Macapá (AP) registrou quatro colisões de urubus com aviões em 2014
(Foto: Reprodução/TV Amapá)
Quatro colisões de aves com aeronaves foram registradas no aeródromo de Macapá em 2014. O espaço compreende um raio de 20 quilômetros a partir do aeroporto internacional da capital amapaense. As ocorrências não resultaram em acidentes ou alterações nos voos. Os dados são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Não há registros de colisões semelhantes em 2015. Os números podem não refletir a realidade total dos casos, segundo o Cenipa, porque o banco de informações é alimentado pelos pilotos.
O perigo de voos em regiões com predominância de aves é tema de um seminário nesta sexta-feira (24), em Macapá. O evento é realizado pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa I) e pretende mostrar as causas e consequências de voos nesses locais, além de propor a diminuição da presença de focos atrativos de aves em regiões próximas aos locais de decolagem e pouso de aeronaves.
Segundo o tenente-coronel aviador da Aeronáutica Henrique Rubens, a ocorrência mais comum de aparecimento de aves é a da espécie “urubu”.
“Temos no Brasil o registro de três acidentes ocasionados por urubus. Essa ave é comum pelas condições que as cidades brasileiras oferecem. Estudos apontam que o aparecimento dela é resultado pelas fontes de alimentos a esses animais”, disse Rubens.
O tenente-coronel Marcos Antônio ressaltou que em Macapá existe a ocorrência de aves na área do aeródromo por causa da lixeira pública em Santana, município vizinho a 17 quilômetros da capital.
“Em Santana tem uma lixeira pública a céu aberto, o que provoca a ocorrência de urubus. Isso pode ser um problema”, reforçou o oficial. Ele acrescentou que as prefeituras estão sob risco de serem responsabilizadas pela falta de manutenção de espaços que resultem no aparecimento das aves.
A Justiça Federal no Pará chegou a condenar a prefeitura de Belém, em fevereiro, por não cumprir com obrigações para gerenciar o lixo urbano que atraía urubus no entorno do aeroporto da capital paraense.
“Temos a proposta de fazer as autoridades de Macapá e Santana conhecerem os procedimentos e responsabilidades sobre o controle de fauna próxima ao aeródromo”, disse o tenente-coronel Marcos Antônio. O seminário será de 10h às 17h, no auditório da Justiça Federal no Amapá, na Zona Norte da capital.
Fonte: G1
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