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17 de Junho de 2024
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    Manchetes dos principais jornais do país

    www.congressoemfoco.com.br FOLHA DE S.PAULO

    PV reage e ensaia rebelião contra Marina

    As críticas de Marina Silva ao suposto apetite do PV por cargos, reveladas ontem pela Folha, provocaram uma rebelião no comando do partido. Próxima ao PSDB, a cúpula verde ameaça boicotar a convenção marcada para o dia 17 e anunciar apoio a José Serra na semana que vem, à revelia da ex-presidenciável. Marina foi duramente atacada em reunião organizada às pressas pelo presidente da sigla, José Luiz Penna, em Brasília. Participaram cerca de 20 pessoas, algumas com cargos no governo paulista e na Prefeitura de São Paulo, administrada pelo DEM. A senadora não foi chamada.

    No encontro fechado, o grupo de Penna acusou a candidata derrotada à Presidência de desrespeitar a cúpula do partido, ao qual se filiou em agosto de 2009. "Todos ficaram indignados". disse Marcos Belizário, secretário municipal da Pessoa com Deficiência em São Paulo. "Estou espantado. Acho um absurdo a pessoa comentar isso de seus dirigentes, seus colegas, das pessoas que se dedicaram à campanha dela."

    Os dirigentes traçaram uma estratégia para demonstrar poder e minar os planos da senadora, que tem indicado que pretende se declarar neutra no segundo turno. Penna convocou uma reunião da Executiva Nacional do partido na próxima quarta-feira, em Brasília. O encontro pode precipitar a decisão da legenda, que havia sido adiada para o dia 17, a pedido da candidata derrotada. Na Executiva, em que Marina tem apenas 10 de 60 votos, a tendência é pela aprovação do apoio a Serra, mesmo que os filiados sejam liberados para tomar outras posições em caráter pessoal. Para reduzir a desvantagem numérica, a senadora havia convencido a cúpula partidária a transferir a decisão sobre o segundo turno a um colegiado mais amplo, com a participação de ambientalistas, religiosos e militantes do Movimento Marina Silva, incluindo delegados sem filiação ao PV.

    Ontem, a Folha revelou que, em reunião fechada com aliados, Marina criticou o apetite de dirigentes do partido por cargos. Ela ironizou a notícia de que o PSDB ofereceria quatro ministérios em troca do apoio a Serra. "Quatro ministérios pro PV... Caramba! Do jeito que tem gente aí, basta pensar num conselho de estatal, já estaria muito bom. Certo? Tem esse tipo de mentalidade", disse a senadora. Marina pretende divulgar hoje uma versão resumida de seu plano de governo, a ser entregue aos candidatos Serra e Dilma Rousseff (PT). A senadora dá sinais de que pretende influenciar o debate eleitoral e arrancar compromissos dos dois presidenciáveis sem se comprometer com apoio a um deles.

    Ontem, Marina cancelou reunião com a direção do PV e não fez aparições públicas.

    Secretário de Kassab condena neutralidade

    Aliado de PSDB e DEM em São Paulo, o secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marcos Belizário, diz que o PV não pode ficar "em cima do muro" e deve participar do próximo governo. Para ele, o partido se inclina a apoiar José Serra.

    Folha - O que o PV deve fazer no 2º turno?

    Marcos Belizário - Sou contra a gente ficar em cima do muro. Quem está na política tem que escolher um caminho, tem que apoiar alguém. O sr. é contra uma eventual neutralidade do PV?

    Os dinossauros do PSOL é que declararam voto em branco, como se fosse descer um anjo do céu e resolver os problemas do país.

    E se Marina não quiser apoiar PT ou PSDB?

    Ela tem todo o direito de fazer isso, mas tem que respeitar a decisão do partido. Não podemos achar que a Marina teve 20 milhões de votos sozinha. O partido elegeu a mesma bancada com e sem ela.

    A Executiva vai declarar apoio a Serra?

    Isso é uma tendência. Existe uma proximidade maior. Mas não significa que haverá o apoio. Não vou abrir meu voto agora porque estaria descumprindo um acordo do partido e seria deselegante. Agora, há uma tendência de proximidade.

    "Privataria" do PSDB e "mafiosos" do PT levaram eleição ao 2º turno

    Integrado nesta semana à coordenação da campanha de Dilma Rousseff , o deputado federal Ci (PT) ro Gomes , 52, diz que escândalo (PSB-CE) s do PSDB, aliados a outros promovidos por "aprendizes de mafiosos" do PT, simbolizam a "frouxidão moral" que teria levado parte dos eleitores a votar em Marina Silva e levar a eleição para (PV) o segundo turno. Ciro voltou a criticar o PMDB dizendo que há contradições "graves" e ainda não resolvidas na aliança de Dilma, mas considera que no Brasil é impossível governar sem essas contradições.

    Folha - O que o sr. pode acrescentar de novo à campanha?

    Ciro Gomes - O segundo voto mais relevante, especialmente o voto mais qualificado nas grandes capitais brasileiras, foi o voto dado à Marina. E eu quero crer que o pulso fundamental desse voto é de natureza ideológica e ética. É preciso discutir com essas pessoas e dar a elas os argumentos para que elas relativizem a simpatia correta que tiveram pela Marina e entendam que agora o que está em discussão não são nossas simpatias, mas o futuro do país, antagonizado por dois projetos que felizmente são muitos claros.

    Isso leva a uma frase que o sr. disse, a tal da "frouxidão moral", que afetou tais pessoas.

    PSDB e PT.

    O que é PSDB e PT? O caso Erenice é um exemplo?

    Não, você pergunte isso pro PSDB. Pra mim, que sou aliado do PT, você pergunte aos do PSDB. Então vou te dar aqui todo o conjunto de prática que esse grande jornalista que é o Elio Gaspari[colunista da Folha] chama de privataria, o processo de privatizações. O cidadão está no telefone falando com o FHC, então presidente da República, dizendo que operaram no limite da irresponsabilidade [na verdade, a conversa captada pelos grampos do BNDES, em 98, é de Ricardo Sérgio com o ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros]; o Serra nomear pro centro de eventos de São Paulo um banqueiro chamado Márcio Fortes, do Rio [Fortes foi nomeado presidente da Emplasa em 2009]; o Serra assumir a Prefeitura de São Paulo e, como primeira providência hospedar os saldos da Prefeitura de São Paulo em um banco privado [em 2005, Serra tentou repassar ao Itaú e ao Bradesco o gerenciamento das principais contas bancárias da prefeitura]. Não adianta você escrever que não sai, não é publicada essa informação. E, do outro lado, os aprendizes de mafiosos do PT, que de vez em quando mandam uma dessa.

    Caso Erenice, por exemplo?

    Isso é você quem está dizendo.

    Lula vê Dilma "abatida", e TV vai vender "favoritismo"

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva externa, em privado, preocupação com o "abatimento" de sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff , nos últimos dias.(PT) Para mudar esse quadro, a reestreia do programa eleitoral na TV, hoje, irá classificar como "vitória" com "votação expressiva" o resultado de Dilma no primeiro turno. Para o presidente, a "prioridade zero" da campanha é reavivar o semblante de "favorita" que sua candidata exibia até domingo.

    Em conversa com um governador aliado, Lula recorreu a uma analogia futebolística para explicar sua apreensão. Ele disse que no sábado, véspera da eleição, postou-se diante da TV em São Bernardo para assistir ao jogo Corinthians x Ceará. Corintiano fanático, Lula disse que imaginou que seu time venceria "de lavada". No intervalo, a equipe do Ceará vencia por dois a zero. Só aos 24 minutos do segundo tempo o Corinthians reagiu. Placar final: dois a dois. Lula resumiu ao interlocutor: "Eu, que esperava do Corinthians uma vitória de lavada, recebi o empate com o Ceará como uma vitória". Lula compara o rival José Serra (PSDB) ao Corinthians. E Dilma ao Ceará. Acha que o segundo turno deu ao tucano ares de "falso vitorioso".

