Lula Morais diz que reforma deve preservar liberdades democráticas
O deputado Lula Morais (PCdoB) fez pronunciamento nesta quinta-feira (12/05) para avaliar a reforma política em curso no Congresso Nacional. Segundo ele, as principais lideranças da legenda comunista estiveram reunidas no último dia 10 em Brasília, para avaliar o tema. O parlamentar ressaltou que o país vive o período mais longo de liberdade democrática desde a proclamação da República, e que essas conquistas devem ser preservadas.
Quando se discute a reforma política é bom separar os que querem o aperfeiçoamento do sistema democrático, dos grupos mais conservadores que pretendem restringir, reduzir e excluir a presença de partidos ou de pensamentos políticos no País, frisou. Conforme salientou Lula, o PCdoB se alinha com os que querem manter as atuais liberdades de organização político partidária.
As três propostas defendidas pelo PCdoB, segundo o deputado, são o financiamento público de campanha, a lista partidária e a eleição proporcional. O deputado prevê que o financiamento público permitirá que os candidatos não dependam de financiadores privados. Na visão de Lula, a lista partidária irá forçar uma vida orgânica das agremiações, e, desta forma, fortalecer as siglas e suas militâncias. Tem parlamentar que toma a posição que quer, atualmente, porque é personalista, pontuou.
Em relação ao voto proporcional, Lula Morais destacou que este instrumento permite que a representação seja equivalente aos votos obtidos nas eleições, enquanto que o voto distrital faz com que as minorias sejam esmagadas e não tenham representantes. O deputado defendeu também a coligação, porque é uma opção das siglas que permitem representações mais ideológicas.
Nosso partido receia que diante de todas as dificuldades para se fazer a reforma política só sejam mesmo para extinguir as coligações. Essa ideia só interessa a quem antes foi pequeno e hoje é grande ou se é grande e está diminuindo, avaliou.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSDB) disse que é necessário na reforma impor aos candidatos uma ficha limpa. Deve ser fiscalizado o passado de cada postulante e também as suas campanhas, propôs. O deputado Mário Helio (PMN) afirmou que duvida da aprovação da reforma política, que segundo ele há 17 anos espera para ser votada.
JS/CG
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