Miguel Reale avalia a interpretação no Direito Penal como um exercício de equilíbrio
Miguel Reale Júnior falou sobre hermenêutica no Direito Penal
O juiz deve encontrar parâmetros no julgamento, equilíbrio entre a doutrina, a norma, os precedentes e a interpretação do fato. Esta foi uma das análises feita pelo penalista e professor da Universidade de São Paulo (USP), Miguel Reale Júnior, na palestra desta manhã (20/8), do Curso de Hermenêutica Jurídica, que acontece no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
Ao abordar A Hermenêutica no Direito Penal, o penalista avaliou a interpretação da norma penal como um trabalho de construção jurídica. No Direito Penal, o juiz reconstrói a realidade doando um sentido aos fatos em busca do razoável e do verossímel, pondera Reale.
Apesar desta interpretação poder gerar uma sensação de insegurança jurídica, Reale não interpreta o fato como um problema. Ao contrário. Ele questionou se o sentimento de insegurança seria um demérito ou uma virtude. Para ele, seria positivo, pois esta dicotomia traduz a grandeza do Direito: é a busca do equilíbrio entre a racionalidade absoluta versus o justo e a prudência
Reale ressaltou a importância da interpretação no Direito Penal como um desafio e um exercício.. O Direito é uma mescla de razão e subjetividade e não há prevalência entre elas. A Justiça é humana, concluiu.
O curso continua esta tarde. Clique aqui para acessar a programação completa.
» Todas as notícias
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.