Marcelo Ramos cobra justificativa para empresas de Comunicação serem isentas do ICMS sobre energia
O deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) quer saber qual a justificativa do Governo do Estado para a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da energia elétrica das empresas de Comunicação. Trata-se do Projeto de Lei Complementar do governo, um dos quatro enviados à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) na semana passada.
Marcelo Ramos disse que a partir da aprovação dessa lei, nenhuma emissora de jornal, TV e rádio de Manaus irão pagar o imposto sobre a conta de energia elétrica. Gostaria de ouvir das lideranças do governo uma justificativa para isso, cobrou o deputado, ressaltando ter certeza de que seu discurso não soa bem junto às empresas de Comunicação do Estado, mas a população precisa ser informada.
Na opinião de Ramos, um governo que tem problema de arrecadação não pode abrir mão de receita. A não ser que haja alguma contrapartida para isso, mensurou.
Cesta básica
Estudando as matérias que tramitam na ALEAM, Marcelo Ramos disse que a Resolução 0004/2004 da Sefaz, que trata da renúncia de ICMS dos produtos da cesta básica, verificou que vários produtos que compõem a cesta básica estão isentos do imposto.
O deputado verificou que no País se paga 25% de ICMS dos produtos da cesta básica, entre os quais: o leite em lata, enquanto que no Amazonas, por conta de uma política do Governo do Estado, produtos como leite em pacote, feijão tipo 2, arroz tipo 2, óleo comestível , açúcar, frango e sardinha em lata pagam apenas 1% do imposto.
Por que isso não se reflete no preço da cesta básica do Amazonas, considerada uma das mais caras do País?, questionou o parlamentar.
Marcelo Ramos propôs que sejam realizadas blitz nos supermercados de Manaus pela Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (CDC/ALEAM) para fazer cumprir o Artigo 6º da resolução 0004/2004 da Sefaz, que determina que os estabelecimentos comerciais devem colocar de forma visível o preço do produto com o imposto e sem ele.
Se o governo está abrindo mão de receita de 25% para 1% e isso não está sendo repassado como desconto para o consumidor, o governo tem que acabar com a renúncia fiscal, defende Ramos.
Fonte: Diretoria de Comunicação
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.