Jurados da 3ª Vara após júri condenam doméstica pela morte de companheiro, nesta terça, 27/09
Após julgamento popular presidido pelo juiz Cláudio Henrique Rendeiro, os jurados da 3ª Vara do Tribunal do Júri de Belém condenam Telma Lúcia Rodrigues, 40 anos, doméstica, por homicídio privilegiado cometido contra o companheiro Mak Rone Rodrigues Mota, 37 anos, pedreiro. Com base na decisão dos jurados o juiz fixou a pena base em oito anos, reduzida em um quarto, tornando definitiva em seis anos de reclusão, para ser cumprida em regime inicial semi-aberto. O juiz concedeu o direito da ré de recorrer da sentença condenatória em liberdade, caso queira.
O representante do Ministério Público, José Maria Gomes dos Santos sustentou a acusação contra a ré de ter praticado crime de homicídio simples, pena de 06 a 20 anos de prisão. Conforme o promotor as brigas do casal seria em razão de que a mulher tinha um filho que era ladrão, e que o pedreiro saia para trabalhar e este ficava em casa dormindo. A promotoria também alegou que a ré seria infiel e que estaria se relacionando com o açougueiro da rua
Em defesa do acusado atuou o defensor público Rafael Sarges, que sustentou que a vítima não estaria morta, devido à ausência de materialidade do crime. O defensor justificou destacando que a descrição do cadáver feita pelos peritos do Centro de Perícias Cientificas não correspondem com a descrição feita pelos depoentes, durante a instrução do processo e no júri. Outra tese da defesa foi que a ré agiu em legitima defesa e alternativamente teria praticado homicídio privilegiado.
Nos argumentos da defesa a ré costumava apanhar do companheiro e ela somente se defendeu das agressões com uma faca, causando a morte do companheiro e que, ela é mais uma vítima de violência doméstica que precisou e agiu em legítima defesa, sustentou para os jurados.
Informações do processo dão conta que a vítima convivia maritalmente com a ré, esta com três filhos de outro relacionamento. O crime ocorreu no dia 25/07/2008, na residência do casal, em uma passagem na rua Carlos de Carvalho, bairro do Jurunas, periferia de Belém. Conforme a denúncia do Ministério Público, o casal tinha um relacionamento tumultuado em razão de problemas com um dos filhos da ré. (Texto Glória Lima).
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