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14 de Junho de 2024
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    Morte de policial federal em Cascavel choca comunicade e ativistas sincicais

    O crime aconteceu em frente a uma casa noturna na região central da cidade, logo após um show. As imagens do circuito de segurança da boate mostram na íntegra como o assassinato aconteceu.

    Meneghel estava em uma caminhonete. Ele para no meio da rua e, sem descer do veículo, começa a atirar contra o agente federal, que estava fumando. Em seguida, já caído no chão, Alexandre Barbosa saca a pistola e reage, atirando contra a caminhonete do ruralista. Ao ser atingido, o policial rola no chão para tentar escapar dos tiros. Meneghel continua atirando.

    Nas imagens é possível ver ainda que Meneghel dá a ré no veículo - depois de ter matado - e segue por uma rua paralela. Segundos depois, a caminhonete é vista passando ao lado do local do crime.

    Meneghel foi localizado pela polícia algumas horas depois em uma fazenda de sua família. Ele foi preso e encaminhado à Polícia Civil, onde, em depoimento, confessou ter matado o policial, mas não revelou a motivação. A polícia acredita que tenha ocorrido um desentendimento dentro da casa noturna.

    As investigações continuam sendo realizadas pela Polícia Civil. Nos autos de prisão em flagrante emitido pelo Ministério Público do Paraná a hipótese de legítima defesa é descartada. “Além das declarações do conduzido [Alessandro Meneghel], nada mais indica que [ele] agiu em legítima defesa”, afirma o texto assinado pelo promotor de Justiça, Flávio de Oliveira Santos.

    A forma como o crime ocorreu chamou a atenção da polícia, principalmente pelas armas utilizadas pelo acusado. Alessandro Meneghel estava com uma espingarda calibre 12 e uma pistola calibre 380. De acordo com o médico legista, cerca de 40 perfurações foram encontradas no corpo do policial federal.

    Passado

    Alessandro Meneghel é conhecido por atitudes truculentas e envolvimento em polêmicas. Em 2005, o ruralista respondeu por porte ilegal de arma de fogo em Cascavel. Já em 2007, ele foi intitulado como “inimigo número 1 do MST (Movimento Sem-terra), por conta de vários conflitos entre ruralistas e integrantes do movimento”.

    O fazendeiro é apontado pelos sem-terra como “mandante do confronto que resultou na morte de Valmir Motta, o Keno, e de um segurança na área de uma fazenda experimental da Syngenta”. Dois anos depois, Meneghel respondeu por outro porte ilegal de arma de fogo, em Toledo, quando passou cerca de quatro meses detido.

    Meneghel já foi presidente da Sociedade Rural do Oeste do Paraná e ocupa um cargo de diretoria no DEM (Democratas) de Cascavel.

    Agente federal

    O policial federal Alexandre Drummond Barbosa tinha 36 anos, era separado e tinha um filho. Ele era agente em Cascavel desde 2006, quando da implantação da PF na cidade. O corpo do policial foi liberado pelo IML.

    Um avião da PF levou o corpo nesta manhã para Belo Horizonte (MG), onde vivem os familiares de Alexandre.

    Está prevista realização de manifestação pública de servidores da Justiça Federal da Subseção de Cascavel, repudiando o assassinato do policial, também servidorpúblico, incluindo presença na Missa de 7º Dia que acontecerá na sexta-feira próxima, conforme informações passados pelo coordenador do Sinjuspar naquela localidade, Domingos Candia, ao Sindifolha. Candia demonstrou grande preocupação com o assassinato do policial, vez que tudo indica que a morte possa ter relação com exercício da função do agente federal em face de possível participação em diligenciamentos em movimentos sociais na região.

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