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16 de Junho de 2024
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    Manchete dos jornais de hoje

    Publicado por OAB - Sergipe
    há 16 anos

    Folha de S. Paulo

    Dantas pagou R$ 255 mil a amigo de governador do PT

    Investigado pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, como suposto responsável pelos "contatos políticos" do banqueiro Daniel Dantas, o publicitário Guilherme Henrique Sodré Martins, o Guiga, recebeu R$ 255 mil em 2005 da Brasil Telecom, à época controlada pelo Opportunity.

    O pagamento aparece em auditoria feita em 2005 pelos novos controladores da BrT. Conforme o documento, o serviço prestado por Martins "pode ser entendido como lobby".

    Após ter seu nome citado no escândalo que envolveu a empreiteira Gautama, no ano passado, Martins foi descrito pelo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), como seu "melhor amigo". No último dia 11, porém, Wagner disse se sentir "desconfortável" com a proximidade de Martins.

    Segundo a auditoria, o publicitário disse, em entrevista aos auditores, que "mantém contatos com diversos parlamentares, além de ser muito próximo do presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva], em função da relação de anos com o PT". Ele também citou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

    Nos relatórios da Operação Satiagraha, Martins aparece telefonando ao ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) para que ele obtivesse informações com o chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, sobre uma nova investigação federal contra o banqueiro.

    Martins também recebeu telefonemas de Humberto Braz, ex-presidente da Brasil Telecom, preso sob acusação de tentar subornar, com US$ 1 milhão, delegados da PF. Braz pedia informações sobre a eventual investigação.

    O publicitário Guilherme Sodré Martins, procurado ontem pela Folha para esclarecer as informações da auditoria da Brasil Telecom, não foi localizado. A reportagem tentou diversas vezes falar com ele em seu celular e na sua casa, na Bahia.

    A assessoria do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que ontem estava em viagem, confirmou que ele e Martins são amigos "há mais de dez anos". Como publicitário, segundo assessores do senador, Martins ajudou Heráclito no marketing de uma de suas campanhas eleitorais. Heráclito é citado em cinco situações diferentes no inquérito da Operação Satiagraha, da PF, mas não é formalmente investigado.

    O novo delegado da Operação Satiagraha, Ricardo Saadi, 32, assumiu ontem o comando da investigação com o reforço de aproximadamente 30 agentes designados pelo comando da Polícia Federal.

    Com o reforço, que chegou ontem a São Paulo, Saadi contará com um efetivo de cerca de 50 policiais que o ajudarão a analisar cerca de uma tonelada de papéis apreendidos nas casas e escritórios do banqueiro Daniel Dantas, do investidor Naji Nahas, do ex-prefeito Celso Pitta e de mais 21 pessoas.

    Paulista de Vargem Grande do Sul, Saadi está há seis anos na corporação. Ele se destacou na Operação Kaspar, que desarticulou grupos de doleiros envolvidos na movimentação de US$ 30 milhões no mercado paralelo de câmbio.

    Formado em direito e em economia, Saadi é hoje o chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal em São Paulo.

    A indicação do delegado para o lugar do seu colega Protógenes Queiroz, que já investigava o grupo há pelo menos quatro anos, foi aprovada pelo Ministério Público Federal e pela Justiça Federal.

    Saadi é especialista no combate a evasão de divisas, lavagem de dinheiro e fraudes bancárias, que são a essência da investigação da Satiagraha.

    O delegado Protógenes Queiroz começou ontem a cursar em Brasília a segunda parte da especialização que faz na Polícia Federal. Ele fará aulas na Academia Nacional da corporação para a formação de delegados especiais. Entre as disciplinas, haverá aulas de tiro e educação física, além de reflexões sobre o papel institucional do policial e a relação com a mídia.

    Protógenes chefiou a Operação Satiagraha e alega ter sido afastado por omitir informações de seus superiores, como a existência de um grampo que flagrou conversa entre o ex-deputado petista Luiz Eduardo Greenhalgh e Gilberto Carvalho, chefe-de-gabinete do presidente Lula. A PF diz que Protógenes optou pelo curso e não conseguiria se dedicar à operação que prendeu, entre outros, o banqueiro Daniel Dantas.

