Indicações para embaixadas na Espanha e Botsuana passam na Comissão de Relações Exteriores
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou, nesta quinta-feira (20), a indicação de dois embaixadores para representações do Brasil no exterior. Antonio José Ferreira Simões recebeu 16 votos a favor e dois contrários para atuar na Espanha e em Andorra. Ricardo Vieira Diniz, que deve ir para Botsuana, conseguiu 17 votos favoráveis e um contra. As indicações seguem agora para análise do Plenário.
Atrair novos investimentos espanhóis para o Brasil, que podem ser facilitados com o pacote de concessões anunciado pelo governo brasileiro, será uma das prioridades do indicado para a Espanha. Além disso, Antonio Simões informou que pretende atuar na ampliação do comércio entre os dois países e no incremento da cooperação na área educacional. Atualmente, a Espanha é o sétimo maior destino de estudantes brasileiros.
Também estão nos planos do embaixado buscar cooperação em áreas em que a Espanha é reconhecida internacionalmente, como logística, infraestrutura ferroviária, gestão da água e turismo.
Antonio Simões lembrou ainda que a balança comercial entre as duas nações é equilibrada, com um pequeno déficit para o lado brasileiro. A meta é melhorar a qualidade dos produtos nacionais, visto que o Brasil ainda exporta muitos produtos primários.
— Espanha é o segundo maior investidor no Brasil, só perde para os Estados Unidos. Mas podemos fazer muito mais para atrair mais investimento para ca e gerar mais empregos. Há possibilidades boas para o empresariado brasileiro. O Brasil exporta US$ 3,2 bilhões e importa US$ 3,9 bilhões. Agora nosso desafio é melhorar a qualidade do que exportamos, pois ainda vendemos muitos produtos primários.
BotsuanaIndicado para a representação brasileira na República do Botsuana, o embaixador Ricardo Vieira Diniz destacou o crescimento econômico expressivo do país africano, que também se beneficia de um sistema democrático consolidado e com eleições livres e transparentes.
Apesar disso, o diplomata lembrou que o país ainda tem grandes desafios, como combater a desigualdade de renda — cerca de 20% da população ainda está abaixo da linha de pobreza — e vencer a Aids, que atinge 23% da população adulta.
O embaixador informou que o volume de troca comercial com o Brasil é incipiente. São US$ 2 milhões de exportação brasileira basicamente de máquinas, açúcar e fumo. De lá para ca, vêm pequenas quantidades de diamante. Além de melhorar tal cenário, Vieira Diniz informou que pretende atuar na elaboração de novos acordos de cooperação técnica.
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