Major Rocha quer ouvir governador sobre larvas e CPI sobre verba de mídia

O deputado Major Rocha (PSDB) usou a tribuna nesta quarta-feira, 20, para dizer que vai entrar com requerimento propondo convite ao governador Tião Viana (PT) para esclarecer à Assembleia qual foi o carro que transportou as marmitas infestadas por larvas ao Hospital das Clínicas. De acordo com o parlamentar, o governador disse em uma entrevista na televisão que os chamados tapurus não surgiram espontaneamente na cozinha do HC, mas foram conduzidos ao local. “Agora ele precisa apresentar provas, dizer qual era o carro sob pena de ficar desmoralizado”, argumentou Rocha.

O parlamentar também criticou o jornalista e publicitário Gilberto Braga e anunciou que vai apresentar requerimento para a instalação de uma CPI sobre os recursos que o governo emprega em propaganda. “Vi a coluna deste cidadão Gilberto Braga que recebe rios de dinheiro, 15 ou 20 milhões por ano para fazer a propaganda de um Acre que não existe e ninguém sabe para onde vai”, disse o Major Rocha. De acordo com o deputado, em vez de se arvorar em defender um “secretário desequilibrado” ele deveria prestar contas da “fortuna” que teria arrecadado ao longo destes 15 anos.

Em novo pronunciamento, o deputado Major Rocha comentou que, aproveitando sugestão do colega Edvaldo Souza (PSDC) vai protocolar um pedido de informações sobre o destino da verba de publicidade nos últimos cinco anos. Segundo ele, a verba de publicidade chegou a R$ 20 milhões, quantia superior ao orçamento da Segurança Pública. “Enquanto isso a polícia de Senador Guiomar utiliza munição vencida colocando a vida dos policiais em risco e a de terceiros”, disse.

Major Rocha também rebateu discurso do líder do PT, Geraldo Pereira, dizendo que não deixa de sentir repugnância por crimes de corrupção mesmo que sejam cometidos por partidos de oposição, como o PSDB. E alertou a Polícia Federal e o Ministério Público Federal para que assistam a entrevista concedida pelo governador Tião Viana ao programa “Gazeta Entrevista”. Segundo ele, na entrevista há uma admissão de culpa e confissão pública sobre a utilização de recursos de caixa dois em campanha eleitoral.

João Maurício

Agência Aleac