    O inquérito da Polícia Federal que culminou na Operação Toque de Midas aponta indícios de que Eike Batista, presidente da MMX, empresa suspeita de ter sido beneficiada na licitação de uma ferrovia do complexo minerador da serra do Navio (AP), foi o "mentor intelectual" da suposta fraude.

    "Eike Batista, como mandante, mentor intelectual, tinha ciência de todas as fases da licitação [...]. Até porque, na função de presidente do conselho administrativo da MMX, era e continua sendo ele quem dá as ordens a serem executadas, as diretrizes a serem seguidas, no que concerne à empresa. Não restam dúvidas [...] que deve responder por suas condutas", afirma o inquérito da PF.

    Para os policiais, essa ilação é lógica, já que Flávio Godinho, que aparece em diversas escutas discutindo o andamento das supostas irregularidades, não só ocupa cargos de direção em várias empresas de Eike como também é seu"fiel escudeiro", segundo o inquérito.

    "Como poderia o proprietário de um grande grupo econômico, que se auto denomina"uma mistura de talento, obstinação e visão de negócio", permanecer alheio a tudo o que acontecia no momento mais crítico de seu planejamento, qual seja, a concepção dos chamados"sistemas"da MMX?"Segundo o advogado de Eike, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, o inquérito não aponta atos nem circunstâncias que demonstrem o envolvimento do empresário.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou ontem mais agilidade na execução de projetos sociais para que ele possa sair do governo em 2010 com"atestado ISO 15.000", numa referência à certificação de qualidade dada a empresas. Lula reuniu 17 ministros para balanço das atividades na área e orientou sua equipe a não "inventar mais nada", e sim trabalhar para cumprir o que foi prometido até o fim do mandato.

    O presidente pediu, segundo a Folha apurou, que durante o período eleitoral, os ministros dêem mais publicidade às realizações do governo na área social para que, argumentou o petista, a população esteja "bem informada" em meio aos acalorados debates municipais.

    Lula anunciou ainda que escolherá um dos ministros para coordenar os projetos da área social, nos moldes do que hoje faz a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em relação aos temas ligados à infra-estrutura.

    "É um cara que vai trabalhar mais, mas sem ganhar mais", explicou, acrescentando que esta figura terá incumbência de cobrar os demais colegas para que cumpram metas e para que os projetos sejam executados.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ontem a Belo Horizonte para o enterro do ex-prefeito petista da cidade Célio de Castro, morto anteontem, aos 76 anos, de falência múltipla dos órgãos.

    Lula destacou as qualidades de Castro como político e médico e disse que o "mundo seria muito melhor" com mais pessoas como ele.

    "Muito mais do que o grande médico que o Célio foi, muito mais do que o grande político que o Célio foi, o Célio foi uma figura humana daquelas que nós gostaríamos que tivessem muito mais, porque o mundo seria muito melhor", disse.

    "O Célio era quase que um anjo em pessoa, pelo caráter, pelo comportamento, pela solidariedade", afirmou. Lula chegou ao cemitério Parque da Colina dez minutos antes do cortejo. Estavam presentes no cemitério os ministros mineiros Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), Hélio Costa (Comunicações) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social). O velório reuniu políticos de vários partidos, que destacaram principalmente a simplicidade de Castro.

    Em 2005, a Usaid, uma agência norte-americana ligada ao Departamento de Estado, gastou US$ 95 mil para promover um seminário sobre a reforma política brasileira. O evento aconteceu no Congresso brasileiro, teve uma entidade local como parceira e palestrantes estrangeiros e brasileiros.

    O objetivo, segundo documentos obtidos pela Lei de Liberdade de Informação norte-americana e passados à Folha com exclusividade pelo pesquisador independente Jeremy Bigwood, era fazer o seminário coincidir com a véspera da discussão do tema no Legislativo brasileiro -e um ano antes da reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva-, como maneira de "expandir o debate da reforma política brasileira".

