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17 de Junho de 2024
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    MPF/AP denuncia quadrilha por fraude em licitação

    há 13 anos

    O Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) entrou com ação civil pública e ação penal contra sete pessoas por formação de quadrilha, peculato e fraude em licitação na Secretaria Estadual de Educação (Seed). Os envolvidos simularam processo licitatório para beneficiar a empresa R&G Construções LTDA. que recebeu mais de R$ 1,7 milhão sem ter executado o objeto do contrato.

    Segundo a denúncia, R&G Construções LTDA. é uma empresa fantasma utilizada para participar de licitações fraudulentas. Durante interrogatório, os investigados não conseguiram informar onde a empresa funciona. Além disso, o fato de a segunda colocada ter executado o serviço prova que a vencedora não possui estrutura para realizar qualquer tipo de obra.

    A licitação previa a confecção de bancadas e instalação de rede física para laboratórios de informática em escolas estaduais. Os recursos federais para a execução dos serviços eram provenientes do Programa Nacional de Informática Educacional (Proinfo).

    Esquema - Em acordo, os acusados definiram previamente a empresa que venceria o certame e a que executaria as obras. Dessa forma, o serviço começou a ser executado bem antes do início da licitação.

    Para eliminar concorrência, a quadrilha não publicou edital no Diário Oficial do Estado. Ao analisar o processo, o MPF/AP encontrou editais falsificados e constatou ausência de documentos fundamentais para a legalidade da licitação, como a publicação da homologação, resultado da licitação, entre outros. Como agravante, o contrato assinado e a nota fiscal emitida não tinham data. O processo não estava numerado, impossibilitando saber a ordem cronológica dos acontecimentos da contratação.

    Penas - Na ação judicial, o MPF/AP pede a devolução aos cofres públicos do valor recebido pela empresa vencedora da licitação. Pelo crime de peculato, os acusados podem ser condenados à pena de reclusão de até doze anos e pagamento de multa. Por formação de quadrilha a pena é de até três anos de prisão.

    Os envolvidos poderão ficar proibidos de contratar com o Poder Público, receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de cinco a dez anos. Os servidores públicos acusados podem perder os cargos que ocupam.

    Número do processo para consulta: 1895-57.2011.4.01.3100

    Assessoria de Comunicação Social

    Procuradoria da República no Amapá

    (96) 3213 7815

    ascom@prap.mpf.gov.br

    Twitter: MPF_AP

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/mpf-ap-denuncia-quadrilha-por-fraude-em-licitacao/2623113

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