    O presidente avalia que é essencial repor "a verdade dos fatos". Ele realça que Dilma amealhou 47,6 milhões de votos, 14,5 milhões a mais que os 33,1 milhões de Serra. O fato de não ter prevalecido no primeiro turno, diz, não lhe tirou a condição de "favorita". Lula recordou que, em 2002 e 2006, também disputou segundo turno, mas venceu. Lula disse que o Corinthians estava desfalcado, sem Ronaldo e Dentinho. "O time da Dilma está completo. O Fenômeno está em campo", disse, num autoelogio.

    Para acentuar o suposto favoritismo de Dilma, a propaganda mostrará lideranças políticas aliadas na TV. Governadores e senadores eleitos irão aparecer em depoimentos em que defendem a importância da vitória. A intenção é mostrar Dilma como grande favorita. Ao citar os 47,7 milhões de votos recebidos nas urnas, a campanha quer mostrar a petista como "uma das mulheres mais votadas da história da humanidade", conforme disse ontem o presidente da sigla, José Eduardo Dutra.

    PSDB exige maior presença de FHC na TV

    Após aparições incidentais no primeiro turno, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a pedido da cúpula do PSDB, terá presença ampliada no programa de José Serra neste segundo turno. Além de exibir positivamente a imagem de FHC, o programa de Serra abordará, já no dia de estreia, um dos temas mais delicados para a campanha da adversária Dilma Rousseff (PT): o aborto. A abordagem será velada. Serra tangenciará o assunto ao pregar a valorização da vida.

    No segundo turno, o comando da campanha não abandonará a comparação das biografias de Serra e Dilma. Abundante no programa em bloco, o confronto de currículos também ocupará as inserções comerciais distribuídas ao longo do dia. A campanha do PSDB terá direito a sete minutos e meio diários de inserções. Uma delas vai comparar, metaforicamente, a trajetória dos dois candidatos. Em outros dois comerciais, o candidato agradecerá ao eleitor pelo seu desempenho no primeiro turno e pedirá apoio para a vitória.

    Palocci é escalado para diálogo com evangélicos

    No esforço para neutralizar a onda anti-Dilma no meio evangélico, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, um dos coordenadores da campanha petista, procurou lideranças evangélicas para marcar encontros dela com pastores.

    Paralelamente, formou-se uma tropa de choque de senadores e deputados evangélicos do PT e de partidos aliados para ajudar a melhorar a imagem de Dilma junto ao eleitorado religioso. Os senadores Magno Malta (PR-ES) e Marcelo Crivella (PRB-RJ), os deputados federais Walter Pinheiro (PT-BA) e Gilmar Machado (PT-MG) e o pastor Everaldo Pereira, vice-presidente do PSC, integram o grupo. "A nossa missão é desdizer as baixarias lançadas contra Dilma na internet e impedir que a eleição vire guerra santa", diz Walter Pinheiro, recém-eleito senador.

    O plano foi definido anteontem. No mesmo dia, Dilma Rousseff abriu espaço na agenda para encontro com o pastor Marcos Pereira, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, no Rio, e Palocci contatou pastores. Um dos procurados foi o pastor Jabes Alencar, presidente do Cimeb (Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil) e do Conselho de Pastores do Estado de SP. O outro foi o presidente do Conselho de Pastores do Estado de MG, pastor Jorge Linhares.

    Serra afirma que Dilma muda opinião segundo "vento do eleitorado"

    O candidato do PSDB à Presidência, José Serra , acusou a adversária, (PSDB) Dilma Rousseff , de se manifestar sobr (PT) e o aborto de acordo com o "vento do eleitorado", e disse que a petista mente ao dizer ser contrária à legalização da prática.

    Dilma voltou ontem a se posicionar contra o aborto, mas afirmou que as mulheres que recorrem à prática não podem ser tratadas como "questão de polícia" pelo governo, e sim de "saúde pública e social". Em encontro com religiosos em Belo Horizonte, Dilma tentou separar sua opinião da política que implementará, se eleita.

    "A minha posição pessoal é contra o aborto. Como presidente da República, (...) eu não posso tratar essa questão como uma questão pessoal." Ela voltou a usar o nascimento do neto para rechaçar que seja favorável ao aborto: "Seria muito estranho que, quando há uma manifestação de vida no seio da minha família, eu defendesse uma posição a favor do aborto".

    PMDB deve comandar Câmara, diz Temer

    O presidente do PMDB, Michel Temer , sinalizou ontem que o (SP) partido não vai abrir mão da presidência da Câmara em 2011, embora o PT tenha conseguido eleger a maior bancada da Casa. Temer disse esperar que o acordo firmado na atual legislatura, com o revezamento dos partidos no cargo, se repita no ano que vem. "O que creio que vai acontecer, embora não quisesse tratar desse assunto agora, é que vai se repetir o que aconteceu nesta Legislatura: um biênio [2011-2012] será do PMDB e outro biênio [2013-2014] será do PT. Acho que haverá conversação nessa direção, que é o que a lógica política recomenda."

    O PT elegeu no último domingo 88 deputados federais, se tornando a maior bancada da Casa. O PMDB ficou em segundo lugar, com 79 eleitos. Pela tradição da Câmara, o partido com maior bancada elege o presidente da Casa. Os petistas querem emplacar Cândido Vaccarezza (PT-SP) no cargo, enquanto o PMDB trabalha por Henrique Eduardo Alves (RN).

    Prefeito diz que trocou apoio por verba do PAC

    Herdeiro do cargo do PSDB, o prefeito de Teresina, Elmano Férrer , disse ontem que negoc (PTB) iou o apoio do seu partido no segundo turno ao candidato "dilmista" no Piauí, Wilson Martins , em troca da liberação (PSB) de recursos do PAC. O acerto, segundo ele, foi feito com o ministro Alexandre Padilha , recém-licenciado para (Relações Institucionais) atuar na campanha de Dilma Rousseff .

    "Com relação a Teresi (PT) na, envolve uma articulação com Bras[o apoio] ília. Tivemos a oportunidade, no aniversário de Teresina [16 de agosto], de homenagear o ministro Padilha. Espero que seja cultivado esse relacionamento. Em decorrência disso, estamos com vários projetos em tramitação, sobretudo no Ministério das Cidades. Teve aí um pouco de pragmatismo político", disse, em entrevista à rádio Teresina FM.

    Férrer sucedeu Sílvio Mendes , que ren (PSDB) unciou ao cargo -está no segundo turno na atual eleição. O candidato do PTB, João Vicente Claudino, teve 21,54% dos votos. O PTB nacional apoia Serra (PSDB).

    Padilha afirmou, por meio da assessoria, que a seleção de projetos "não segue partidos nem critérios políticos".

    Dilma é campeã de votos em locais com mais Bolsa Família

    Dilma Rousseff foi a candidata mais votada em 1 (PT) 47 dos 150 municípios com a maior cobertura do programa Bolsa Família, carro-chefe do governo Lula. Ela só não foi a campeã de votos nos municípios de Roteiro (AL), Japaratinga (AL) e Melgaço (PA), onde José Serra (PSDB) ganhou.