    Dois dos pontos que pareciam preocupar os proponentes norte-americanos do seminário eram a profusão de partidos pequenos no Brasil e a infidelidade partidária -e como isso parecia ocorrer com mais freqüência na direita do que na esquerda. "Embora esse padrão de fraca disciplina partidária seja encontrado em todo o espectro político, é menos freqüente nos partidos da esquerda progressista, como o Partido dos Trabalhadores", afirma um dos documentos.

    "A cobertura máxima da imprensa deve ser buscada, com o objetivo tanto de instruir a imprensa política sobre as questões como estimular o debate nacional", continua o texto, que traz o título "Brazil - Support for Activity to Promote Broad Public Discussion on Political Reform" (Brasil -Apoio para Atividade de Promover Ampla Discussão Pública sobre Reforma Política).

    Em resposta à Folha, a Usaid disse oferecer atividades no mundo todo para apoiar o fortalecimento dos processos políticos democráticos e eleitorais. A agência afirmou que dá ênfase ao planejamento a longo prazo e ao desenvolvimento sustentável dos processos políticos e eleitorais, e não a atividades motivadas por crises ou eventos isolados.

    Segundo a Usaid, os programas relacionados aos processos eleitorais e políticos refletem dois princípios da política de assistência a partidos políticos da organização: apoiar sistemas representativos e multipartidários e não tentar determinar os resultados dos pleitos.

    A agência disse ainda que, no seminário de agosto de 2005, procurou juntar figuras-chaves da cena política brasileira -de todas as ideologias- para expandir o debate sobre reforma legislativa em discussão na época.

    Para Clóvis Brigagão, coordenador do Centro de Estudos das Américas (CEAs) da Universidade Candido Mendes, "institutos de partidos políticos, sejam democratas ou republicanos, no caso dos EUA, e fundações, como a Friedrich Ebert, ligada ao social-democrata SPD, no caso da Alemanha, fazem isso todo o tempo e não representam interferência nos assuntos internos da vida política ou dos partidos de um país".

    O Estado de S. Paulo

    A Procuradoria de Milão, na Itália, denunciou ontem um grupo acusado de participar de um esquema de espionagem que violou e-mails no Brasil e de pagar propina para obter dados de "serviço de informações na Itália e em outros países". O Brasil está na lista. A ação do suposto esquema começou em função da disputa entre sócios da Brasil Telecom (BrT) - Grupo Opportunity e Telecom Itália (TI) - pelo controle da empresa. A briga teve origem em 2000, segundo os procuradores italianos, quando a "Telecom Itália induziu a Brasil Telecom a adquirir a companhia CRT por um preço considerado exorbitante em relação aos valores acertados".

    De acordo com a Justiça italiana, a empresa Kroll - a pedido do Opportunity - estava investigando as razões de a TI ter tentado induzir a BrT a comprar a CRT por um preço US$ 100 milhões a mais do que o acertado. A Telefônica, dona da empresa, teve de se desfazer da CRT depois de adquirir em leilão, em 1998, a Telesp e a Telerj celular. O primeiro preço combinado, em janeiro de 2000, pelos acionistas da BrT era de US$ 750 milhões. Meses depois, a TI teria fechado acordo com a Telefônica por US$ 850 milhões - no fim, ficou em US$ 800 milhões.

    A investigação na Itália é uma das principais cartas que o banqueiro Daniel Dantas - preso pela Operação Satiagraha, mas libertado por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) - diz ter contra os seus desafetos. Em mais de uma oportunidade, seu advogado Nélio Machado frisou a importância que a defesa de Dantas dava ao inquérito. Machado questionou a imparcialidade do Procuradoria da República no Brasil, ao supostamente ignorar depoimentos dados na Itália, incriminando desafetos do banqueiro.

    A Polícia Federal vai abrir inquérito para investigar as denúncias do delegado Protógenes Queiroz, que acusa a cúpula da instituição de ter obstruído a Operação Satiagraha. A PF avalia que Protógenes cometeu um "grave erro" ao acusar superiores de o terem isolado no instante crucial da missão que levou o banqueiro Daniel Dantas para a cadeia.

    O delegado será chamado para depor e terá que provar o que apontou em representação de 16 páginas entregue quinta-feira à Procuradoria da República. Se não provar, poderá ser enquadrado por denunciação caluniosa - crime contra a administração pública a partir de revelações contra alguém que sabe ser inocente.

