João Bosco Guimarães é condenado a 32 anos de prisão em regime fechado pela morte do promotor de justiça no Pará Fabrício Couto. O membro do MP foi assassinado em 24 de novembro de 2006.
O advogado João Bosco Guimarães foi condenado por homicídio triplamente qualificado e cumprirá 32 anos de prisão em regime fechado. A sentença foi divulgada na noite de sexta-feira (13), quase três anos após o assassinato do promotor de Justiça de Marapanim Fabrício Ramos Couto. Ele foi morto em 24 de novembro de 2006, com seis tiros, quando o condenado, armado com dois revólveres, fingiu querer tratar de assunto qualquer e entrou no gabinete de trabalho do promotor para executar o crime.
João Bosco Guimarães foi levado a júri popular no Fórum Criminal de Belém. Quatro promotores atuaram na acusação, Miguel Ribeiro Baía, José Godofredo Pires dos Santos, Manoel Victor Sereni Murrieta e Alexandre Marcus Fonseca Tourinho.
Tramita ainda contra o advogado processo em que ele é acusado do crime de tentativa de homicídio contra o ex-prefeito de Marapanim, Osmundo Naiff, praticado em 1998. Ao reinaugurar uma praça naquele município, Osmundo trocou o nome do logradouro. A praça tinha o nome do pai de João Bosco, o ex-prefeito Antonio Guimarães. O fato deixou o advogado revoltado. No atentado, Osmundo levou quatro tiros e acabou ficando paraplégico. Um cunhado dele, Osmar Carvalho Amaral, também foi ferido pelos disparos.
Na época do assassinato do promotor Fabrício Ramos Couto, João Bosco estava retendo os autos do processo movido contra ele por essa tentativa de homicídio. Depois de várias solicitações sem sucesso, o membro do MP foi pedir providências mais enérgicas à juíza da comarca. O advogado então recebeu a ordem de entregar os autos ou então estaria sujeito a novas sanções penais. A determinação teria irritado o advogado, o que teria motivado o assassinato.
Fabrício Ramos Couto tinha 37 anos de idade quando foi assassinado. Entrou no Ministério Público do Pará por meio de concurso público e foi nomeado promotor de Justiça em setembro de 1994. Atuava havia cerca de dez anos na comarca de Marapanim.
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