    A votação média de Dilma nessas 150 cidades foi de 78,5%, superior aos 46,9% que obteve no país. José Serra teve média de 15,7% (contra 32,6% na votação nacional), e Marina Silva (PV), 5,8% (ante 19,4%). Nos 150 municípios considerados, mais de 71% das famílias recebem Bolsa Família. Para poder participar do programa, a renda familiar por pessoa tem que ser de até R$ 140, e o valor do benefício varia de R$ 22 a R$ 200.

    SP antecipa feriado após pressão de tucanos

    O governador de São Paulo, Alberto Goldman , decidiu antecipar o f (PSDB) eriado do Dia do Servidor Público, de 28 de outubro, para o próximo dia 11. A medida coincide com apelos de tucanos preocupados com a possibilidade de que a data original do feriado estimulasse a evasão de eleitores no segundo turno das eleições presidenciais, que acontecerá no próximo dia 31, com Dilma Rousseff (PT) contra José Serra (PSDB).

    Procurada pela Folha, a Casa Civil disse que a transferência da data do feriado é "praxe" e citou anos anteriores em que a data também foi ajustada para cair em uma segunda, ou sexta-feira. A Folha apurou que houve movimentação de líderes do PSDB em defesa da modificação do calendário oficial.

    Aliados de José Serra demonstraram preocupação principalmente porque o Dia de Finados será comemorado logo após o segundo turno, em 1º de novembro. Assim, com um feriado no dia 28 (uma quinta-feira), um fim de semana e o Dia de Finados (que cairá em uma segunda-feira), os 650 mil funcionários públicos do Estado teriam até cinco dias de folga, o que poderia aumentar a abstenção no dia 31.

    Fora do 2º turno, Collor decide apoiar candidato dilmista em Alagoas

    Após ficar fora do segundo turno da eleição para o governo de Alagoas, o senador Fernando Collor de Mello anunciou ontem publicam (PTB) ente seu apoio e de seu partido à candidatura de Ronaldo Lessa , que disputa o segundo (PDT) turno com Teotonio Vilela Filho .(PSDB) Segundo aliados do ex-presidente, ele está disposto inclusive a subir no palanque da presidenciável Dilma Rousseff (PT) quando a candidata visitar o Estado.

    No primeiro turno, Collor já fez campanha para a petista e colou no presidente Lula, a quem fez diversos elogios. O ex-presidente teve 28,81% dos votos válidos no primeiro turno, ficando apenas 0,35 ponto percentual atrás de Lessa. O tucano teve 39,6%.

    Eleitores reprovam 75% dos candidatos "fichas-sujas"

    Os eleitores de todo o país reprovaram nas urnas 75% dos candidatos enquadrados nLei da Ficha Limpapa pela Justiça Eleitoral. Ao todo, 157 políticos considerados "fichas-sujas" não conseguiram votos suficientes para serem titulares ou suplentes de cargos caso consigam derrubar nos tribunais as decisões que indeferiram suas candidaturas.

    O levantamento feito pela Folha em todos os Estados, porém, mostra que 51 candidatos barrados com base na lei tiveram sucesso nas urnas e podem ocupar vagas ou serem suplentes se em última instância a Justiça decidir que a nova legislação não é aplicável aos casos deles ou é inconstitucional. No dia das eleições, os 208 políticos que tinham candidaturas indeferidas pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) ou pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em função da lei receberam 8,7 milhões de votos, mas eles foram considerados nulos.

    STM retira da internet relatos de ações históricas

    O Superior Tribunal Militar retirou de seu site uma seção que exibia o teor de julgamentos históricos ocorridos no tribunal, como o de participantes da Intentona Comunista, de 1935, e a Revolução Tenentista, de 1922. Na sustentação oral feita nesta semana pela advogada da Folha e no mandado de segurança protocolado pelo jornal, Taís Gasparian cita, como argumento para o tribunal liberar os documentos de Dilma Rousseff, a publicidade de outros julgamentos históricos.

    Até a semana passada, contudo, era possível consultar os dados no link "julgamentos históricos". Para o STM, a seção foi retirada do ar por causa de uma determinação de 2006 para a correção da dados historiográficos imprecisos nos processos. O STM não confirmou a data em que o link saiu do ar nem informou a previsão de retorno dos dados.

    Mapa mostra 25 ações de censura eleitoral

    O blog "Jornalismo das Américas", do Centro Knight , lançou um mapa intera (Universidade do Texas) tivo que reúne atos de censura a meios de comunicação ocorridos no período eleitoral. Até agora, o "Mapa da Censura Eleitoral no Brasil" registra 25 casos. O levantamento, atualizado quando surgem novas ocorrências, pode ser acessado pelo endereço is.gd/fQ6T2.

    A ferramenta localiza decisões judiciais, leis e atos governamentais que restringem a atuação de jornais, TVs, rádios, sites e blogs. Ao clicar em um ponto no mapa, é aberto um quadro com informações sobre a proibição e links que levam a notícias sobre o fato. Ações do tipo foram identificadas em nove Estados. A Paraíba foi a recordista, com oito atos restritivos.

    "Imprensa é livre, o que não significa que seja boa", diz Franklin

    O ministro Franklin Martins afirmou que o governo c (Secretaria de Comunicação) onclui até o final do ano uma proposta de regulamentação dos meio eletrônicos de comunicação, o que inclui o acesso à internet por cabo e também por celulares. Martins afirma que não estará no anteprojeto nenhum tipo de censura às mídias, tribunais especiais para julgar jornalistas ou outras tentativas de restrição à liberdade de expressão. "Tribunal de mídia é ficção. Isso nunca foi pensado" , disse.

    Em conferência realizada em 2009, foi apresentada proposta de criar um tribunal de mídia e a possibilidade de punir órgãos que "excluam a sociedade civil e o governo da verdadeira expressão da verdade". O ministro não quis comentar as declarações do presidente Lula, de que a mídia no Brasil age como partido político. Mas afirmou que o atual governo sempre respeitou a liberdade de imprensa. "A imprensa no Brasil é livre, o que não significa que seja boa." Depois disse que a qualidade depende de jornais e de jornalistas, não de uma lei.

    PF de Roraima não dá mais informações sobre o caso Jucá

    O superintendente da Polícia Federal em Roraima, delegado Herbert Gasparini, não fala mais com a imprensa sobre a investigação de compra de votos envolvendo o líder do governo no Senado, Romero Jucá .(PMDB) A informação foi dada à Folha ontem à tarde pela direção da PF em Brasília. Antes da confirmação, a reportagem havia sido informada pela assessoria de Jucá que a PF-RR não falaria mais. A assessoria do senador disse que só a PF em Brasília daria informações. Negou, porém, que tenha havido pressão política no caso. A PF em Brasília também negou pressão.

    Na semana passada, Gasparini afirmou à Folha que a PF investiga a origem de R$ 1,8 milhão apreendido durante as eleições com suspeita de compra de votos em RR. Desse total, segundo o delegado, R$ 1,1 milhão tem relação direta com a campanha de Jucá -incluindo os R$ 100 mil jogados da janela de um carro que acabara de sair do escritório de Jucá.

    Justiça abre processo por calúnia movido pelo PT contra tucano

    A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul aceitou na noite de ontem denúncia contra o candidato tucano à Presidência, José Serra. O PT entrou com representação no Ministério Público pedindo a abertura de um processo para investigar calúnia e difamação supostamente praticadas contra o partido e contra o ex-prefeito de BH Fernando Pimentel, em entrevista do tucano ao jornal "Zero Hora". Na ocasião, Serra foi questionado sobre a suposta relação do PT com as Farc e sobre dossiê com dados sigilosos de pessoas ligadas ao PSDB.