    A operação foi desencadeada dia 8 e levou à prisão 18 pessoas - além de Dantas, controlador do Grupo Opportunity, foram capturados o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta, empresários e doleiros envolvidos em suposto esquema de desvio de recursos públicos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

    Hugo Sérgio Chicaroni, preso sob acusação de tentar subornar o delegado federal Victor Hugo Rodrigues Alves Pereira para retirar do foco da Operação Satiagraha o banqueiro Daniel Dantas, enfrenta ação na Justiça movida pela ex-mulher Elenilza Sammarco. Ela quer anular a separação consensual de ambos, assinada em junho.

    Elenilza alega que Chicaroni sonegou, durante o processo de separação, a informação de que é dono de três fazendas em Mato Grosso do Sul. Para a ex-mulher, a omissão resultou em evidente prejuízo a ela. Chicaroni está preso na custódia da Polícia Federal em São Paulo, desde 8 de julho. No mesmo dia, a PF encontrou R$ 1,18 milhão em dinheiro no seu apartamento, em Moema, na zona sul da capital. Dantas é acusado de desvio de verbas públicas e crimes financeiros.

    O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) mandou que seus advogados façam representação contra a Polícia Federal e o delegado Protógenes Queiroz, que chefiou a Operação Satiagraha, por cada vazamento de informações envolvendo o seu nome. As representações serão feitas junto ao Ministério Público, Corregedoria da Polícia Federal e Ministério da Justiça.

    Heráclito disse que resolveu reagir para "acabar com a paranóia, com a esquizofrenia e com as ilações" feitas a partir de conversas que manteve com pessoas investigadas na operação e que foram grampeadas.

    Uma delas teria sido a mensagem que deixou na caixa postal de Carlos Rodenburg - ex-cunhado de Daniel Dantas - quando estava ao lado do ministro da Defesa, Nelson Jobim. O senador afirmou que quando falou da "segurança" do empresário estava se referindo ao divórcio dele. Heráclito disse que os casais Jobim e Rodenburg se conhecem porque as mulheres foram colegas num curso nos Estados Unidos. "Fizeram uma interpretação de um diálogo meu que não podia ser liberado."

    A defesa de Humberto José da Rocha Braz sofreu mais uma derrota na tentativa de tirar de trás das grades o homem que é considerado o braço direito do banqueiro Daniel Dantas. O Tribunal Regional Federal de São Paulo indeferiu liminar no habeas corpus que pede a soltura de Braz, encarcerado há 10 dias por causa das investigações da Operação Satiagraha.

    O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia negado sua soltura na semana passada, após a defesa pedir a extensão do benefício concedido a Dantas.

    O advogado de Braz, Renato de Moraes, recorreu então ao TRF alegando que seu cliente não oferecia risco de fuga nem poderia prejudicar o andamento das investigações.

    A desembargadora Ramza Tartuce, do TRF, entendeu, porém, que o pedido de prisão preventiva contra Braz está suficientemente fundamentado.

    Fiscalização realizada pelo Banco Central, que enquadrou o Banco Opportunity em irregularidades no Sistema de Prevenção e Detecção à Lavagem de Dinheiro (PDLD), aponta que o banco abria contas de depósito tendo como parâmetro apenas aprovação verbal do diretor Itamar Benigno Filho, indiciado pelo Ministério Público ao lado de Daniel Dantas - dono do banco - por gestão fraudulenta e formação de quadrilha. Segundo o BC, documentos básicos como comprovação de patrimônio e renda não eram requisitados.

    A informação emergiu de uma entrevista com a supervisora de cadastros do Opportunity, Yochabel Machado de Souza Correa. Segundo ela, era possível abrir conta de depósito sem a documentação exigida pela legislação "desde que autorizada, verbalmente, pelo sr. Itamar Benigno Filho". A constatação serviu de base para o Banco Central concluir que a instituição "não tem controle" das operações de seus correntistas e "expõe seus produtos e serviços à lavagem de dinheiro".

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou ontem dos ministros da área social a execução dos programas em andamento no PAC social e afirmou que não pretender criar nenhum novo projeto até o final de seu mandato, em 2010.

