Ministério Público pela Educação Digital nas Escolas realiza oficina em Sergipe
Educadores, assistentes sociais, conselheiros tutelares e outros profissionais participaram da oficina “Segurança, Ética e Cidadania na Internet”
O Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE), em parceria com a organização não governamental Safernet, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e Ministério Público do Estado de Sergipe (MP-SE) realizou, na última quarta-feira, 23, a Oficina “Segurança, ética e cidadania na internet: educando para boas escolhas online”. Participaram cerca de 200 pessoas, especialmente educadores da rede pública (estadual e municipal, capital e interior) e da rede particular. Também estiveram presentes profissionais da assistência social, de Conselhos Tutelares, do Instituto Federal de Sergipe e de órgãos de defesa da infância e da juventude.
O evento, que aconteceu no auditório do MP-SE, integra o projeto "Ministério Público pela Educação Digital nas Escolas", que é Coordenado pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), por meio de seu Grupo de Trabalho Comunicação Social – com auxílio do Grupo de Trabalho de Enfrentamento aos Crimes Cibernéticos (2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF) e do Grupo de Trabalho sobre Tecnologias da Comunicação (3ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF). O projeto visa contribuir para o debate e a capacitação de educadores no tema, formando agentes multiplicadores em instituições de ensino.
A oficina foi aberta pelo procurador geral da Justiça em exercício do MP-SE, Eduardo Barreto D´Avila Fontes. O curso contou ainda com as presenças do promotor de Justiça do MPE e diretor do Centro de Apoio Operacional dos Direitos à Educação, Alexandro Santana, do procurador regional dos Direitos do Cidadão do MPF/SE, Ramiro Rockenbach, e do diretor de Educação da Safernet Brasil, Rodrigo Nejm, que proferiu palestra.
De acordo com a diretora do Serviço de Educação em Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Educação (SEDH), Josevanda Franco, foi um trabalho focado na preparação do educador sobre o uso da internet pelas crianças e adolescentes e problemas como o cyberbullying. “É importante essa parceria para que tenhamos uma abrangência maior sobre a prevenção de situações como a ‘pedofilia’ na internet, para que se saiba como identificar, prevenir e dar subsídios às crianças e adolescentes. Nós já trabalhamos essas questões na SEDH com oficinas virtuais que tratam do uso da internet, que é hoje em dia a grande fonte de informação e comunicação dos jovens”, disse.
O procurador regional dos Direitos do Cidadão do MPF em Sergipe, Ramiro Rockenbach, destacou que esse é um assunto importantíssimo e um grande desafio aos nossos educadores e à família. “Se antes pais e mães tinham a preocupação sobre onde os filhos estavam indo, hoje em dia, com a internet, é fundamental saber quem e o que está vindo até eles, dentro dos próprios lares ou em qualquer lugar que estejam em contato com o ‘mundo virtual’. A escola tem um papel fundamental nisso. É importante discutir essas temáticas com os educadores, ouvir as suas dificuldades, trazer informações e práticas de como podem agir”, declarou.
Educando para boas escolhas online - Durante a oficina, o público assistiu à palestra ministrada pelo diretor de Educação da Safernet Brasil, Rodrigo Nejn. Ele discorreu sobre as principais vulnerabilidades online e estratégias pedagógicas, além de problemas como cyberbullying, sexting, nudes, aliciamento, rastros digitais, reputação, crimes de ódio, entre outros. “Nosso objetivo é debater o uso da internet de forma crítica e cidadã dentro e fora da escola, compartilhar com os educadores materiais sobre como proceder em casos de cyberbullying, compartilhamento de nudes, violência sexual, além de desmistificar a afirmação de que isso é assunto para professor de Informática. Esse é um tema transversal e que pode ser trabalhado junto com diversas outras disciplinas”, explicou.
Foram tratados, também, assuntos como as diretrizes e leis sobre o uso responsável da internet e orientações sobre como denunciar violações, canais de ajuda, projetos interdisciplinares e campanhas. Os participantes receberam kit pedagógico, plano de aula, exercícios práticos e matérias de casos reais para debate e a ser realizado em sala de aula.
Os educadores e técnicos que assistiram à oficina elogiaram a iniciativa e destacaram a importância do debate. Sandra Rosa Baldin, técnica pedagógica da Divisão de Educação Especial da Seed (Diessp/Seed) falou sobre a importância do tema a ser trabalhado em sala de aula. “Essa é uma temática muito pertinente e que deve ser discutida dentro e fora da escola. Nós, educadores, não estamos dando a devida importância que o assunto tem. Nós temos a obrigação e a responsabilidade de educar os alunos, não apenas moralmente, mas também nessas questões relacionadas ao uso da internet”, afirmou.
A mesma opinião foi compartilhada pela coordenadora do Colégio Estadual Professor Gilson Amado, Grisiela Rosa Rodrigues. “Essa palestra só vem a agregar. Para muitos educandos a internet se restringe apenas às redes sociais. Eles precisam saber que as redes são apenas mais uma forma de uso, e que a internet pode também ser utilizada para a educação”, disse.
Com Informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe
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