IBAMA E SUDEMA divulgam levantamento de crimes ambientais na Paraíba
Desmatamento, queimadas, construções em áreas proibidas e poluição foram alguns dos crimes registrados pelo Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e pela Superintendência de Administração de Meio Ambiente da Paraíba (Sudema) em todo o Estado durante o ano de 2009. De acordo com levantamentos dos autos de infração aplicados pelos dois órgãos, até o dia 16 de dezembro haviam sido registrados 805 crimes ambientais na Paraíba, uma média de 2,3 ocorrências por dia. Somente na Sudema foram registrados 419 crimes ambientais e no Ibama foram registrados 386.
Com relação a 2008, houve uma queda de aproximadamente 31% no total de infrações registradas. Ao todo, no ano passado, foram aplicadas 1.183 multas - sendo, 460 ocorrências registrados pela Sudema e 723 pelo Ibama. Para o superintendente do Ibama, Ronilson Paz, esta queda na quantidade de registros pode ter sido ocasionada pela intensificação da fiscalização pelos órgãos ambientas. “Queremos que as pessoas percebam que estamos agindo e fiquem mais cautelosas. Não queremos aplicar multas em ninguém. Nós queremos ser preventivos e não paliativos, porque depois que a pessoa já cometeu o crime fica complicado de recuperar os prejuízos”, afirmou.
Segundo a diretora técnica da Sudema, Ana Lúcia Espínola, a maior parte dos crimes registrados é referente à falta de licenciamento ambiental, poluição e degradação ambiental. A mesma realidade é observada pelo Ibama. “São muito comuns os casos de pessoas que desmatam para construir em áreas de preservação sem a autorização do órgão competente, o que configura um crime ambiental”, destacou Ronilson Paz.
A diretora técnica da Sudema destacou ainda que grande parte dos crimes ambientais causam prejuízos irreversíveis. “Aqui na Paraíba já temos algumas áreas de desertificação ocasionadas pelo uso desordenado da terra e dos recursos naturais. Prejuízos como este e como os causados pela poluição de rios e pelo desmatamento causam prejuízos irreversíveis que interferem diretamente em nossas vidas. Mesmo que a área seja recuperada nós não vamos mais ter nestes locais a mesma biodiversidade que existia lá”, alertou.
Fonte: Jornal da Paraíba
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