Leandro, do Grêmio, é flagrado com habilitação falsa e vai ao presídio

O atacante Weverson Leandro Oliveira Moura, do Grêmio, foi flagrado em uma blitz da Lei Seca na esquina da Avenida Pernambuco com a Avenida Farrapos, na Zona Norte de Porto Alegre, pouco depois da meia-noite desta quinta-feira (19). O atleta tem 18 de idade e completa 19 anos no dia 19 de maio.

Ele estava na direção de uma camioneta Honda CRV, mas não havia bebido. Todavia, a Brigada Militar constatou que ele portava carteira de habilitação falsa. Autuado em flagrante, Leandro chegou a ser encaminhado ao Presídio Central, recolhido ao setor de triagem.

A Polícia Civil informou que este é o procedimento padrão para autuações em flagrante.

Na blitz, os agentes desconfiaram do documento depois de perceberem que o código de barras estava borrado. Ao consultarem o documento no sistema, verificaram que a numeração não existia. O jogador foi enquadrado no artigo 304 - portar documento falso - que prevê pena de dois a seis anos de prisão.

Leandro foi encaminhado ao Palácio da Polícia antes de seguir para o Presídio Central. Por volta das 7h40 da manhã de ontem (19), a defesa do jogador obteve o relaxamento da prisão, no Plantão do Foro Central de Porto Alegre.

Um dos detalhes que favoreceu a soltura foi a confissão de Leandro de que admitira ter comprado a carteira por R$ 1.500 - o ilícito teria acontecido em Goiânia, em outubro do ano passado.

Leandro deixou o Presídio Central no carro do seu advogado. O atleta estava no banco de trás do veículo, abaixou-se e evitou ser filmado ou fotografado.

O diretor de futebol do Grêmio, Paulo Pelaipe disse que o clube não vai se manifestar, pois entende que "o fato passou-se fora da esfera do clube e é um assunto pessoal do jogador". Pelaipe complementou que "o Grêmio não pode servir de babá de jogador de futebol".

O jornal Zero Hora em sua edição de hoje (20) informa que um antigo comerciante estabelecido nas proximidades do Estádio Olímpico disse ser comum esse fato ocorrer com jogadores saídos das categorias de base: "Compra-se de tudo, aqui na volta: atestados, carteiras de habilitação etc".

Nesta sexta-feira, ao colher o depoimento de Leandro, a 4ª DP de Porto Alegre começa a investigar o local de onde saiu efetivamente a CNH.