Mais de 800 mil brasileiros estão na fila do INSS esperando para fazer uma perícia médica e número pode aumentar com a greve de servidores

Uma paralisação dos servidores do INSS, prevista para iniciar nesta quarta-feira (23) e sem previsão para o reinício das atividades, pode atrasar o ritmo de atendimento para realização de perícia médica, que já vem sendo diminuído por conta da pandemia, falta de servidores e aumento do número de pedidos de benefícios em análise.

No início da pandemia, quando as perícias presenciais foram suspensas, a fila era de 726 mil pessoas. Com o retorno dos atendimentos a fila estava caindo mas voltou a crescer. Quase 829 mil esperam por uma perícia médica do INSS.

O número de servidores também é uma das principais causas da demora do atendimento. Atualmente existem 3.100 médicos peritos no país. Um número ideal apontado pelos servidores seria de 5 mil. Além do reduzido número de servidores, houve uma redução do atendimento diário devido a higienização dos consultórios e equipamentos entre uma perícia e outra (medida de prevenção e propagação da COVID-19).

Atualmente mais de 1,75 milhão esperam por uma concessão ou uma negativa e análises que dependem de perícia médica demoram mais para serem analisadas.

O tempo médio de espera para a perícia está em 69 dias.

Precisa de perícia médica quem requer: Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas) para pessoas com deficiência, benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), benefício por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez), auxílio-acidente, auxílio por incapacidade temporária acidentária (antigo auxílio-doença acidentário), aposentadoria por incapacidade permanente acidentária (antiga aposentadoria por invalidez acidentária), e auxílio-acidente do trabalho.

De caráter obrigatório, seu objetivo é certificar a existência de doença ou a ocorrência de algum acidente que tenha tornado o trabalhador incapacitado, total ou parcialmente, para o exercício da profissão de forma temporária ou definitiva.

Fonte: iG Economia.