ranking de violência contra LGBT’s”, destacou Karla Núbia.

    Mas quem sofre o preconceito na pele entende que não é só o perigo de morte que os expõe à vulnerabilidade. A agressão, física ou psicológica, também pode gerar traumas irreparáveis. “A forma como a violência machuca o psicológico da pessoa, quando motivada por homofobia, é muito diferente. E eu acho que fere muito mais, porque você tá sendo agredido só por ser você. Isso é uma coisa que você não pode fugir, não pode evitar”, destaca Diogo Tavares.

    Para evitar a propagação destes preconceitos, a Defensoria atua para proteger qualquer pessoa em situação de vulnerabilidade. Portanto o cidadão pode procurar o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública, para garantir seus direitos. O Núcleo funciona no SIA Trecho 17, Rua 7, Lote 45, primeiro andar, e atende no telefone (61) 2196-4480.

    Natália Picarelli

    da Assessoria de Comunicação

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/homofobianao-defensoria-atua-em-prol-da-populacao-lgbt/459395531

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