    PF deve convocar Erenice para depor nos próximos dias

    Ex-ministra e braço direito de Dilma Rousseff na Casa Civil, Erenice Guerra se tornou um dos alvos centrais da Polícia Federal no inquérito que apura a prática de lobby e tráfico de influência nas dependências do Planalto. Entre hoje e a semana que vem, o Ministério Público vai requisitar à Justiça autorização para que a PF possa copiar e analisar todo o conteúdo do computador usado por Erenice na Casa Civil.

    Nos próximos dias, a ex-ministra será chamada a depor e, muito provavelmente, a PF também pedirá a quebra de seu sigilo telefônico. Essas medidas serão estendidas a Vinícius Castro, ex-assessor de Erenice, e Stevan Kanezevic, que também trabalhava na Casa Civil. Os dois são amigos de Israel Guerra, filho de Erenice suspeito de operar um esquema de favorecimento a empresas na administração federal.

    Os computadores de Erenice e dos outros dois já haviam sido lacrados pela sindicância interna aberta pela Casa Civil. Ontem, a PF encaminhou ao Ministério Público Federal no Distrito Federal o pedido para periciar as máquinas. Cabe agora à procuradora Luciana Martins solicitar à Justiça a autorização. A PF ainda não decidiu quando chamará Erenice a depor. Isso pode ocorrer em breve ou só após a perícia nos computadores e a provável quebra de sigilos telefônicos.

    Petrobras hoje é transparente, afirma Lula

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a Petrobras, antes "caixa-preta", tornou-se uma "caixa-branca" e uma empresa "transparente". "Nem tão assim, mas transparente", ponderou, em seguida. Ele discursou no batismo da plataforma P-57 da estatal. O presidente fez questão de diferenciar a Petrobras do governo tucano da Petrobras do governo petista. "A Petrobras também recuperou o sentido de empresa brasileira", afirmou.

    "Teve um tempo em que a diretoria da Petrobras - não é no seu tempo, não, José Sérgio - achava [Gabrielli, presidente da Petrobras] que era o Brasil que pertencia à Petrobras, não era a Petrobras que pertencia ao Brasil." Em seguida, o presidente afirmou: "Ao ponto de ter presidente que falav[da República] a:"A Petrobras é uma caixa-preta, ninguém sabe o que acontece lá dentro". No nosso governo ela é uma caixa-branca, e transparente. Nem tão assim, mas é transparente, a gente sabe o que acontece lá dentro e a gente decide muitas das coisas que ela vai fazer".

    Após prisões, Dourados tem nova prefeita

    Vinte e cinco dias depois de assumir a presidência da Câmara Municipal de Dourados , a vereadora Délia God (250 km de Campo Grande) oy Razuk , 54, toma posse na man (PMDB) hã de hoje como a nova prefeita da cidade. Em cerimônia marcada para as 12h (horário de Brasília), Razuk receberá o cargo das mãos do juiz Eduardo Machado Rocha, que ocupava interinamente o posto desde 4 de setembro.

    Campeã de votos nas eleições de 2008, ela qualificou, em entrevista à Folha por e-mail, o momento vivido pela cidade como "crítico e conturbado" e defendeu a necessidade de "reconstruir a história política de Dourados". "É lamentável toda esta situação. Passamos por um período conturbado, de incertezas e dificuldades. Mas vamos restabelecer a ordem no quadro administrativo e fortalecer nosso município."

    Razuk foi a única, dentre os 12 vereadores da Casa, a não ser denunciada pelo Ministério Público por suspeita de envolvimento no esquema que, segundo a Polícia Federal, fraudava licitações e desviava verbas públicas. A vereadora disse não ver "mérito" no fato e afirmou que nunca soube da existência de um mensalão na Casa.

    Interino cogita se candidatar a prefeito em 2012

    A curta experiência como prefeito interino poderá mudar a vida do juiz Eduardo Machado Rocha, 53, diretor do fórum da comarca de Dourados. Ontem, enquanto resolvia trâmites para a transmissão do cargo, anunciou a possibilidade de se candidatar a prefeito em 2012. Isso só irá ocorrer, segundo ele, "se a politicalha voltar a dar as caras na administração do município".

    "Se a politicagem voltar à Prefeitura de Dourados, em detrimento da população, aí eu cogito a hipótese de colocar o meu nome à deliberação do povo para concorrer à prefeitura em 2012", disse. A candidatura só não virá, afirmou, se prefeito e vereadores "se pautarem por uma conduta honesta e voltada ao atendimento da população".

    Com 25 anos de magistratura e na lista de candidatos a desembargador do Tribunal de Justiça, o juiz disse que se a promoção não vier até 2011, o projeto eleitoral pode se fortalecer.

    O GLOBO

    Fisiológicos mais fortes no Congresso

    Mesmo com o avanço do chamado bloco de esquerda , que somou 66.520.770 votos em todos os cargos d (PSB, PCdoB e PDT) isputados nas eleições de domingo, os quatro partidos que se notabilizam por marcar presença em todos os governos desde a redemocratização do país prosseguem cacifados pelas urnas para barganhar (PMDB, PP, PR e PTB) cargos e definir votações no Congresso, independentemente de quem seja o novo presidente.

    Os quatro partidos, juntos, tiveram 124.292.371 votos, assegurando 182 de 513 vagas na Câmara e 35 dos 81 assentos no Senado. Ao bloco de esquerda, o eleitor concedeu apenas 77 vagas na Câmara e dez no Senado. A marca fisiológica, que há 24 anos rende nacos de poder aos quatro partidos, também os deixou carimbados por escândalos de corrupção.

    No mensalão, entre os 19 parlamentares acusados de se beneficiar do esquema, 11 pertenciam aos quadros do PP, PTB, PMDB ou PL, que transformou-se em PR após fusão com o Prona. - Qualquer um desses partidos estará com o governo, seja quem for o presidente. Sempre foi assim e, agora, não será diferente - admite um dos principais líderes do grupo.

    Em tese, o PMDB seria oposição, caso Serra vença Dilma. O partido é o principal fiador da coligação governista e indicou o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), para a vice. Porém, com a preferência de mais de 65,8 milhões eleitores (votos nominais e de legenda), 79 cadeiras na Câmara e 20 no Senado, o PMDB já demonstrou que cederia à sedução do poder.

    Temer pedirá apoio de Garotinho

    O presidente da Câmara e candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff , Michel Temer , confir (PT) mou que irá con (PMDB-SP) versar pessoalmente com o deputado eleito Anthony Garotinho para pedir apoio à camp (PR-RJ) anha da petista. Temer disse que falou pelo telefone com Garotinho, candidato mais bem votado a deputado federal no estado do Rio , e deu os parabéns pela vitória.

    Segundo o presidente da Câmara, os dois combinaram de conversar mais, mas não entraram em detalhes sobre como se daria o apoio no segundo turno. Questionado se Garotinho também seria usado para ajudar a desfazer o mal-entendido em relação à postura de Dilma sobre o aborto, Temer afirmou:

    - Ele pode ajudar pelos 700 mil votos que teve no Rio, não há dúvida. Não sei se com os evangélicos ou não, mas ele obteve uma votação significativa. Nos falamos rapidamente (por telefone) e ficamos de nos encontrar, mas nada foi acertado.

    Na volta à TV, Dilma e Serra 'defenderão a vida'

    A polêmica que tem dominado o debate eleitoral neste início de segundo turno, em torno do aborto, deverá ser tratada de forma indireta no horário eleitoral gratuito, que recomeça nesta sexta-feira. Em sua reestreia, o programa da petista Dilma Rousseff será pautado pelas respostas contundentes à onda de boatos que a envolve em polêmicas com as igrejas católica e evangélica, mas a palavra aborto não será pronunciada.

