Movimento na Estação Palmeiras-Barra Funda é tranquilo mesmo com greve no metrô
A movimentação na Estação Palmeiras-Barra Funda do Metrô, fechada em razão da greve dos metroviários, era tranquila na manhã de hoje (9), apesar de muitos passageiros ainda estarem confusos com a interrupção das linhas. Dez das 18 estações da Linha Vermelha (Barra Funda – Itaquera), que faz a ligação da região central de São Paulo com a zona leste – a mais populosa do município –, estão funcionando. De acordo com a Polícia Militar (PM), um efetivo de 100 policiais da Força Tática, faz o acompanhamento na região, mas até as 10h não foi registrada nenhuma ocorrência.
Os metroviários estão em greve há cinco dias. A paralisação foi mantida após decisão em assembleia na tarde de ontem (8), contrariando decisao do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo que determinou o fim da greve e multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento. O tribunal considerou abusiva a paralisação. Os trabalhadores marcaram para as 13h de hoje (9) uma nova assembleia para decidir se a greve continua. Eles pedem um reajuste de 16%, mas até o momento o governo oferece 8,7%.
Com a paralisação do metrô, o rodízio de veículos foi suspenso e o trânsito na cidade está mais congestionado. Foi que dificultou o deslocamento da babá Euza Santos, 57 anos. “Fiquei uma hora e meia no ônibus, que demoro normalmente 50 minutos”, relatou. Ela acertou com a patroa que pegaria um táxi na Estação Barra Funda para o Morumbi. “Ela está brava, mas não tenho o que fazer”, lamentou. Cartazes nos portões fechados da estação indicavam o funcionamento apenas da Linha 1 – Azul, das estações Ana Rosa e Luz; e Linha 2 – Verde, da Estação Ana Rosa à Vila Madalena.
A assistente fiscal Luiza Melo, 37 anos, saiu de casa às 6h, na zona norte, e deveria estar no trabalho às 8h, mas três horas depois ela ainda estava no terminal da Barra Funda, tentando descobrir a melhor forma de chegar à Vila Anastácio, na zona oeste. “Vou tentar pegar um trem e outro ônibus depois, mas talvez tenha que ir a pé”, disse. O auxiliar administrativo Lucas Sousa, 21 anos, explica o trajeto de 40 minutos que faria de casa ao Fórum Criminal da Barra Funda mais que dobrou. “Vou pegar o trem, ir até Itapevi, depois o trem para o Grajaú e depois um ônibus”, relatou.
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