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16 de Junho de 2024
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    Ideias do Milênio: Nick Clegg, vice-premiê da Inglaterra

    Publicado por Consultor Jurídico
    há 13 anos

    Nas eleições de 2010 para o parlamento britânico nenhum partido saiu das urnas com maioria suficiente para formar um governo. O impasse chamado pelos ingleses de parlamento pendurado foi resolvido com a coalizão dos conservadores e os liberais democratas vistos na ocasião como uma espécie de fiel da balança, o elemento capaz de definir a situação.

    A novidade rompeu com a tradicional dança das cadeiras entre conservadores e trabalhistas. O comando do país ganhou um novo rumo e um objetivo urgente: colocar a economia britânica nos trilhos a partir de um profundo ajuste fiscal. As reformas são necessárias e muitas vezes não agradam, o que andou respingando na popularidade dos liberais democratas. Mas para Nick Clegg, o líder do partido e vice-primeiro-ministro, os resultados, entre eles o crescimento do país depois de um trimestre de queda do PIB do fim do ano passado começam a surgir.

    Clegg acredita em uma nova ordem. Acha que a polarização não tem mais espaço na política britânica e sem medos de desafiar tabus, propõe uma reforma na Câmara dos Lordes para que aos poucos a hereditariedade dê lugar ao voto. Para o vice-premiê o futuro está na energia limpa, na redução das emissões de carbono e nos chamados empregos verdes. Ele também vê uma nova era nas relações internacionais. Novos atores tem que participar, e o Brasil com certeza é um deles. Em visita ao Rio no final de junho, Nick Clegg conversou com o Milênio.

    Leila Sterenberg Um dos objetivos da sua viagem ao Brasil é dobrar as exportações britânicas para o Brasil. No ano passado, as exportações aumentaram em 30%, totalizando mais de 2 bilhões de líbras, mas a balança comercial mostrou um superávit alto para o Brasil. A economia brasileira está crescendo, nós somos, potencialmente, bons compradores e as empresas britânicas não querem perder a oportunidade, não é?

    Nick Clegg Com certeza. A economia brasileira é uma das grandes histórias de sucesso da economia internacional do momento. O Brasil é um país enorme com recursos e qualidades fantásticos, um maravilhoso espírito de otimismo e, sem dúvida, um dos grandes países do futuro, da nova ordem mundial. Acho correto que o Reino Unido busque garantir que entremos em um novo capítulo em nossa relação com o Brasil. Em muitos aspectos, acho que permitimos que a relação entre o Reino Unido e o Brasil fosse negligenciada um pouco durante as últimas décadas. Isso é ruim não só para o Reino Unido, mas também para o Brasil. Acho que o mundo, em geral, é um lugar melhor quando o Reino Unido e o Brasil trabalham juntos, porque compartilhamos muitos instintos e valores.

    Leila Sterenberg O senhor declarou, por exemplo, o apoio inglês a nossa ambição de ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. O senhor acha que conseguiremos? Como o apoio inglês pode nos ajudar?

    Nick Clegg Por ser um membro permanente do Conselho de Segurança, acho que a opinião inglesa conta neste debate. Fomos muito claros ao dizer que o Conselho de Segurança deve mudar. Deve mudar para refletir a maneira que o mundo mudou ao redor dele. O acordo que foi feito ao final da Segunda Guerra Mundial não reflete a nova realidade. Uma das grandes mudanças é o lugar do Brasil na principal mesa das relações internacionais. É por isso que nós queremos ver e temos sido defensores consistentes do lugar do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança. Tenho certeza de que um dia vai acontecer. Nenhuma instituição, por maior que seja, consegue se manter e ignorar o mundo à sua volta. Acho que isso se aplica às Nações Unidas e a qualquer outra instituição.

    Leila Sterenberg De acordo com a imprensa britânica e vou citar o jornal Telegraph, o senhor viria confrontar o Brasil em relação a sinais de que estamos apoiando a Argentina na questão cada vez mais tensa da soberania das Ilhas Falkland. O Comitê Especial para Descolonização da ONU acabou de esboçar uma resolução sobre o assunto, pedindo um acordo pacífico e negociado da disputa entre Argentina e o Reino Unido. O senhor falou sobre as Ilhas Falkland, ou Malvinas, com o ministro ...

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