    O programa do candidato tucano, José Serra, trará uma mensagem em defesa da valorização da vida, deixando subentendida a posição da campanha tucana contrária ao aborto. A propaganda vai usar uma das propostas de governo do tucano, o programa Mãe Brasileira, que prevê auxílio pré-natal para gestantes da rede pública de saúde, para mandar um recado. Em nenhum momento, será pronunciada a palavra aborto.

    No programa de Dilma, ela e o presidente Lula aparecerão rechaçando o que chamam de campanha de calúnias jamais vistas no Brasil. Na volta à TV, Dilma aproveitará para fazer um afago, ao citar a candidata derrotada do PV, Marina Silva: - Se somarmos os meus votos com os da Marina, o resultado mostra que 67% dos brasileiros querem uma mulher na Presidência - dirá Dilma.

    Nos dez minutos de programa no rádio e na TV, Dilma terá três falas. Numa, usará dados comparativos entre os governos Lula e FH. Em sua primeira fala, Dilma agradecerá os votos do primeiro turno. Depois, vai conclamar eleitores e militantes para o segundo turno. E rebaterá os ataques, repetindo que é a favor da vida e que está "sofrendo na pelé uma das campanhas mais caluniosas que o Brasil já assistiu".

    Tucanos insistem no resgate do legado de FH

    A estratégia de resgatar, no segundo turno, o legado do governo Fernando Henrique e abrir espaço para as questões regionais defendidas pelos aliados foi reforçada em reunião entre o presidente do PSDB, Sérgio Guerra , o ex-governador Aécio (PE) Neves e o senador Tasso Jereissati , no voo após o encontr (PSDB-CE) o de anteontem em Brasília. A vontade dos tucanos é que o presidenciável José Serra assuma, de fato, esse discurso, sem temer novo embate com o PT sobre as privatizações e sem renegar o passado.

    Aécio e Tasso também sugeriram que todo o material de campanha seja produzido de acordo com recomendações e sugestões dos aliados nos estados, para garantir maior eficiência à propaganda. Embora não esteja prevista a substituição do marqueteiro Luiz Gonzalez, a expectativa é que tanto ele quanto Serra aceitem contribuições. O que foi conversado seria repassado ainda ontem ao candidato.

    Ciente de que precisará de toda a ajuda possível para tentar reverter o quadro ainda favorável à candidata Dilma Rousseff , Serra j (PT)á teria tomado a iniciativa de convidar pessoalmente alguns dirigentes da oposição para ajudá-lo na organização da campanha de segundo turno, inclusive o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia , com que (RJ) m não se dá bem.

    Tucanos acertam estratégia pró- Serra com evangélicos

    Escalado pelo presidenciável José Serra para articular apoios entre o el (PSDB) eitorado evangélico, o deputado federal e candidato a vice, Índio da Costa , reuniu-se nesta quinta-feira c (DEM-RJ) om líderes religiosos para acertar o discurso a ser difundido por igrejas em vários estados, em favor do candidato tucano.

    Cerca de 30 pastores deixaram o encontro no comitê da campanha, em São Paulo, com o compromisso de realizar reuniões em suas congregações, que visam a associar a presidenciável Dilma Rousseff a valores condenados pela igreja, além de (PT) recomendar o voto no tucano neste segundo turno.

    A tática do medo é o principal trunfo dos tucanos. O Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), especificamente os tópicos sobre aborto e homossexualismo, será o alicerce da mensagem a ser repassada ao público evangélico. Além de conquistar o eleitor que votou na candidata derrotada Marina Silva (PV), seguidora da Assembleia de Deus, há uma avaliação na campanha tucana de que Dilma obteve no primeiro turno um apoio expressivo dos evangélicos.

    Dilma diz que é contra o aborto durante visita a BH

    A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, fez nesta quinta-feira uma enfática declaração contra o aborto ao receber apoio de militantes católicos na Capela que fica dentro do Mercado Central, um dos pontos turísticos de Belo Horizonte.

    Entretanto, Dilma disse que não há necessidade de se alterar o programa de governo do PT, que defende a liberalização do aborto. Ela observou que é candidata de uma coligação, e a liberalização do aborto jamais fez parte do programa da coligação. - Até seria estranho eu não ser contra o aborto nesse momento em que acaba de nascer meu neto - disse, frisando que "o aborto é uma violência".

    Dilma afirmou que as menções feitas pelo candidato do PSDB, José Serra ao governo de Fernando Henrique Cardoso , sobretudo a favor das privatizações que ocorreram entre 1995 e 2002, são "uma tentativa de vacina". A candidata declarou-se "contra a forma, o conteúdo e a ideia das privatizações".

    Lula: Petrobrás é caixa transparente 'mas nem tanto assim'

    Quinze dias depois da capitalização da Petrobras e em meio a uma queda acentuada das ações da estatal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a empresa 'é uma caixa branca, transparente, mas nem tanto assim'. Em cerimônia em Angra dos Reis para o batismo da plataforma P-57, Lula afirmou que a estatal agora está muito mais forte e enumerou os diversos resultados que foram obtidos nos últimos anos.

    - A Petrobras recuperou o sentido de empresa brasileira. Antes achava-se que o Brasil pertencia a Petrobras, que era uma caixa preta. Neste governo, agora é uma caixa branca, transparente... Mas nem tanto assim. A gente já decide muitas coisas que ela vai fazer - disse o presidente em tom de brincadeira. A cerimônia de batismo da plataforma foi antecipada em dois meses e marca o reaparecimento público do presidente na campanha política nesta segunda fase das eleições presidenciais.

    Ações da Petrobras caem até 5,48%

    Os rumores sobre a publicação de denúncias sobre supostas irregularidades em negócios da Petrobras derrubaram as ações da companhia ontem na Bolsa de Valores de São Paulo .(Bovespa) A ação ordinária da empresa (ON, que dá direito a voto nas reuniões do Conselho de Administração) chegou a cair 5,48%, mas fechou em queda menos acentuada, de 2,98%, a R$ 28,31.

    Já as preferenciais perderam (PN, sem direito a voto) 2,16%, para R$ 25,30, depois de uma queda de até 4,71% no dia. Segundo analistas, a queda fez os papéis ficarem baratos, e investidores aproveitaram a oportunidade para comprar.

    As ações da Petrobras movimentaram R$ 1,8 bilhão ontem e responderam por 18% do volume de negócios da Bolsa. Foi o segundo dia seguido que o Ibovespa, principal referência do mercado, fechou em queda (-0,88%, aos 69.918 pontos) por causa dos papéis da Petrobras. Em apenas dois dias, as ações da companhia caíram 6,84%, no caso da ON, e 6,23%, no da PN.

    O que liga a Petrobrás a um diretor de estatal

    Diretor de Gestão Corporativa da Empresa de Pesquisas Energéticas , estatal ligada ao Min (EPE) istério de Minas e Energia , Ibanês César Cássel t (MME) em a Petrobras como cliente de sua empresa de eventos. Ligado à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, desde que ela foi secretária de Energia, Minas e Comunicações no Rio Grande do Sul nos anos 90, Cássel assinou dois contratos com a estatal do petróleo no total de R$ 538.755,65 em 2008, por meio da Capacità Eventos Ltda, sediada em Porto Alegre.

    A Capacità tem Cássel como sócio e a mulher dele, Eliana Azeredo, como diretora-geral. Um dos contratos foi assinado sem licitação. Informações sobre Ibanês Cássel, entre outros rumores de denúncias que afetariam a Petrobras, circularam no mercado nesta quinta-feira e derrubaram as ações da empresa. Cássel assumiu o cargo estratégico na EPE em 2005, convidado pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff.

