Major Araújo reforça necessidade de limitar jornada de trabalho dos militares

Encerrando a programação, promovida pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia, que discute a jornada de trabalho e seus reflexos na saúde do militar estadual, está sendo realizada, neste instante, na Sala Solon Amaral da Casa, audiência pública sobre o tema.

O deputado Major Araújo (PRB), que é o presidente da Comissão, abriu os trabalhos otimista pelos resultados obtidos nos três dias de atividades. Infelizmente a questão da jornada de trabalho é de competência exclusiva do Executivo, mas cabe a nós, como Poder Legislativo, promovermos a discussão e reunirmos as forças para que essas idéias se traduzam em providências, e isso acredito que conquistamos aqui. Demos o ponta pé para conquistar a limitação da jornada de trabalho dos militares, disse o deputado.

Major Araújo fez um balanço com as principais colocações feitas pelos palestrantes nos seminários realizados por Diogo de Souza Freitas, professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e Ana Cláudia Moreira Cardoso, pós-doutoranda pela Universidade de Brasília (UnB).

O parlamentar destacou o caráter desumano da escala exigida, e alertou que do modo como está, pode gerar doenças para os militares e vêm causando a insatisfação de todos. O deputado disse ainda que, além da jornada de trabalho, é preciso negociar mudanças na formação, no acompanhamento da saúde mental, na administração dos recursos e em outros direitos dos militares.

Major Araújo alertou que da maneira como está hoje é inviável e impossível garantir a saúde destes trabalhadores. São pessoas que exercem uma atividade de alto risco, colocando em jogo suas próprias vidas, portanto, merecem ter uma jornada de trabalho menor que lhes permitam recuperar, tanto fisicamente, como psicologicamente, do estresse sofrido durante a execução de seu ofício.

Esse excesso de trabalho e falta de cuidado gera inclusive prejuízos à sociedade tendo em vista que muitos de nossos militares pedem licença do trabalho por motivo de doença, acrescentou.