    Em reunião de quase quatro horas, o presidente reclamou, mais uma vez, da falta dos recursos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) - rejeitada pelo Senado em dezembro - e prometeu criar um comitê gestor para os programas da área social.

    "Alguém terá de trabalhar mais sem ganhar mais", disse o presidente, segundo relato de participantes do encontro. No total, 17 pessoas, entre ministros e representantes de ministérios, participaram da reunião. Ao cobrar a execução dos programas atuais, Lula advertiu os ministros para que "não venham com idéias novas". O presidente destacou ser mais importante cumprir as promessas feitas até aqui.

    Adversários declarados na corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) têm discursos idênticos para enfrentar problemas crônicos da cidade. A coincidência de propostas ficou evidente ontem, em encontro que reuniu 8 dos 11 postulantes ao cargo de prefeito da capital paulista.

    A lista de promessas repetidas é extensa. Os recursos para implementá-las, entretanto, têm ficado à margem dos discursos. Todos ressaltam que parcerias com os governos estadual e federal são essenciais para tirá-las do papel.

    As propostas idênticas estão nas principais áreas. Vão de temas triviais, como zerar o déficit de vagas em creches (são cerca de 90 mil crianças de 0 a 4 anos em filas de espera) , criar leitos hospitalares na periferia (há distritos que não têm um centro de saúde) e investir recursos da prefeitura no metrô (depois de mais de 30 anos, o governo voltou a destinar recursos ao setor), a assuntos menos práticos, como a revisão do Plano Diretor do município e o compromisso de fortalecer a descentralização do governo.

    Maiores rivais na disputa pelo poder político nacional, PT e PSDB não serão tão adversários nas próximas eleições municipais. Levantamento preliminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que tucanos e petistas estarão juntos formalmente em mais de mil coligações espalhadas por todo o País. Esse número de alianças deverá subir, já que o processamento de informações sobre o registro das candidaturas ainda está sendo concluído.

    Até agora, foram contabilizadas alianças em1.130 cidades. Isso equivale a 20,3% do total dos 5.565 municípios existentes no Brasil. Algo como uma coligação entre tucanos e petistas a cada cinco cidades. A constância nessa parceria acabou se revelando como uma das maiores surpresas da próxima eleição, uma vez que PT e PSDB têm polarizado as disputas pela sucessão presidencial desde 1994.

    Naquele ano, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso ganhou no primeiro turno do petista Luiz Inácio Lula da Silva. Repetiu a dose em 1998. Quatro anos depois, o PT chegou ao poder, com Lula batendo o tucano José Serra e quatro anos depois se reelegendo ao superar Geraldo Alckmin, também do PSDB. Tudo indica que PT e PSDB devem continuar polarizando na próxima corrida presidencial, de 2010.

    O vice-presidente José Alencar vai discutir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a aceleração do programa nuclear da Marinha, desenvolvido no Centro Experimental Aramar, em Iperó (SP). O objetivo imediato é antecipar o funcionamento de um reator nuclear de testes, previsto para ficar pronto em 2014. Com isso, será possível chegar mais rapidamente à construção do submarino nuclear brasileiro, objetivo final do programa e ainda sem prazo definido.

    "Precisamos do submarino nuclear para defender a costa brasileira", disse Alencar, que visitou ontem o projeto, ao lado do comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Souza Neto. "Temos um mar muito grande e precisamos ter força para desencorajar qualquer ameaça." Em Iperó, a Marinha já completou o desenvolvimento do ciclo do combustível nuclear, com o enriquecimento de urânio, e trabalha na fase de desenvolvimento da produção de energia nuclear.

    O Globo

    A Polícia Federal foi acionada para investigar a criação de currais eleitorais por milícias e pelo tráfico nas favelas cariocas. Diversas denúncias de que candidatos a vereador têm sido impedidos de fazer campanha em comunidades controladas por milicianos ou por traficantes têm chegado ao Disque-Denúncia Eleitoral.

