Menina é achada morta dentro de mala em Curitiba
Rachel Genofre, de 9 anos, sumiu na segunda-feira após sair da escola
Desaparecida desde o fim da tarde de segunda-feira, quando saiu do Instituto de Educação Erasmo Piloto para tomar um ônibus, no centro de Curitiba, a estudante Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre, de 9 anos, foi encontrada morta, no início da madrugada de ontem, dentro de uma mala na rodoferroviária da capital paranaense. Segundo a polícia, há indícios de violência sexual e morte por asfixia. O corpo estava seminu, coberto por um lençol verde e envolto em um saco plástico.
A mala onde estava o corpo da menina foi encontrada pelo artesão Francisco Marcelino, que dormia com a família embaixo de uma escada. "Senti uma coisa estranha e fui direto na guarda", disse a uma equipe de televisão. Os fiscais decidiram abrir a mala e acharam o corpo.
O delegado Naylor Robert de Lima não descarta nenhuma hipótese sobre os motivos do crime, até mesmo vingança. "Temos de conversar com a família atentamente." Rachel morava com a mãe e os avós. Os pais - Maria Cristina de Oliveira e Michael Genofre - são separados. Segundo o padrinho da menina, Marcos Santos, não há ameaça contra os pais ou a criança. "A família está transtornada. É uma menina bonita, alegre, de apenas 9 anos e que sofreu nas mãos de um monstro", disse Santos à Rádio CBN. No site Orkut, Rachel exibia fotos suas, embora declarasse ter 20 anos. O delegado vai investigar se ela foi vítima de pedofilia.
Segundo familiares e amigos, Rachel saiu da escola às 17h30 para pegar o ônibus na Praça Rui Barbosa, a 100 metros dali. Havia um ano a menina passara a ir à escola sozinha. A mãe se preocupou quando chegou em casa, às 19h15, e não viu a filha. Na manhã seguinte, registrou ocorrência.
Além de ouvir pessoas que possam ter visto a criança saindo da escola, a polícia vai examinar imagens de câmeras de vídeo na região. A rodoferroviária de Curitiba tem apenas câmeras externas, onde ficam os táxis. O delegado, porém, espera que a mala, pesada, tenha chamado a atenção de alguém no momento em que era carregada ou arrastada.
PREMIADA Maria Cristina disse ter conversado com a mãe de um amigo da filha. "Ela conversou com a Rachel, que disse que estava muito feliz e estava indo para casa." A menina havia recebido um troféu naquele dia por conquistar o primeiro lugar em um concurso de redação. "Ela fazia amizade fácil, no ônibus falava com todo mundo", afirmou uma colega.
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