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21 de Junho de 2024
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    Justiça Federal amplia acesso na Região Sul com 19 Unidades de Atendimento

    há 9 anos

    Divulgação

    As Unidades Avançadas de Atendimento (UAAs), instalações de baixo custo que concentram serviços oferecidos pela Justiça Federal em regiões em que não há varas federais, já receberam 41 mil processos desde o seu surgimento, em 2012. As 19 unidades existentes –11 delas instaladas no Estado do Rio Grande do Sul, onde surgiu o projeto -, já resultaram no pagamento de R$ 30,5 milhões em Requisições de Pequeno Valor. O projeto das UAAs venceu o Prêmio Innovare na categoria “tribunal”, em cerimônia realizada em dezembro passado e que contou com a presença do presidente do Conselho Nacional e Justiça (CNJ), ministro Ricardo Lewandowski.

    As UAAs são instaladas nos locais onde não há varas ou Juizados Especiais Federais (JEFs), em áreas que, pela inexistência de uma unidade, a Justiça Federal acaba por transferir a carga de trabalho para a Justiça Estadual. Os locais para instalação das unidades são cedidos pelo Poder Judiciário ou pela prefeitura das cidades, geralmente uma estrutura pequena que conta com apenas um servidor fixo – uma vara tradicional da Justiça Federal precisa, normalmente, de uma estrutura maior, com 12 a 14 servidores para começar a funcionar.

    Nas UAAs são prestados diversos serviços, como a realização de perícias e audiências de conciliação, instrução e julgamento – realizadas de forma presencial ou por videoconferência -, fornecimento de informações processuais e emissão de certidões, cadastramento de partes e advogados no processo eletrônico, dentre outros.

    Se não fosse o trabalho da UAA, todos esses atendimentos teriam que ser feitos em uma vara federal mais distante da residência do cidadão ou ainda na Justiça Estadual, nas causas em que é possível a delegação, como as ações previdenciárias e de execução fiscal. “A ideia das UAAs surgiu da necessidade de expandir o acesso à Justiça e, ao mesmo tempo, retomar a competência delegada da Justiça Federal”, diz o juiz federal Eduardo Tonetto Picarelli, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4 Região, criador do projeto das UAAs.

    Dessa forma, os cidadãos passam a poder realizar perícias e audiências em local próximo de sua residência. De acordo com o juiz Picarelli, a principal demanda atendida pelas UAAs é da área previdenciária e de execuções fiscais da União. “A maioria das decisões envolve benefícios para pessoas que precisam de decisões céleres, como idosos e portadores de deficiência”, diz Picarelli.

    A meta estabelecida no projeto das UAAs é que a Justiça Federal esteja acessível a todos os cidadãos do Rio Grande do Sul, para que possam contar com uma unidade a no máximo 50 quilômetros de sua residência. De acordo com Picarelli, essa meta já foi atingida em 84,5%. “O reconhecimento do Prêmio Innovare é muito importante para incentivar a expansão das UAAs, que também podem ser implantadas em outros Estados e em outros ramos de Justiça, como a Justiça Estadual e a Justiça trabalhista”, acredita Picarelli.

    Premio Innovare - Criado há dez anos pelo Instituto Innovare e Ministério da Justiça, em parceria com outras entidades, o prêmio busca incentivar práticas inovadoras voltadas para a modernização e otimização dos trabalhos na Justiça brasileira. Segundo dados do Instituto Innovare, em 2014 foram 367 projetos inscritos nas categorias Tribunal, Juiz, Ministério Público, Defensoria Pública, Advocacia e Prêmio Especial – que contou com recorde de 111 inscrições este ano, para projetos sob o tema “Por um Sistema Prisional Justo e Eficaz”.

    Os vencedores não são contemplados com premiação em dinheiro, mas têm suas iniciativas amplamente divulgadas. Algumas delas ao longo dessa primeira década de realização foram adotadas e recomendadas pelo CNJ como políticas públicas para eficiência do Poder Judiciário.

    Também são entidades parceiras no Prêmio Innovare a Associação dos Magistrados Brasileiros, Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Nacional dos Procuradores da República e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), com o apoio das Organizações Globo.

    Luiza de Carvalho Fariello

    Agência CNJ de Notícias

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/justica-federal-amplia-acesso-na-regiao-sul-com-19-unidades-de-atendimento/159810842

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