MPF e Organização dos Estados Americanos realizam em Porto Alegre (RS) treinamento sobre cibersegurança

Com o auditório do Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Sul lotado, teve início na manhã desta quinta-feira (14) o curso "Cibersegurança: Ferramentas para Aplicação da Lei e Investigação". A capacitação é uma iniciativa do Comitê Interamericano contra o Terrorismo (CICTE), da Organização dos Estados Americanos (OEA), com financiamento do Foreing & Commonwealth Office (FCO) do Reino Unido, em parceria com o Grupo de Apoio sobre Criminalidade Cibernética da Câmara Criminal do MPF (Gacc-2CCR) e a Secretaria de Cooperação Internacional (SCI/PGR).

A colombiana Mariana Cardona, oficial de projeto do Programa de Cibersegurança da OEA/Cicte, destacou na abertura do evento o comprometimento da organização e do Reino Unido em aumentar a diversidade de gênero na área de cibersegurança. "Pra nós esse é um tópico muito importante e por isso mesmo é muito bom vermos hoje, aqui, muitas mulheres neste treinamento", acrescentou, lembrando ainda a importância da realização de capacitações mais regionalizadas multiplicando assim o conhecimento na busca de “uma internet mais segura que gere uma oportunidade social e econômica para todos os brasileiros”.

A mesa também foi composta pela procuradora-chefe da PR/RS, Patrícia Núñez Weber; pelo corregedor regional da Polícia Federal no RS, Elton Roberto Manzke; pela coordenadora do Grupo de Apoio sobre Criminalidade Cibernética da 2CCR, a procuradora regional da República Neide Mara Cavalcanti Cardoso de Oliveira (PRR2) e pela procuradora da República Jaqueline Ana Buffon, coordenadora do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos da PR/RS.

Ao dar as boas-vindas aos participantes, Patrícia Weber agradeceu o apoio dos parceiros na concretização da capacitação. “O evento de hoje sobre ciberdelitos, sobre a criminalidade pelos diversos meios com o uso da internet, é um dos problemas mais graves que a gente enfrenta e que atinge várias esferas”, afirmou a procuradora-chefe. Para Jaqueline Buffon, o treinamento é importante não apenas por possibilitar a troca de ideias e informações, mas também oportunizar uma análise do que é possível fazer para melhorar a atuação conjunta dos órgãos, bem como o aprimoramento das investigações usando essas novas ferramentas. “A gente verifica que o nosso delinquente não utiliza mais os meios tradicionais na sua empreitada criminosa. E, sim, em quaisquer crimes são utilizados meios digitais”, sustentou. Com o tema Agente infiltrado Virtual - aspectos jurídicos, ela foi a primeira palestrante do dia.

Estão participando do treinamento membros e servidores do MPF das mais diversas regiões do país e do estado, do MP/RS, da Justiça Federal, da Polícia Federal, da Receita Federal, do TRF, do TJ, da Justiça Estadual e da Polícia Civil.

O evento busca capacitar servidores públicos brasileiros nas seguintes matérias: crimes cibernéticos, ataques a redes sem fio, análise de malware, investigações usando dark web, Inteligência de Fonte Aberta (Open Source Intelligence – Osint), entre outros. O curso é ministrado por especialistas capacitados nacionais e internacionais e está dirigido a público com conhecimento básico a intermediário nos temas. As atividades do curso prosseguem na sexta-feira (15), no auditório do MPF, em Porto Alegre.