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15 de Junho de 2024
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    Juíza busca parceiros para ampliar Família Acolhedora na Capital

    A juíza Katy Braun do Prado, da Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso da Capital, participou, na quarta-feira (11), da reunião do Conselho Estadual de Pastores de Mato Grosso do Sul para apresentar o programa municipal Família Acolhedora e pedir sua divulgação em meio a comunidade evangélica, na tentativa de aumentar o número de famílias que participam do projeto.

    Ela explicou que, assim como falou com Dom Dimas, dessa vez procurou alcançar as comunidades evangélicas, por meio do Conselho de Pastores, que agrega várias denominações da Capital. Katy apresentou o projeto Família Acolhedora porque ela tem reconhecido a vocação dos cristãos para esse trabalho de acolhimento.

    “Temos este projeto estabelecido em Campo Grande, contudo faltam famílias. Então, meu convite a esses pastores é que identifiquem nas comunidades pessoas com condições de exercer esse serviço de acolhimento familiar, mediante o subsídio que a prefeitura vai entregar. Expliquei que essas pessoas serão treinadas e acompanhadas por uma equipe técnica da prefeitura, e principalmente as vantagens que uma criança tem quando fica sob acolhimento familiar e não o institucional”, disse ela.

    Katy explicou ainda que alguns pastores presentes já moraram no exterior e relataram que o serviço de acolhimento familiar também é utilizado fora do Brasil. Eles vivenciaram essa realidade no exterior e contaram que esse é um serviço de excelência, destacando que Campo Grande vai ganhar se adotar tal tipo de acolhimento.

    Saiba mais – Atualmente na Capital apenas duas famílias integram essa forma de acolhimento, recomendado pela legislação brasileira e ainda pouco conhecido e implementado no Brasil. Em março de 2016, para implantar o Família Acolhedora em Campo Grande foi assinado o edital de seleção para credenciar famílias interessadas em fazer o acolhimento provisório. Importante lembrar que o Município já tinha a Lei nº 5.227/2013, mas ainda não havia realmente materializado o serviço.

    Em Mato Grosso do Sul, de acordo com a Coordenadoria da Infância e da Juventude de MS (CIJ), o programa Família Acolhedora já está implantado em Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Aquidauana, Bela Vista, Camapuã, Coxim, São Gabriel do Oeste, Bataguassu, Sidrolândia, Fátima do Sul, Inocência, Nova Alvorada do Sul, Ribas do Rio Pardo, Vicentina e Jateí, entretanto, apesar de todo esforço da equipe da CIJ e dos juízes que atuam na área da infância, o número de famílias inscritas não avança.

    A exceção é a comarca de Camapuã, referência quando o assunto é acolhimento familiar, pois possui o serviço há mais de 15 anos com o apoio da prefeitura. No município, todas as crianças e adolescentes afastadas dos genitores, por determinação judicial, ficam com famílias que fazem parte do programa. Importante lembrar que as famílias acolhedoras são previamente selecionadas, capacitadas, remuneradas e acompanhadas até o final do acolhimento.

    Na prática, o programa Família Acolhedora é um serviço destinado a crianças e adolescentes, temporariamente afastados dos pais biológicos por determinação judicial, que são colocadas em famílias da própria comunidade, que não estão na fila de adoção. Neste ambiente com as famílias, elas encontram amor e afeto, sentimentos básicos no ambiente familiar e fundamental para ajudá-las a enfrentar o fato de estarem longe de suas famílias biológicas.

    Atuando há muitos anos na área da infância, Katy Braun explica que o acolhimento familiar traz benefícios para as crianças e adolescentes afastados das famílias biológicas. Ela explica que quando a justiça, por uma razão muito grave, precisa tirar uma criança de sua família, se não existem famílias acolhedoras a criança é colocada sob a tutela do Estado em instituições, onde ficam em grupos com mais crianças e adolescentes, e não recebem um atendimento individualizado, que seria muito mais favorável para o seu bom desenvolvimento emocional, principalmente na primeira infância.

    “Com o serviço de acolhimento familiar, a criança vai ficar, temporariamente, em outro lar, recebendo os cuidados de outra família. Assim, estes cuidados serão exclusivos e individuais, tudo muito mais próximo daquilo que ela tinha antes como referência. Então os traumas são bem menores e os prejuízos para a criança também. As instituições de acolhimento, antes chamados abrigos, fazem um trabalho louvável, mas a criança é cuidada a cada hora por uma pessoa diferente e não desenvolve os vínculos necessários a seu desenvolvimento”, explica a juíza.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/juiza-busca-parceiros-para-ampliar-familia-acolhedora-na-capital/820935182

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