ILB economiza 80% em capacitação nos últimos quatro anos

Nos últimos quatro anos, o Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), que responde pela política de capacitação profissional do Senado Federal, registrou uma economia de 80% nos gastos anuais com cursos presenciais e a distância. Se os valores desembolsados são cada vez menores, o número de treinamentos oferecidos segue em crescimento. No ano passado, foram registradas 184 mil matrículas somente em cursos a distância. Em 2015, o quantitativo de matrículas nessa modalidade já chegou a 200 mil. Inicialmente feitos para os servidores do Senado, os cursos atendem especialmente funcionários públicos de diversos órgãos e outros cidadãos de todo o país.

Helder Rebouças, diretor-executivo do ILB, destaca que a unidade definiu como foco a realização de cursos e capacitações voltadas para aperfeiçoar o processo legislativo e para melhorar a eficiência da gestão no Senado.

— A grade de cursos é para atender à demanda de todas as áreas da Casa. São disciplinas que atendem aos interesses reais dos servidores e estão ligadas às suas atividades. Embora os gastos estejam mais baixos, qualitativamente [o cenário] está ainda melhor, focado em eixos estratégicos — afirmou.

A queda nas despesas é comprovada pelo levantamento realizado pela Diretoria-Geral do Senado. Enquanto em 2012 foram desembolsados, nas duas modalidades de curso e em valores atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), R$ 4,4 milhões, em 2013 esse número caiu para R$ 1,4 milhão, seguido de R$ 896,4 mil em 2014. A projeção de custos para este ano é de R$ 883,2 mil. A existência de funcionários no Senado cada vez mais capacitados e a redução de custos são resultado de uma série de fatores, que passam pela utilização de docentes do próprio quadro a parcerias com outros órgãos públicos, conforme explica Simone Dourado, responsável pela Coordenação de Capacitação, Treinamento e Ensino do ILB.

— Foi uma organização de toda a Casa, todos nesse espírito de economicidade. No caso da educação a distância, nós temos uma evolução do número de pessoas atendidas. De 2012 para ca, nós tivemos um aumento significativo. Já foram quase 500 mil matrículas na EAD (ensino a distância). Só no ano passado, tivemos 67 mil pessoas certificadas, que atenderam aos critérios de aprovação no curso — apontou.

A gestora destaca que neste ano pelo menos 60 mil alunos receberam certificados em cursos a distância. A meta até dezembro, indica Simone, é de que 80 mil recebam o certificado de conclusão. Ela ressalta ainda que, em termos de ensino presencial, os avanços também são notórios, principalmente em função do Programa de Formação Gerencial (PFG), destinado a servidores do Senado que ocupam cargo de gerência.

— Todos os professores que ministram aulas pelo PFG foram contratados internamente, o que demonstra uma redução de gastos com uma contratação de fora — afirmou.

As parcerias firmadas com outros órgãos, de acordo com Simone, também tiveram impacto na queda das despesas. Uma delas foi realizada com o Tribunal de Contas da União (TCU), para o curso “Direitos e Deveres do Servidor Público”, que será lançado em outubro.

— Ou seja, o curso já está pronto e não houve gastos para o Senado. Com isso, estamos oferecendo mais um produto de muita qualidade. Eles [do TCU] ofereceram, nós fizemos o desenho institucional e o curso foi disponibilizado em nossa plataforma Saberes — apontou, destacando que recentemente o ILB firmou uma parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para a disciplina “Lei de Acesso à Informação”, em andamento.

Hoje há mais de 30 cursos a distância gratuitos online. Os temas, variados, tratam do Poder Legislativo, orçamento, administração pública e política. São cursos certificados e abertos a toda a população. O endereço é www.senado.leg.br/ilb.

Simone Dourado também relacionou a economia e o aumento do número de matrículas à maior eficiência nos serviços prestados, já que, recentemente, houve a unificação das atribuições da Coordenação de Treinamento e da Coordenação de Ensino a Distância. Para prestar o serviço nas duas modalidades, foi criada a Coordenação de Capacitação, Treinamento e Ensino, por meio do Ato da Comissão Diretora 12/2015.

— Essa criação também trouxe uma economia para o Senado, bem como garantiu mais agilidade nos processos, proporcionando uma economia processual — disse.