Mais de 100 mil animais abandonados no Recife - Folha de Pernambuco (Cotidiano)
Aproximadamente 100 mil animais, entre cães e gatos, vivemnas ruas do Recife. Nas noites frias da Capital pernambucana os sons de latidos emiados passamdespercebidos. Atrás de comida, ficamexpostos aos mais cruéis sai daqui. Abandonados, contraem doenças e transmitemnas ao homem, muitas delas fatais. O risco eminente é facilmente percebido em cada esquina. Torturados, atropelados ou mortos pelas pessoas, os animais deveriam ter outro tipo de controle populacional.
São poucas as políticas para o bem-estar animal, apesar da criação da Secretaria-Executiva de Defesa Animal (SEDA) pela Prefeitura do Recife. A solução do problema divide defensores. Alguns queremque os animais sejamcolocados em abrigos municipais. Neles, passariampor tratamento, castrações e seriam inscrito em um cadastro de adoção. Outros acreditamque essa é a última opção, visto que os Centros de Vigilância Animal - os CVAs - que deveriam fazer o trabalho - não dão conta da tarefa de ampará-los.
Em nota à Folha, o CVA do Recife disse que faz castrações todos os dias, de 8h às 17h, e nos finais de semana, em regime de plantão. As cirurgias, entretanto, só são realizadas mediante solicitação, ou seja, o animal precisa ser levado para o Centro. Opapel do CVA é fazer controle de zoonoses e só recolher animais na rua se os mesmos apresentarem risco à saúde pública, escreveu a assessoria do órgão.
A vice-presidente do Movimento de Defesa Animal de Pernambuco (MDA/PE), Goretti Queiroz, é taxativa: afirma que os CVAs não cumprem o seu papel, e garante que o Ministério Público não proíbe o recolhimento dos animais. Apenas não permite que eles sejam mortos, como eram antes. Ela garante, ainda, que as ações da sua entidade são mais eficazes do que as da SEDA. Faço um balanço negativo da Secretaria nesses sete meses. Sem apoio público, ajudamos centenas de animais comcastrações gratuitas e atendimentos. Fazemosmais que a prefeitura,, disparou Goretti.
O titular da SEDA, Rodrigo Vidal, defende-se, dizendo que fez campanhas educativas e eventos de adoção. E que o problema não será resolvido já, mas em ações a médio prazo.Abrigo público não é solução em nenhum lugar no mundo. O que nós vamos fazer é uma campanha gratuita de castração em massa e investir emeducação. Além disso, vamos fazer um hospital público veterinário e incentivar a adoção, ressaltou. A campanha de castração deve acontecer até novembro.
O médico veterinário Gustavo Campos, alerta para os perigos das doenças contraídas comos bichos. Alémdosmaus-tratos que sofremna rua, eles são portadores de doenças que podem ser transmitidas ao homem. As mais perigosas são a raiva e a leptospirose., disse Gustavo, que tambemé contra o recolhimento dos animais aos CVAs. Sou a favor de uma castração emmassa, porque os abrigos virariam depósitos, destacou.
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