    Um dos objetivos dos grupos armados é garantir preferência para nomes apoiados por eles. Até candidatos a prefeito enfrentam ameaças e constrangimento. A PF vai apurar se está havendo coação, que é crime eleitoral. Uma candidata a vereadora pelo PT solicitou escolta da PM para entrar na Rocinha. A Justiça Eleitoral pede que a população ajude a desarticular os currais eleitorais do crime, denunciando, mesmo que de maneira anônima, as ocorrências. De acordo com dados do TRE, pelo menos 500 mil eleitores do Rio vivem em comunidades dominadas por quadrilhas armadas.

    O candidato do PRB a prefeito, Marcelo Crivella, que fez apenas uma caminhada na Zona Sul em 16 dias de campanha, acredita que não adianta pedir votos nas ruas da região, onde a rejeição a ele é alta. “As pessoas dizem que o Crivella mistura política com religião, que vai acabar com o carnaval, perseguir homossexual. Mas eu sou homem de paz.”

    Para corrigir as perdas com a inflação desde 2000, o governo vai propor ao Congresso aumento de 64% no valor das multas de trânsito. As infrações mais graves serão punidas com a cobrança de R$ 1.575. Os critérios para definição de excesso de velocidade também serão modificados: a multa mais pesada será aplicada a quem exceder o limite em 50km/h ou mais.

    O delegado Protógens Queiroz, que até sexta-feira passada comandava a Operação Satiagraha que apura crimes financeiros envolvendo o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas, ingressou ontem em nova fase profissional, comparecendo à primeira aula do curso na Academia da PF apresentado como motivo oficial do seu polêmico afastamento. O Ministério Público Federal cobrou da cúpula da PF explicações sobre a falta de recursos humanos e materiais na operação, que teria prejudicado as investigações, segundo denunciou Protóneges.

    Um levantamento feito peloGlobo constatou que pistolas apreendidas num ônibus de excursão de Foz do Iguaçu foram adquiridas numa loja em Assunção – velha forma de contrabando que as polícias não conseguem deter.

    Correio Braziliense

    O balanço do Departamento de Trânsito após um mês de lei seca aponta a redução de 20,5% no número de acidentes fatais e de 6% na quantidade de mortes registradas no Distrito Federal. São indicadores positivos, mas insuficientes na avaliação do diretor-geral do Detran, Jair Tedeschi. “Diminuímos os acidentes com bebidas, mas precisamos fazer uma fiscalização mais intensa”, afirma.

    Por essa razão, os agentes de trânsito aumentarão o rigor contra motoristas sem cinto de segurança e em excesso de velocidade. A compra de 20 bafômetros também vai reforçar a repressão a quem assumir o volante após ingerir bebida alcoólica. A Polícia Rodoviária Federal, por sua vez, promete redobrar a vigilância nas rodovias depois de 48 dias de greve.

    Graças ao aumento do IOF pago nas vendas a crédito e da CSLL cobrada dos bancos, a receita do governo federal em junho chegou a R$ 55,7 bilhões. Com isso, a arrecadação do semestre bateu nos R$ 327,6 bilhões, marca 10,4% acima da inflação do período e maior até mesmo que a de 2007, quando o caixa ainda contava com o imposto do cheque.

    O chanceler Celso Amorim disse ontem que nada de novo aconteceu no primeiro dia de negociações pela abertura das fronteiras ao comércio internacional. Os países ricos cobram a redução das tarifas sobre bens industrializados, e os pobres reafirmam que só o farão quando o mesmo valer para sua produção agrícola.

    As chamadas originadas de telefone fixo em Brasília ficarão 3,01% mais caras a partir de quinta-feira, assim como a assinatura básica. Nas ligações de longa distância, porém, o índice pode ser até maior, a depender do desconto concedido nos diferentes horários. Para os orelhões, a alta será de 2,5%.

    Encerrada a greve dos Correios, o serviço postal deve ser normalizado no DF em até 10 dias. Mas de 2 milhões de cartas e encomendas estão acumuladas nos centros de triagem, como na 508 Norte. Procon orienta sobre contas atrasadas.

    Protógenes Queiroz volta às aulas em Brasília e inquéritos contra banqueiro passam oficialmente a outro delegado.

    Fonte: Congresso em Foco

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