Metade dos governadores em 2º mandato confirma renúncia
Estão em Minas Gerais, Sergipe e Ceará os três maiores focos de incerteza para as eleições estaduais deste ano, a 24 horas do prazo final para desincompatibilização. Nos dois primeiros Estados, existe a possibilidade da entrada dos prefeitos de capitais na sucessão estadual. No Ceará, o governador Cid Gomes (Pros) quer se desincompatibilizar, mas encontra dificuldades para manter unido o seu grupo na eleição para governador.
Apenas seis dos doze governadores em segundo mandato já decidiram renunciar: Eduardo Campos (PSB-PE); Antonio Anastasia (PSDB-MG); Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ); Omar Aziz (PSD-AM); Wilson Martins (PSB-PI) e Anchieta Júnior (PSDB-RR). Devem ficar no cargo e deixaram de ter mandato eletivo no próximo ano Jaques Wagner (PT-BA); André Puccinelli (PMDB-MS); Teotonio Vilela Filho (PSDB-AL) e Silval Barbosa (PMDB-MT). No Maranhão, Roseana Sarney (PMDB-MA) sinalizou que deve desistir de disputar um mandato no Senado, ao nomear ontem um novo secretariado. Mesmo com direito à reeleição, a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM) e o governador do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB-TO), não devem disputar.
Em Minas, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB) deve definir hoje, logo após a renúncia do governador Antonio Anastasia (PSDB), provável candidato ao Senado, se permanece ou não no cargo, uma decisão que afeta diretamente a estrutura de apoio local da candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB-MG). Aécio reuniu-se ontem com Lacerda para discutir a questão e transmitiu a interlocutores tucanos a sensação de que o prefeito desistirá de disputar. A eventual candidatura de Lacerda, cujo filho é secretário estadual de Anastasia, enfraqueceria a aliança dos 20 partidos que apoiam o ex-ministro das Comunicações, João Pimenta da Veiga (PSDB), nome indicado pelo presidenciável tucano.
A estratégia de Aécio é repetir o quadro das últimas três eleições, em que a disputa se definiu logo no primeiro turno, entre duas candidaturas que polarizam o cenário desde o início. O adversário local a ser derrotado é o ex-ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel (PT), em provável aliança com o PMDB. Lacerda se filiou ao PSB e ganhou a prefeitura da capital mineira em 2008, em uma chapa articulada por Aécio em uma aliança com o PT, que não foi repetida quatro anos depois, ocasião em que o prefeito se reelegeu
De acordo com tucanos, a hipótese de substituir uma candidatura própria por Lacerda não foi cogitada. "Nosso candidato já tem cara, nome e sobrenome", disse o presidente estadual tucano, deputado Marcus Pestana. Antonio Anastasia provavelmente disputará o senado, mas terá como prioridade participar da campanha de Aécio à presidência. Assume o governo mineiro o vice Alberto Pinto Coelho (PP).
No Ceará, Cid Gomes (Pros) havia programado para a noite de ontem um evento ao lado do irmão, Ciro Gomes, no interior do Estado. O governador já manifestou a intenção de lançar o irmão para senador, mas seu afastamento o enfraquece para impor uma candidatura de sua preferência ao governo estadual. Cid quer evitar a candidatura do senador Eunicio Oliveira (PMDB), com quem o vice-governador Domingos Filho (Pros) mantém vínculos.
Em Sergipe, o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), pode deixar a prefeitura nas mãos do vice do PSDB, José Machado, para enfrentar o governador Jackson Barreto (PMDB), que tem o apoio do PT. Prometeu uma definição para hoje. É uma definição que pode dar um palanque compartilhado
O tucano Wilson Siqueira Campos ainda poderia concorrer à reeleição para o governo do Tocantins, mas a idade avançada - 86 anos - e o desgaste de sua imagem no Estado o fazem cogitar a renúncia para que seu filho, Eduardo Siqueira Campos (PTB), atual secretário estadual de Relações Institucionais, possa disputar a eleição em seu lugar.
Eduardo Campos encaminhou ainda ontem a carta de renúncia e será sucedido por João Lyra Neto, também do PSB. O pernambucano deve se mudar temporariamente para São Paulo, onde será instalado o comando de sua campanha presidencial. O primeiro governador a deixar o cargo foi Sergio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, ontem. Com a avaliação popular em baixa, o pemedebista ainda não decidiu se vai se arriscar na disputa ao Senado ou se tentará uma vaga na Câmara dos Deputados.
Em Goiás, a indefinição do PMDB sobre qual será o candidato do partido - se o ex-governador Íris Rezende ou o empresário Júnior do Friboi - fez o PT decidir, no sábado, por lançar o prefeito de Anápolis, Antônio Gomide. A renúncia vai ocorrer hoje, a contragosto dos pemedebistas, que queriam reeditar o apoio dos petistas no Estado. O governador Marconi Perillo (PSDB) é candidato à reeleição.
Na Bahia, o petista Jaques Wagner ficará no cargo, para facilitar a composição política no Estado: seu vice, Otto Alencar (PSD) será candidato ao Senado e não poderia fazê-lo caso assumisse o governo. O candidato de Wagner à sucessão é o petista Rui Costa. O governador baiano deve ter protagonismo na campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição.
Acaba hoje também o prazo para promotores e juízes deixaram seus cargos se quiserem concorrer a cargos públicos. A renúncia mais notória foi do juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, que se filiou ao PMDB anteontem para disputar a indicação para suceder o governador Silval Barbosa, que não deverá se desincompatibilizar.
Fonte: http://politicado.blogspot.com.br/2014/04/metade-dos-governadores-em-2-mandato.html
1 Comentário
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seria bom se eles nem se candidatassem a outros cargos novamente !
todo ano a mesma coisa só muda os nomes dos partidos mas as caras são as mesmas !
coisas de Itu São Paulo, desde criança vejo que a cidade tem um vereador que não sai de forma alguma da casa (vereadores) , agora meus dias já vai passando e ele continua, parece que não tem pessoa capacitada para verificar o prefeito e seu mandato, e muito menos ter olhos para o município em geral !
pois veja segundo consta uma historia ituana, temos um bairro a menos de 5 km do centro histórico que ainda não recebeu a infraestrutura que um bairro precisa, mas como contam a historia é que a verba até veio, mas ...............................................!!!!! continuar lendo