    PF fará perícia em computadores de Erenice

    A Polícia Federal vai pedir autorização à Justiça Federal para abrir, copiar arquivos e periciar os computadores usados pela ex-ministra Erenice Guerra e outros ex-servidores da Casa Civil citados nas denúncias sobre tráfico de influência no governo. Os computadores foram lacrados por ordem da sindicância interna do Palácio do Planalto e, agora, a PF quer acesso às informações.

    A polícia pretende interrogar a ex-ministra e também deverá pedir a quebra do sigilo telefônico dela e de outros acusados. A partir da devassa em extratos telefônicos, registros de trocas de e-mails e no conteúdo das mensagens, o delegado Roberval Vicalvi tentará identificar o grau de proximidade entre os investigados.

    Defensoria move ação contra redução de pensões do INSS

    A Defensoria Pública da União vai entrar na Justiça com ação coletiva contra a decisão do INSS de reduzir as pensões por morte que ultrapassam o teto previdenciário de R$ 3.467,40. Mês passado, o Ministério da Previdência começou a enviar correspondências a algumas pessoas que recebem valores acima dessa quantia, informando que o benefício seria reduzido e haveria cobrança retroativa a cinco anos.

    A Defensoria entende que, por se tratar de "uma pensão de natureza alimentar e recebida de boa-fé", ela não pode ser diminuída. O órgão abriu procedimento administrativo nesta quinta-feira para apurar o assunto e prevê ajuizar a ação na próxima semana.

    Greve dos bancários fecha mais de 8 mil agências

    Em seu nono dia, a greve dos bancários fechou nesta quinta-feira 8,28 mil agências, o que torna a paralisação a maior em 20 anos, disse a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro .(Contraf) O fechamento de agências vem crescendo desde a quarta-feira da semana passada, início do movimento, quando os grevistas paralisaram 3,86 mil unidades bancárias.

    China investe US$ 10 bi no Brasil

    Cada vez mais presentes no Brasil, os chineses avisam que, além de maiores parceiros comerciais do país, pretendem fechar 2010 como os maiores investidores. O gigantesco apetite da China por novos projetos é confirmado pelas cifras de negócios feitos de janeiro até outubro.

    Segundo o embaixador chinês no Brasil, Qiu Xiaoqi, estes recursos já somam US$ 10 bilhões entre os projetos fechados e em fase final de negociação. Não se trata só de investir mais: os chineses querem ampliar a sua atuação.

    Sem notícias na capa, jornais bolivianos protestam

    A maioria dos jornais bolivianos saiu nesta quinta-feira sem notícias na primeira página e apenas com breves declarações sobre a liberdade de expressão. A medida foi um protesto contra uma lei que será votada pelo Senado e, se aprovada, determinará o fechamento de meios de comunicação que divulguem mensagens racistas.

    O protesto não teve efeito imediato entre os que propuseram a nova lei, incluindo a maioria de parlamentares governistas e o presidente Evo Morales, de origem indígena. Em entrevista coletiva, Morales declarou nesta quinta que "chegou a hora de acabar com o racismo" e renovou as garantias à liberdade de expressão.

    Proprietários de jornais e parte das organizações de jornalistas do país optaram pelo protesto quando a bancada governista no Senado anunciou que não previa suavizar as sanções aos veículos "racistas" contidas no projeto de lei aprovado previamente pela Câmara de Deputados.

    Os únicos textos nas primeiras páginas dos jornais "La Prensa" e "El Diário" eram os dizeres "não existe democracia sem liberdade de expressão". Já o "Página Siete" publicou uma breve justificativa de sua rejeição à lei antirracista.

    Equador: prorrogado do estado de exceção por 60 dias

    A Assembleia Nacional do Equador retomou nesta quinta-feira seus trabalhos com um polêmico debate sobre a violenta rebelião policial que colocou em risco a estabilidade do país e paralisou por uma semana a atividade legislativa.

    Em meio a uma forte proteção militar aos parlamentares, os membros da bancada do partido governista Alianza País pediram a prorrogação (AP) , por mais 60 dias, do estado de exceção em vigor no país - e que termina nesta sexta-feira. Segundo a parlamentar Linda Machuca, o objetivo do grupo é garantir a segurança do país pelas Forças Armadas.

    Obama acusado de exagerar em alerta de terrorismo

    O alerta lançado pelo governo Barack Obama sobre riscos potenciais de ataques da al-Qaeda na Europa teve motivação política e não foi baseado em informação confiável, afirmam diplomatas e agentes da inteligência europeia ouvidos nesta quinta-feira pelo jornal britânico "Guardian".

    Para Wajid Shamsul Hasan, alto representante diplomático paquistanês no Reino Unido, o aviso americano, que apesar de vago levou países como a França a elevarem seus níveis de alerta de terrorismo, não passou de uma tentativa de justificar o recente aumento de ataques com aviões não-tripulados no Paquistão.

    Hasan, um veterano da diplomacia próximo à Presidência paquistanesa, sugeriu que Obama usou a questão da ameaça terrorista de olho nas eleições legislativas de novembro, em que é esperado um crescimento republicano nas duas câmaras do Congresso.

    CORREIO BRAZILIENSE

    PV quer antecipar

    Um dia depois de anunciar a data da convenção nacional que vai decidir os rumos do partido na eleição presidencial, integrantes da executiva do PV dispostos a apoiar José Serra se reuniram, em Brasília, para acertar uma antecipação da convenção, marcada pa (PSDB) ra o próximo dia 17. Divergências dentro do PV opõem o grupo da senadora Marina Silva às lideranças da legenda. Marina, que saiu da disputa presidencial fortalecida com 19 ,6 milhões de votos, deve se manter neutra no segundo turno, sem declarar apoio a Serra ou a Dilma Rousseff .(PT) A executiva nacional quer se aliar a Serra e, para não perder tempo e força política, pretende antecipar a convenção para os dias 12 ou 13.

    O presidente nacional do PV, José Luiz Penna, confirmou, em São Paulo, na quarta-feira, a realização da convenção do partido. Ontem, Penna reuniu-se em Brasília com os deputados do PV Edson Duarte, da Bahia, e Zequinha Sarney, do Maranhão, além de outros integrantes da executiva nacional para tentar antecipar a data do evento, uma forma de ganhar tempo e espaço no núcleo da campanha de Serra caso o partido confirme o apoio ao tucano. Marina Silva e aliados permaneceram em São Paulo. Eles adiaram para hoje a reunião que definirá as propostas de governo a serem apresentadas aos dois presidenciáveis.

    Serra não vai assediar o PV

    Enumerando ações na área do meio ambiente propostas durante suas gestões à frente da prefeitura e do governo de São Paulo, o candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, reforçou ontem suas afinidades com o PV. Ao mesmo tempo, o tucano prometeu que não vai assediar a legenda em troca do apoio no segundo turno. “Não é de bom tom ficar pressionando um partido. Não é adequado”, afirmou Serra, que ontem trocou o habitual suéter azul por um modelo verde.

    O presidenciável ainda negou a oferta de ministérios para o PV e para a senadora Marina Silva , que obt (PV-AC) eve 19,6 milhões de votos no primeiro turno na disputa pelo Palácio do Planalto. “Dá azar falar em ministérios. Cada dia tem sua agonia. Agora é ganhar eleição”, disse Serra, completando que vai aguardar uma posição do Partido Verde. O PV já deu sinais de que caminhará ao lado do tucano. No Nordeste, a aliança é dada como certa pelos dirigentes tucanos. O apoio da ex-candidata é hoje considerado decisivo para o resultado destas eleições.

