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17 de Junho de 2024
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    Liberaram as proibidas - DIARIO DE PERNAMBUCO (SUPERESPORTES)

    Escolta para torcida organizada, que aconteceu domingo passado, será repetida no próximo no jogo

    Estava lá pra todo mundo ver. Antes de Santa Cruz e Sport começarem a decidir o título do Estadual, centenas de torcedores rubro-negros foram escoltados por policiais militares com destino ao Arruda. Ainda que não portassem camisas, faixas ou bandeiras da Torcida Jovem, era claro que tratavam-se de membros da organizada, que marcou a caminhada através de seu site e perfis nas redes sociais. A concentração foi na Ilha do Retiro. A atitude foi questionada por muitos cidadãos, já que não haveria motivo para realizar a escolta. Afinal, as facções estão proibidas de frequentar os estádios. Questionamento em vão. Após uma reunião entre o Ministério Público de Pernambuco e o governo do estado, ficou definido que o sistema será mantido.

    A decisão foi revelada pelo promotor do MPPE, Ricardo Coelho. Ele, que se mostrava contra a decisão, participou de uma reunião com o governador Eduardo Campos e o secretário de Defesa Social Wilson Damázio, ontem. A pauta era o programa de redução da violência, o Pacto pela Vida. Coelho, no entanto, tocou no tema das escoltas. Eles estão convencidos de que aquilo é necessário. O entendimento é de que é melhor monitorar o pessoal do que deixar vagando pelas ruas. Como já disse anteriormente, essa parte de inteligência está muito mais gabaritada para responder sobre esse assunto do que eu, afirmou.

    A cena de dezenas de torcedores rubro-negros cercados pela polícia e caminhando pelas ruas do Recife, portanto, será repetida no próximo domingo, quando acontece a segunda partida da decisão do Estadual entre Sport e Santa Cruz. Dessa vez, porém, são os tricolores que devem ser escoltados mesmo com o veto oficial à principal organizada do clube. Desde que as principais facções do Trio de Ferro do Recife foram proibidas de entrar nos estádios, vários sinais mostram o contrário.

    A exceção é que as camisas e os acessórios já não aparecem mais nas arquibancadas. Algo que, inegavelmente, desarticula os grupos. Apesar disso, os gritos das torcidas com slogans se fazem presentes desde o veto que veio logo após ao alvirrubro Lucas Lyra levar um tiro antes da partida entre Náutico e Central, no dia 16 de fevereiro. Na ocasião, houve um tumulto nos arredores do estádio e um segurança contratado por uma empresa de ônibus acabou efetuando o disparo.

    Incidente isolado? (VINCULADA)

    A redução no número de delitos praticados nos dias de jogos desde que as torcidas organizadas foram barradas dos estádios leva o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Polícia Militar a acreditarem que estão no caminho certo. As duas instituições também pensam que é preciso separar melhor os casos de violência nos dias de jogos. Por exemplo, acreditam não ser possível associar o tiroteio registrado na Agamenon Magalhães, na noite de domingo, ao Clássico das Multidões.

    Para o promotor do MPPE, Ricardo Coelho, os casos isolados de violência não podem implicar em mudanças no endurecimento das medidas de coação às facções. A gente percebe que houve uma drástica evolução. Houve incidentes, crimes ocorreram, mas numa escala diminuta. É um trabalho que não pode arrefecer, destacou.

    Coelho usou o caso do menor baleado na Agamenon para ilustrar o seu raciocínio. O incidente foi na Agamenon com a Mário Melo. Ou seja, muito distante do estádio. Foi um incidente que pode ter sido entre um torcedor do Santa e outro do Sport, mas não há nenhuma comprovação que tenha sido um confronto de torcidas. O que me parece, pelos testemunhos colhidos, é que se tratava de um pequeno grupo de meliantes praticando arrastões e que uma vítima teria reagido à bala, justificou.

    De qualquer forma, o comandante do policiamento da capital, o coronel Paulo Cabral, adiantou que a partida do próximo domingo contará com um efetivo ainda maior. Ouvimos testemunhas que garantiram que o rapaz que foi baleado estava com um grupo que estava realizando assaltos. E isso tudo, num local distante do estádio, apesar de ainda estar dentro do raio de atuação do Juizado do Torcedor. Mesmo assim, a resposta da patrulha mais próxima foi muito rápida. Então, não dá pra dizer que foi por falta de policiamento ostensivo.

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