Livres de Guantánamo, chineses se divertem nas Bermudas

Sete anos após chegarem a Guantánamo acorrentados como combatentes inimigos e quatro dias após seu voo-surpresa para as Bermudas, antes do amanhecer, quatro homens muçulmanos uigures se deleitavam com sua nova liberdade aqui, gratos pelos apertos de mãos oferecidos por muitos habitantes locais e maravilhados com a beleza serena desta ilha organizada, de cartão-postal.

Usando camisas polo e calças de algodão cáqui recentemente compradas, os quatro homens fortes, membros de uma minoria étnica agitada do oeste da China, podiam se misturar aos outros, exceto pelas barbas sujas. Cheirando a flores de hibisco, comprazendo-se na liberdade de passear através de ruas e portos cenográficos, eles expressaram surpresa pela boa sorte de pousar aqui depois de um cativeiro que incluiu mais de um ano em confinamento solitário.

"Fui nadar no oceano pela primeira vez na vida, ontem. Foi o dia mais feliz da minha vida", disse Salahidin Abdulahat, 32 anos.

Almoçando peixe com batatas em um domingo, eles elogiaram Bermudas por mostrar coragem diante de potenciais pressões chinesas �"coragem que, em sua opinião, países europeus poderosos não conseguiram.

Os homens estavam em um grupo maior de uigures que tinham fugido do que chamavam de perseguição chinesa aos muçulmanos no oeste da China e passaram parte do ano de 2001 em um campo uigur no Afeganistão. Eles fugiram, aparentemente desarmados, quando os americanos bombardearam o campo. Depois, foram entregues a autoridades por moradores de vilas paquistanesas, em troca de recompensas americanas.

Os quatro trazidos para ca , como outros 13 uigures ainda em Guantánamo, mas com previsão de partirem logo para outros destinos, foram absolvidos por oficiais americanos e tribunais de levantar ...