    Serra ainda não marcou uma reunião com a senadora para discutir uma plataforma de governo conjunta. Enquanto isso, Marina Silva deve finalizar hoje um documento com suas principais ideias e prometeu apresentá-lo aos dois presidenciáveis que ainda seguem no páreo. Serra, entretanto, garante que a questão ambiental já faz parte do seu programa de governo. Desde segunda-feira, ele e a sua equipe de campanha tentam reforçar essa posição. Questionada sobre a relação de Serra com o meio ambiente, Marina disse que caberia à sociedade julgar se tudo o que estava sendo dito pelo tucano era, de fato, verdade. Ela ponderou que, assim como Dilma, Serra não quis se manifestar sobre o Código Florestal.

    O custo dos marajás do Senado

    A remuneração indevida acima do teto constitucional paga a 464 marajás do Senado custou R$ 11 milhões por ano aos cofres públicos. Só em 2009, o pagamento irregular de horas extras consumiu mais R$ 26,7 milhões. Já o aumento dos vencimentos dos servidores sem amparo legal custou R$ 27,8 milhões por ano. Os pagamentos indevidos de vantagem pessoal “de esforço concentrado” e “de produtividade” geraram despesas de mais R$ 70 milhões. O total de prejuízo aos cofres públicos em um ano foi de R$ 157,7 milhões, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). O Correio teve acesso à integra da auditoria relatada pelo ministro Raimundo Carreiro, do TCU. Os ex-diretores-gerais do Senado Agaciel Maia (eleito deputado distrital no domingo) e Alexandre Gazineo e os ex-diretores de Recursos Humanos Ralph Siqueira e João Carlos Zoghbi terão prazo de 15 dias para apresentar justificativa para esses indícios de irregularidades.

    Para calcular os valores pagos acima do teto constitucional, os auditores consideraram itens como horas extras, gratificação pela participação em comissões especiais, remunerações relacionadas a substituição de função e gratificação aos membros da comissão de visitação ao Museu do Senado. Esses pagamentos foram confirmados por três meses seguidos, o que prova o seu caráter permanente. A auditoria lembra que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 2003, que as vantagens pessoais devem ser incluídas no redutor do teto remuneratório.

    A maior despesa extraordinária foi provocada pelo pagamento de “vantagem pessoal nominalmente identificada” de produt (VPNI) ividade e de esforço concentrado a 5.027 servidores. “Fica caracterizado o pagamento indevido de tais parcelas a título de vantagem pessoal a todos os servidores do Senado, pois todas essas parcelas já deveriam ter sido absorvidas pelos aumentos recebidos nos últimos anos”, aponta o relatório. O prejuízo anual relacionado a essas duas rubricas foi calculado em R$ 70 milhões.

    O TCU também apurou que o Senado está concedendo aumento na remuneração dos seus servidores sem amparo legal. Para isso usa artifícios como o pagamento da diferença da Gratificação Legislativa (GAL). “Esse incremento na remuneração do servidor necessitaria de lei para legitimar o seu pagamento. Esse ato representa uma tentativa de garantir uma remuneração maior para os servidores”, diz o tribunal. Esses pagamentos adicionais geraram despesa irregular de R$ 27,8 milhões.

    Barrados e sem votos lotam o TSE

    Abarrotado de recursos de candidatos que tiveram os registros de candidatura negados, o Tribunal Superior Eleitoral se prepara para uma mar (TSE) atona de julgamentos até o fim do ano. Apesar da lista extensa de nomes e de processos (1.142), poucos casos à espera de análise têm alguma relevância para o quadro político desenhado no último domingo. É o que mostrou levantamento do Correio realizado com base nos votos que os autores dessas ações obtiveram. Nada menos do que 63,3% dos recursos na fila pela análise da Corte foram apresentados por candidatos que tiveram menos do que 2 mil votos. Desses, quase 13% não conseguiram sequer atingir a marca de 100 votos.

    A irrelevância da participação desses candidatos na disputa política é ainda maior considerando-se que parte deles nadou em índices inferiores a 10 mil votos e outros tantos não seriam eleitos por conta do quociente eleitoral. Os casos de políticos que fracassaram nas urnas e que enchem a lista de pendências do TSE é formada, por exemplo, por gente como Mônica Santos (PV), que obteve três votos na disputa pela Assembleia Legislativa do Pará. No Rio de Janeiro, Rosângela Cristina (PTN) e Nilda Monteiro (PTdoB), que receberam um e quatro votos, respectivamente, também constam na lista de fracassos nas urnas com pendências na Corte. Na situação de “candidatos de si mesmo”, cujo desempenho eleitoral se restringiu a apenas um voto, há pelo menos outros cinco políticos que apresentaram recursos ao tribunal para contestar a impugnação dos seus registros.

    No Distrito Federal, dois candidatos ao governo aumentam a lista de autores de recursos sem influência no quadro eleitoral. Frank Svensson (PCB) e Ricardo Machado (PCO) questionam o indeferimento de seus registros, apesar de a votação que obtiveram ser inferior a mil votos. Entre os que disputam uma vaga de deputado federal pelo DF, cinco candidatos apresentaram recursos ao TSE. Só um deles obteve pouco mais de 2 mil votos. Outros dois não foram os escolhidos sequer de 200 eleitores. Já entre os candidatos a deputado distrital, somente dois dos 27 autores de ações obtiveram 2 mil votos. Em nove dos casos, o número de votos que receberam foi inferior a 200.

    Nos bastidores do tribunal, os ministros que relatam os recursos dos barrados já se preparam para deixar pendentes os processos de postulantes derrotados. Em especial de quem obteve quantidade insignificante de votos. Eles acreditam que perder tempo apreciando os argumentos empregados por esses políticos pode atrasar ainda mais o desfecho de casos que interferem realmente no quadro eleitoral. Dessa forma, para que a Corte julgue os processos antes da diplomação, em meados de dezembro, como prometeu o presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, o TSE terá de fazer uma peneira e analisar apenas processos que tenham políticos bons de votos como autores.

    Em 2011, um Congresso de fé

    Mais evangélicos, menos ambientalistas, e ruralistas e interlocutores do mundo do futebol com poder. Esse é o novo perfil das bancadas suprapartidárias na Câmara. A renovação das cadeiras na Casa aumentou o número de líderes evangélicos eleitos. Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra que a bancada evangélica crescerá dos atuais 43 parlamentares para 63. Desses, 34 são deputados “novos”, a maioria é do PSC. Da bancada religiosa, 11 são do partido cristão; 10, do PR; e nove, do PRB. Além do critério numérico, a frente contará com o reforço de Anthony Garotinho (PR-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ).

    O deputado Silas Câmara afirma qu (PSC-AM) e o crescimento da bancada evangélica é reflexo do aumento do número de religiosos no país, mas pondera que a polêmica em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos - proposta que debateu a legalização do aborto e da união civil entre pessoas do mesmo sexo - pode ter influenciado o voto de muitos eleitores. “Como foi feito sem ouvir os seguimentos da sociedade, acendeu um sinal vermelho de que o governo queria implementar regras que a Câmara rejeitava”, resume Silas.

    O parlamentar rejeita o rótulo de bancada evangélica e alega que os católicos militam pelas mesmas bandeiras que os evangélicos. “Em temas de foro íntimo que afetam diretamente a fé, os evangélicos votam com os católicos. Os católicos são tão aguerridos nessa questão do aborto e do casamento de pessoas do mesmo sexo quanto os evangélicos.” Na próxima legislatura, dois “padres” engrossarão as fileiras da bancada religiosa: Padre Zé (PP-CE) e Padre Ton (PT-RO).

