Justiça garante salário maternidade para homem no PR
A menina Emily mudou totalmente a vida do pai, o operador de produção Valdecir Kessler. A mãe morreu durante a gravidez. A menina foi salva em uma cesariana de emergência aos sete meses de gestação. Com apenas 1,5kg, sem a mãe, ela precisava de cuidados especiais.
- Eu me encontro sozinho aqui em Toledo (região Oeste do Estado). Foi quando eu procurei a licença-maternidade, no caso - conta.
Para cuidar da filha, o operador de produção Valdecir Kessler negociou uma licença com a empresa onde trabalhava. Foram quatro meses de dispensa, mas sem salário.
O pai pediu o pagamento do salário maternidade e teve o benefício negado. Agora, nove meses depois, a Justiça Federal decidiu que o INSS deve pagar quatro meses de salário pelo tempo que ele se dedicou a cuidar da filha. Na sentença, os juízes destacaram que, mais que um benefício para a mãe, o pagamento é um direito da criança.
- Excepcionalmente, em casos em que há o óbito e em outras situações, é possível conceder o benefício ao pai, nessas circunstâncias - afirma a advogada Fabiane Stockmanns.
- Fez Justiça na hora que precisava. Pagar as contas e me dedicar à criança”, declara o operador de produção Valdecir Kessler.
O INSS ainda não decidiu se vai recorrer da decisão.
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