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1 de Junho de 2024
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    Maioria dos internautas afirma que quarentena afeta situação financeira

    A enquete do portal da Assembleia Legislativa, veiculada entre os dias 6 e 13 de abril, questionou aos internautas como a quarentena está afetando mais a vida dos cidadãos. A maioria (51,4%) diz que é na situação financeira. Outros 33,3% manifestaram preocupação com a saúde mental. Para 15,2%, o problema é com os estudos.

    Para o deputado Renato Roseno (Psol), como o maior impacto mostrado é o financeiro, o fundamental é, em nome da saúde pública, ampliar a transferência de renda aos informais, aos autônomos e aos trabalhadores mais precarizados.
    “Conseguimos modificar a proposta inicial do Governo Federal que era um auxílio de R$ 200,00. Porém, mesmo os R$ 600,00 ainda não serão suficientes. Precisamos desonerar os serviços essenciais e a cesta básica. O processo de superação dessa crise vai nos levar a ver o óbvio: precisamos muito mais de estado social forte”, assinala.

    Para o parlamentar, mais proteção social e mais transferência de renda podem minimizar os impactos. “Por fim, é fazer a reforma tributária para tributar os mais ricos da pirâmide e financiar o combate à pobreza e diminuição de desigualdade. Hoje, o gasto social federal não supera 15% do PIB (Produto Interno Bruto)”, aponta.

    A deputada Fernanda Pessoa (PSDB) enfatiza que os impactos financeiros mexem com toda a estrutura da casa e das pessoas. “Alguns problemas emocionais são ligados ao financeiro também. Por isso devemos buscar atenuar as a perda financeira das pessoas mais afetadas”, afirma. A parlamentar observa que, além das ações dos governos Federal e estadual, as pessoas devem ajudar aqueles que estão sendo prejudicados com a falta de trabalho. “Se podemos auxiliar, é nosso dever fazê-lo.” Para Fernanda Pessoa, os profissionais psicólogos e terapeutas que estão atendendo e ajudando os cidadãos a passar pelo período de confinamento, também são uma solução viável. “É preciso disponibilizar contatos de profissionais que estão ajudando a população a enfrentar as dificuldades. São pequenas ações que somadas fazem a diferença”, salienta.

    O professor e mestre em economia da Universidade Sete de Setembro (Uni7), Ricardo Coimbra, explica que a quarentena expôs as grandes dificuldades dos estabelecimentos, principalmente os pequenos, de continuarem trabalhando. “Temos ações, como o auxílio do Governo Federal para as pessoas autônomas, além da isenção de água e luz e linhas de financiamento, entre outras, disponibilizadas pelo Estado. Esperamos que essa conduta minimize os impactos financeiros de muitos brasileiros”, assinala.

    Ricardo Coimbra frisa que a economia vai sofrer bastante e muitos cidadãos devem sobreviver com dificuldades durante a pandemia. “O que projetamos é que quando a curva da doença diminuir e os serviços voltarem, o consumo vá se estabilizando aos poucos e os empregos sendo recuperados. Para passar pelo momento, o apoio dos governos é fundamental. Com a retomada a continuação de auxílio, como ajuda a pessoas endividadas e inadimplentes, deve ser pensada para o mercado voltar a se estabilizar”, aponta.

    A psicóloga Ruthenia Pedrosa pontua que trabalha com uma ciência que estuda o comportamento e as emoções humanas, podendo contribuir para melhorar os transtornos causados pela pandemia. “Atualmente estamos enfrentando essa doença e devemos pensar que é um momento transitório. O mundo já passou por outras pandemias e se reconstruiu. A psicologia vai oferecer instrumentos e técnicas para enfrentar o acirramento das ansiedades, angustias e tristezas deste momento”, explica.

    Para a profissional, é necessário que as pessoas busquem adotar estratégias de autocuidado, estabelecer uma rotina, cultivar a resiliência, se alimentar e dormir em horários regulares, além de evitar o excesso de informações. “Se estiver muito estressado procure ajuda profissional, a maioria dos psicólogos está realizando atendimento online, de acordo com as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Psicologia”, adianta.
    GM/AT

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