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17 de Junho de 2024
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    Marcha foi ao Senado defender Previdência pública, solidária e integral

    Após promoverem ato público em frente ao Ministério do Planejamento, onde uma comissão foi recebida pelo secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, servidores que participaram da “Marcha a Brasília” ffizeram, na tarde desta quarta-feira (28), um ato político com debate no auditório Petrônio Portela, no Senado.

    Eles defenderam a não aprovação do projeto que privatiza a Previdência nos serviços públicos (PLC 2/2012).

    Centenas de trabalhadores lotaram o auditório.

    A ida dos servidores ao Senado, que já estava na programação, aconteceu após um intervalo na marcha para almoço. O governo tenta aprovar o projeto ainda nesta quarta, no Plenário do Senado. O PLC 2/2012, que já passou pela Câmara dos Deputados, consolida o fim da aposentadoria integral para os futuros trabalhadores do setor. Mas, na avaliação de especialistas não atrelados ao governo, ele deverá ter consequências também para os atuais servidores e quem já está aposentado.

    O governo já faz campanha pela adesão dos atuais segurados antes mesmo de o projeto ser aprovado. O senador José Pimentel (PT-CE), relator da proposta nas três comissões do Senado, disse que os atuais servidores podem aproveitar o prazo para adesão ao fundo complementar - a declaração foi dada pela manhã, quando o projeto foi aprovado nas comissões de Assuntos Sociais e de Constituição e Justiça.

    Na véspera, já havia passado pela Comissão de Assuntos Econômicos. Agora, pode ir direto ao Plenário. “Por que avançar tão aceleradamente em criar fundo de pensão quando no mundo todo os fundos de pensão estão quebrando?”, questionou a auditora fiscal Maria Lucia Fattorelli, dirigente da Auditoria Cidadã da Dívida, na audiência pública ocorrida no próprio Senado na semana passada. Pesquisadora do assunto, Fattorelli é uma das debatedoras do ato que acontece no auditório Petrônio Portela.

    É quase certo que, após o ato, os servidores tentem acompanhar a sessão do Plenário do Senado para expor a insatisfação da categoria com o projeto. “Vamos propor isso, queremos acompanhar as votações”, informa o servidor Adilson Rodrigues, diretor do sindicato de São Paulo (Sintrajud), que participa da atividade.

    A Marcha dos Servidores é parte da campanha salarial unificada, que defende reajuste emergencial linear de 22%, fixação da data-base em maio, aumento no valor de benefícios e arquivamento dos projetos que ameaçam direitos trabalhistas e previdenciários da categoria. A manifestação partiu, pela manhã, da Catedral, entrou na Esplanada dos Ministérios mas parou logo no seu início, em frente a um dos prédios do Planejamento, quando uma comissão foi recebida pelo secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça. Não houve avanços.

    Avaliações sobre o número de participantes oscilaram entre três mil e oito mil trabalhadores, de diversos estados e segmentos do funcionalismo.

    De acordo com algumas fontes ouvidas pela reportagem, é razoável falar em quatro ou cinco mil manifestantes. “Apesar das dificuldades, a Marcha deu o recado ao governo: sem negociações efetivas, nos empurram para a greve unificada”, avalia Adilson.

    Apesar da crise na base parlamentar aliada, o governo procura demonstrar confiança de que não terá problemas para aprovar o projeto que ataca a o direito à aposentadoria.

    Quer fazê-lo ainda nesta quarta, mas há incertezas sobre isso- e os servidores prometem pressionar para impedir que a votação aconteça. Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União participam da Marcha e das mobilizações no Senado.

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