Investimentos no IML agilizarão emissão de laudos cadavéricos e toxicológicos

Da Redação

Com a inauguração, em 2009, do novo prédio do IML (Instituto Médico Legal), em São Cristovão, o diretor do órgão, Jefferson Oliveira, disse nesta quarta-feira (17/12) que a instituição poderá agilizar a emissão de laudos cadavéricos e toxicológicos, solicitados para confirmar falecimentos e esclarecer a causa da morte de pessoas junto às famílias, a inquéritos policiais e à previdência social.

- Atualmente, as condições de trabalho no IML são melhores do que em agosto, quando assumimos, porque já contamos com insumos para entregar laudos no prazo de 15 dias. No novo prédio, foram investidos mais de R$ 20 milhões para mudar o eixo tecnológico do IML. Isso vai permitir não só identificar a presença de substâncias químicas no organismo, como mensurar as quantidades dessas substâncias - disse Oliveira.

O diretor do IML informou que o laudo da causa da morte de Roberta de Almeida Ferreira, 25 anos, ocorrida em abril de 2006, no Hospital Souza Aguiar, deverá apontar causa indeterminada. Isso porque a tecnologia do IML não permite confirmar a presença da droga alucinógena ecstasy no organismo. A família da vítima reclamou da demora de mais de dois anos divulgação do laudo.

- A falta de investimento em tecnologia por parte de administrações anteriores faz com que hoje as tecnologias do IML sejam as mesmas de quarenta anos atrás. A administração trabalha para mudar esse quadro. Foram investidos R$ 20 milhões para implantar essa tecnologia nova - disse - Essa família foi duplamente prejudicada, pelo evento e também pelas administrações que tinham práticas absolutamente erradas e que provocaram a falta de investimento em tecnologia - completou Oliveira.

Observando que a equipe do IML é sensível à dor das famílias das vítimas de mortes que devem ter suas causas esclarecidas, o diretor do IML informou os números dos telefones da instituição (3399-3825 e 3399-3824) para que forneçam informações e "reduzam o sofrimento e a angústia".

O diretor do IML esclarece que as delegacias de polícia foram acionadas pelo Instituto, em agosto deste ano, para determinar quais laudos deveriam ser produzidos com prioridade. Num universo de três mil laudos, somente 200 foram considerados prioritários pelas autoridades policiais.

- Se contasse com reagentes químicos e pessoal capacitado, o IML não teria condições de concluir todos os laudos em menos de um ano e oito meses os três mil laudos que estavam pendentes na instituição em agosto passado. Infelizmente, a deficiência tecnológica ocorre em outros estados da federação que visitamos - informou Oliveira.

O diretor do IML disse que os procedimentos são iguais, tanto no caso de Marcelo Silva (ex-marido da atriz Susana Vieira), com suspeita de morte por overdose de cocaína, como no caso de Priscila da Silva Souza, ex-remadora do Flamengo, supostamente vitima de violência sexuais antes de ser assassinada. Em termos de prazo, o diretor disse que o IML entrega laudos de necropsia em 24 horas e laudos toxicológicos em 15 a 20 dias.