MPF ajuíza ação para obrigar DPU a atender em cidade sem sede
O Ministério Público Federal em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, ajuizou ação civil pública para obrigar a União a indicar defensor público federal ou advogado contratado para garantir a pessoa com deficiência visual severa acesso à justiça e à assistência judiciária integral e gratuita. O pedido foi feito depois que Defensoria Pública da União alegou não poder prestar o atendimento por não ter unidade no município.
O MPF alega que a DPU mantém esquema de teletrabalho, e que não haveria justificativa para não atender um cidadão no interior do Rio Grande do Sul. A DPU, por sua vez, explica que os servidores atuando nesta modalidade estão lotados em unidades com sede física e estrutura de trabalho, com servidores e material.
"Destaca-se que a atuação do MPF no caso busca suprir a omissão na prestação de serviços públicos de atendimento jurídico da Defensoria Pública da União, assim como o MPF atua para cobrar atuação de outros órgãos na consecução de serviços de saúde, educação, transporte e habitação", diz o MP na ação.
De acordo com o MPF, a DPU não mantém convênio com instituições que poderiam auxiliá-la a prestar atendimento, como a OAB, a DPE-RS, ou universidade, nem contratou escritórios de advocacia para atender a região.
Para o MPF, a justificativa da DPU para não prestar atendimento em município onde não possui unidade instalada não se sustenta, uma vez que a defensoria possui regime de teletrabalho. O órgão citou que há defensores trabalhando no Canadá e nas Bahamas, e um defensor lotado em Brasília atuando a partir da Suíça. Os avanços tecnológicos implantados pela Justiça Federal por meio do processo eletrônico (E-Proc) permitiriam a atuação dos defensores por videoconferências sem a necessidade de deslocamento até a sede da JF de Santo Ângelo.
A DPU, por sua vez, informa que está presente em sete cidades no RS: Porto Alegre, Bagé, Canoas, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Uruguaiana. A Defensoria concorda que precisa ampliar sua área de cobertura, mas alega não dispor de orçamento. Diz, ainda, que tem apenas três defensores em teletrabalho, atuando de forma autorizada.
Via sacra
Em novembro de 2018, Dionízio Maciel da Silva foi à Procuradoria...
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