Itacoatiara sofre com o aumento da criminalidade
O poder público judiciários, policial, fiscalizador e de defesa do cidadão se uniu para encontrar solução contra a escalada do crime no município de Itacoatiara. Pelo menos essa é a intenção manifestada na Audiência Pública, dia 20, no auditório do Fórum de Justiça de Itacoatiara com a participação de autoridades do judiciário, poder municipal, legislativo, Defensoria Pública, comando da Polícia Militar, lideranças comunitárias, conselhos tutelares e populares.
Coordenado pelo presidente do tribunal de Justiça Domingos Chalub, juntamente com o prefeito Antônio Peixoto, o subdefensor público-geral Wilson Melo, o comandante geral da PM, Coronel Dan Cãmara, o subprocurador geral de justiça Pedro Bezerra, o diretor do Departamento de Polícia do Interior o Delegado Francisco Sobrinho, vereadores, representantes de comunidades e representantes do Ministério Público, a Audiência Pública levantou temas polêmicos, preocupantes e corriqueiros da desfalcada área da segurança no município de Itacoatiara.
Considerada endêmica, a criminalidade em Itacoatiara, na opinião das lideranças comunitárias, atingiu o seu ponto máximo. Para a professora universitária Dilma Braga, que mora há 27 anos no município, a facilidade na soltura dos marginais tem contribuído significativamente para os índices de marginalidade, na sua maioria, praticado por adolescentes. Também citou como causa, o tamanho reduzido do efetivo da PM e da Polícia Civil.
Para a professora, as mazelas são as mesmas das grandes cidades. Como exemplo ela citou o assalto ao Banco da Amazônia, com requintes visíveis de profissionalismo. O mesmo aconteceu no assalto à UEA, em que até hoje a polícia militar sequer encontrou pistas.
Pior está acontecendo nos bairros do Iraci e Pedreiras e nas comunidades do Novo Remanso Vila do Engenho, onde segundo moradores, estão invadidos por ladrões e pequenos delinquentes.
Itacoatiara tem 24 bairros precisando de segurança. Os jovens não tem trabalho, o que contribui para o aumento da criminalidade. Estamos pedindo à providência Divina, que permita às autoridades resolverem o problema da violência em Itacoatiara, destacou Dilma.
Ao final da Audiência que durou 7 horas ininterruptas, o presidente do TJ, Domingos Chalub disse que as providências serão tomadas, mas não garantiu soluções imediatas. Numa referência às medidas que deverão ser tomadas para resolver ou, pelo menos, amenizar o problema da criminalidade no município.
Com participação na medida que o evento exigia, o Subdefensor Público-Geral, Wilson Melo, acentuou que é preciso ter muito cuidado com as definições de crimes passíveis de reclusão e os que podem ser resolvidos apenas com medidas preventivas e educacionais. Se formos prender todos os indivíduos que descumprem as Leis, não haveria cadeia que desse conta, sentenciou, numa referência ao papel das polícias, dos tribunais e do Ministério Público, que propuseram o reforço do aparato policial e a reclusão como medida de redução da marginalidade no município.
Para o defensor Wilsom Melo, a prevenção ainda é a melhor medida para evitar a entrada no covil da marginalidade.
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