    Receita para Dilma retomar os “trilhos”

    Depois de sair do primeiro turno com quase o dobro de votos de José Serra, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, ainda não conseguiu dar a essa vantagem o gosto de vitória. Todas as ações feitas nesta largada do segundo turno causaram problemas entre aliados ou estresse com setores do PT. Da ampliação da coordenação de campanha, ordenada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até a simples tentativa de virar a página de assuntos polêmicos - como o aborto - nada foi tranquilo ou unânime. Embora todos trabalhem pela eleição da ex-ministra, ainda não colocaram a campanha nos trilhos.

    No caso da ampliação do comando político, por exemplo, bastou Ciro Gomes aparecer em Brasília para que o PT estrilasse. O partido resiste à diluição do poder de José Eduardo Dutra, Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo, que acompanharam a candidata nessa fase em que ela saiu das urnas com 47 % dos votos. Apesar das reclamações - em especial da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins - Ciro entrará na campanha. Ao lado de PMDB, PSB, PR e PRB, atuará na tarefa de atrair os votos que elegeram governadores aliados e de ainda recuperar o eleitorado evangélico que escoou no fim do primeiro turno para a candidata Marina Silva (PV).

    Em relação aos evangélicos, a coordenação de campanha fez chegar a representantes de todos esses partidos a minuta de um documento que será distribuído nas igrejas. O texto faz referências, por exemplo, a “lares desestruturados” como uma das razões para que o país atravesse tantos problemas sociais e defende a valorização da família como ponto de partida para o desenvolvimento das pessoas.

    O PT, os aliados e o presidente Lula esperam que esse documento vire a página e ajude a dissipar os boatos que abalaram a campanha de Dilma. Ocorre que há um pequeno grupo contrário a sua divulgação. Ontem mesmo, enquanto esse documento era submetido aos aliados, o ministro Alexandre Padilha, de férias para ajudar na campanha, dizia que Dilma e Serra têm a mesma posição sobre o aborto. Portanto, é preciso dar prioridade a outros temas que possam marcar as diferenças entre os candidatos.

    Novo tom nas exibições

    O horário eleitoral do segundo turno que terá início hoje, às 13h, trará uma Dilma Rousseff com mais propostas à mi (PT) litância petista, e um José Serra encarando o desafio de (PSDB) atacar a adversária sem parecer agressivo. As estratégias dos dois candidatos à Presidência da República foi traçada depois de ouvidos assessores e aliados. Em ambos os casos, houve críticas ao tom dos programas feitos no primeiro turno pelos marqueteiros João Santana, pelo lado petista, e Luiz González, pelo tucano.

    A partir de hoje, os candidatos terão programas diários de 10 minutos, exibidos às 13h e às 20h30 na televisão, e às 7h e ao meio-dia, no rádio. Além do horário cheio, cada um terá sete minutos e 30 segundos de inserções de até meio minuto, a serem distribuídas pelas emissoras ao longo da programação diária. Ao contrário do primeiro turno, a propaganda vai ao ar inclusive aos domingos. Até a despedida do rádio e da tevê, em 29 de outubro, cada um ficará 165 minutos no ar na tentativa de angariar os votos necessários para vencer a corrida ao Palácio do Planalto. Em comum, Dilma e Serra discutem com suas equipes a necessidade de promover mudanças no conteúdo dos programas.

    No lado petista, a avaliação é de que, na reta final do primeiro turno, os programas foram esteticamente perfeitos, mas com texto rebuscado e pouco emotivo. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que o conteúdo fosse modificado, trouxesse mais propostas e principalmente dialogasse com a militância petista. Dilma deve aproveitar o horário para se defender indiretamente da polêmica referente à descriminalização do aborto. “Vamos confrontar propostas e principalmente a postura das duas candidaturas. Vamos mostrar que nosso adversário partiu para a política das calúnias, da política rasteira, transformou uma eleição à Presidência em uma discussão sobre aborto, que é tema a ser decidido e debatido no Congresso Nacional, não no Palácio do Planalto”, afirma o presidente petista, José Eduardo Dutra.

    Entre os aliados tucanos, também há a pressão para que Serra aumente o tom das críticas a Dilma. Durante a reunião que deu início ao segundo turno para os serristas, vários políticos aliados, como os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), pediram mais combate ao presidenciável. A propaganda levada ao ar hoje deve trazer principalmente questionamentos sobre o passado da petista, em especial sobre os arquivos dela guardados no Superior Tribunal Militar (STM). “Um pedaço grande da vida da Dilma está dentro de um cofre do STM. Ela, como candidata, tem o dever de mostrar o que está lá. Serra é claro, já a Dilma esconde um pedaço importante da vida dela”, critica o deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA).

    Caciques negam desajuste

    A turbulência deste início de segundo turno foi minimizada por caciques de PT e PMDB. Eles atribuíram as reclamações de ambos os lados a uma insatisfação passageira gerada por uma sensação de perda temporária de poder. “É hora de somar”, pregou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza .(SP) O colega de Congresso Eunício Oliveira (PMDB), senador eleito pelo Ceará, ecoou. “As pessoas querem ajudar para vencer.”

    O aparente descompasso foi causado, segundo a avaliação disseminada entre PT, PMDB e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por uma expectativa além do normal de vitória no primeiro turno. Ao não alcançá-la, criou-se a sensação de casa desarrumada na campanha. Desarranjo que, com ajustes no programa de televisão que vai ao ar a partir de hoje e a aceleração da campanha, tende a se dissipar. “O Ciro é importante para a campanha. A ampliação para novos partidos ajuda”, afirmou Vaccarezza. “Se tem petista criando problema, ele está errado. Nessa polarização de dois projetos, entre o que representaram os anos Fernando Henrique Cardoso, quem melhor representa o presidente Lula é a Dilma”, emendou o líder do governo.

    Políticos aliados que estiveram com o presidente avaliaram conjuntamente que o erro crucial do primeiro turno foi tratar na televisão que a eleição poderia ser fechada em 3 de outubro e não numa segunda fase. Quando perceberam que os ventos estavam mudando, já era tarde. O resultado disso é que, hoje, apesar de Dilma ter ficado com 47 % dos votos no primeiro turno, os petistas não conseguiram capitalizar a vitória e ainda têm que responder sobre as convicções religiosas da candidata, tema que já tinha sido objeto de carta aos evangélicos um mês antes do pleito.

    Coluna Brasília-DF - Repeteco

    O presidente Lula quer que o tema do pré-sal tenha espaço privilegiado na campanha de Dilma Rousseff no segundo turno. Avalia que a bandeira do “Petróleo é nosso”, que levou o ex-ditador Getúlio Vargas de volta ao poder pelo voto popular, é mais atual do que nunca. Como os tucanos foram contra o regime de partilha, acredita que voltarão a defender o regime de concessão para a exploração do petróleo da camada pré-sal. O assunto é o mote para reviver o fantasma da privatização da Petrobras, que, na campanha de sua reeleição, levou o tucano Geraldo Alckmin para o canto do ringue. Só falta combinar com José Serra (PSDB).

    Mapa

    O ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes e o ex-ministro de Rela (PSB-CE) ções Institucionais Aldo Rebelo , reeleito para a Câmar (PCdoB-SP) a, fizeram um levantamento detalhado da situação dos aliados de Dilma nos estados. Há três categorias: quem está firme, quem vacila e quem já traiu. É a partir daí que pretendem articular a base governista para o segundo turno. O prob

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