Honduras retira caso contra o Brasil em tribunal de Haia
AMSTERDA (Reuters) - Honduras retirou uma ação judicial contra o Brasil no tribunal de Haia, depois de baixar a tensão entre os dois países devido à permanência do presidente deposto Manuel Zelaya na embaixada brasileira.
O governo em exercício de Honduras abriu o processo na corte internacional em outubro para impedir que o Brasil recebesse Zelaya na condição de refugiado em sua embaixada em Tegucigalpa. O Brasil contestou a ação, alegando que Honduras não tinha sustentação para entrar com o processo.
Entretanto, a Corte Internacional de Justiça em Haia, na Holanda, informou nesta quarta-feira que Honduras havia solicitado a suspensão do processo no dia 30 de abril, concedida pela corte no dia 12 de maio.
Inicialmente, Zelaya se abrigou na embaixada brasileira em Tegucigalpa, capital hondurenha, após o golpe que o tirou do poder no ano passado. Depois, se exilou na República Dominicana, pondo fim a meses de crise política.
Em janeiro, o novo presidente de Honduras, Porfírio Lobo, líder da oposição eleito em novembro, assumiu o cargo, mas países da Unasul, grupo que reúne nações sul-americanas incluindo o Brasil, não reconheceram seu governo.
Lobo foi reconhecido, no entanto, por Estados Unidos, União Europeia e a maior parte da América Central. Apesar de o Brasil não ter elminiado a possibilidade de relações com o novo governo, o país quer primeiro uma posição em comum com a região.
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